Facebook Informações Ir direto ao conteúdo

VAN GOGHS HÃO DE PINTAR POR AÍ

Esta história contém:

VAN GOGHS HÃO DE PINTAR POR AÍ

VAN GOGHS HãO DE PINTAR POR Aí

Por Angelo Brás Fernandes Callou

Atravessei rapidamente os canais da cidade. Havia uma ansiedade em visitar o Museu Van Gogh. Era minha primeira estada em Amsterdã. Lá se vão algumas décadas.

O museu reúne o maior acervo do artista neerlandês no mundo. São aproximadamente 1.400 obras, entre pinturas e desenhos. As mais importantes foram produzidas em apenas três anos, de uma vida breve. E dramática. Van Gogh morreu aos 37 anos.

Diante dos quadros do artista de pinceladas livres, espessas, de cores vibrantes, urgentes, em movimento contínuo, como a própria vida, naquilo em que ela é mais pulsante a arte , me entristeço. Não sei se acontece o mesmo com vocês: não consigo dissociar a obra de Van Gogh da sua vida solitária e trágica.

Não foram poucas as vezes que entrei no Museu de Arte de São Paulo para apreciar, à distância de trinta centímetros, as quatro obras do artista, no grande salão de exposição do acervo. Afixadas pela arquiteta Lina Bo Bardi em painéis transparentes de vidro, fincados em blocos de concreto, esta inovação na apresentação pública de quadros não foi capaz de mudar minha percepção do criador da criatura, na presença de um Van Gogh.

Diferentemente, por exemplo, de quando me defrontei, ao acaso da vida, numa rua larga, próxima à Praça Mauá, no Rio de Janeiro, com uma circunferência de ferro, de aproximadamente dois metros de diâmetro, com uns dez centímetros de espessura, cortada até o centro e puxada/dobrada na posição vertical. Uma escultura impactante, desconcertante e bela, na sua leveza de ferro e arte, no meio do caminho. Pouco importava o autor da obra, naquele momento. Só muitos anos depois, me interessei em saber o nome do artista: Amilcar de Castro.

Guardei para sempre esse instante, ocorrido há mais de 30 anos, chamado por Kant de sublime, isto é, quando uma obra de arte incomoda, desestabiliza-nos, agride e exige reflexão. Não por acaso,...

Continuar leitura
Palavras-chave: pintura, van gogh, arte, crônica

O Museu da Pessoa está em constante melhoria de sua plataforma. Caso perceba algum erro nesta página, ou caso sinta falta de alguma informação nesta história, entre em contato conosco através do email atendimento@museudapessoa.org.

Histórias que você pode gostar

Pelos caminhos da Arte
Vídeo Texto

Maria Cecília de Camargo Aranha Lima

Pelos caminhos da Arte
Transformando a dor em alegria
Texto

Eduardo Cômodo Valarelli

Transformando a dor em alegria
Artista da rua
Vídeo Texto

José Carlos Ribeiro dos Santos (Baixo)

Artista da rua
Chinês tropical
Vídeo Texto

Tai Hsuan An

Chinês tropical
fechar

Denunciar história de vida

Para a manutenção de um ambiente saudável e de respeito a todos os que usam a plataforma do Museu da Pessoa, contamos com sua ajuda para evitar violações a nossa política de acesso e uso.

Caso tenha notado nesta história conteúdos que incitem a prática de crimes, violência, racismo, xenofobia, homofobia ou preconceito de qualquer tipo, calúnias, injúrias, difamação ou caso tenha se sentido pessoalmente ofendido por algo presente na história, utilize o campo abaixo para fazer sua denúncia.

O conteúdo não é removido automaticamente após a denúncia. Ele será analisado pela equipe do Museu da Pessoa e, caso seja comprovada a acusação, a história será retirada do ar.

Informações

    fechar

    Sugerir edição em conteúdo de história de vida

    Caso você tenha notado erros no preenchimento de dados, escreva abaixo qual informação está errada e a correção necessária.

    Analisaremos o seu pedido e, caso seja confirmado o erro, avançaremos com a edição.

    Informações

      fechar

      Licenciamento

      Os conteúdos presentes no acervo do Museu da Pessoa podem ser utilizados exclusivamente para fins culturais e acadêmicos, mediante o cumprimento das normas presentes em nossa política de acesso e uso.

      Caso tenha interesse em licenciar algum conteúdo, entre em contato com atendimento@museudapessoa.org.

      fechar

      Reivindicar titularidade

      Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”),  nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.