Facebook Informações Ir direto ao conteúdo
Personagem: Matias Picón
Por: Instituto Choque Cultural, 5 de abril de 2017

Solto pra vida: entre a música e as artes visuais

Esta história contém:

Solto pra vida: entre a música e as artes visuais

Vídeo

Meus pais se separaram quando eu tinha dois ou três anos de idade. Com o meu pai tive um pouco de contato depois disso e com a minha mãe só voltei a ter depois dos sete anos de idade. A despedida foi simples: ela me comprou um alfajor de neve, aqueles brancos, atravessamos a rua, ela tocou a campainha, minha vó me recebeu, ela me deu um abraço e falou: “Eu sempre vou estar com você.” Foi um negócio meio triste, né? Fechou a porta, eu subi e comi o alfajor. Eu só tenho lembranças fantásticas da minha infância em Montevidéu com a minha avó. Ela era só amor, uma pessoa completamente boa, de bom coração, fez tudo por mim, tudo, tudo.

Tenho uma lembrança do que seria a minha primeira obra. Eu dormia no mesmo quarto que a minha avó, tinha a minha cama e meu cantinho, e comecei a colar na parede, com cola mesmo, fotos e recortes de jornal de acidentes de carro. Eu gostava muito dos carros destruídos. Eu acho que tem um lance criativo, né? Também brincava com os bonecos, os G.I.Joe, e aí só tinha os bonecos, nunca me compravam as bases, os carros, e aí eu fazia todos eles de caixa de papelão, fazia a base onde iam ficar os soldadinhos. Todo o lance da guerra, ia pras plantas da minha avó, aí ela ficava louca... Eu acho que isso, pra mim, é uma base criativa fortíssima! E eu tinha um pouco desse negócio de colar coisas, tinha essa mania de colar coisas.

Até que minha avó teve um derrame. É uma lembrança bem forte porque eu lembro que estava brincando na rua e ela foi me chamar: “Nossa, eu não estou me sentindo muito bem!” Eu falei: “Vó, tem que chamar a ambulância”, ela falou: “Não, não precisa, é só uma dor de cabeça”, “Tem que chamar a ambulância”. Aí fui lá no vizinho, chamei a ambulância e ela tava tendo um derrame. A partir daí eu comecei a ficar meio vagando. Eu lembro de ficar lá na casa dela sozinho, me juntando com os mais maloqueiros do bairro, e...

Continuar leitura
Fechar

Aflição da grama

Dados da imagem Na frente do apartamento onde passei meus primeiros anos, em frente a uma das praias. Morei no Uruguai até os 14 anos. Tenho a percepção de que gostava de ficar lá, apesar do medo da grama (por isso estava em cima dos panos).

Período:
Ano 1982

Local:
Uruguai / Montevidéu

Imagem de:
Matias Picón

História:
Solto pra vida: entre a música e as artes visuais

Crédito:
Mãe (Alícia)

Tipo:
Fotografia

Na frente do apartamento onde passei meus primeiros anos, em frente a uma das praias. Morei no Uruguai até os 14 anos. Tenho a percepção de que gostava de ficar lá, apesar do medo da grama (por isso estava em cima dos panos).

Escolha de vó

Dados da imagem Destaco o típico cabelo que as crianças tinham nessa época, em Montevidéu. Com quatro anos, eu já tinha sido separado da minha mãe, que veio ao Brasil e me deixou para minha vó me criar. Acho que foi mesmo essa época a da foto, principalmente pelas roupas que estou usando: parece escolha da vó.

Período:
Ano 1984

Local:
Uruguai / Montevidéu

Imagem de:
Matias Picón

História:
Solto pra vida: entre a música e as artes visuais

Tipo:
Fotografia

Destaco o típico cabelo que as crianças tinham nessa época, em Montevidéu. Com quatro anos, eu já tinha sido separado da minha mãe, que veio ao Brasil e me deixou para minha vó me criar. Acho que foi mesmo essa época a da foto, principalmente pelas roupas que estou usando: parece escolha da vó.

Período:
Ano 1992

Local:
Uruguai / Montevidéu

Imagem de:
Matias Picón

História:
Solto pra vida: entre a música e as artes visuais

Crédito:
mãe (Alícia)

Tipo:
Fotografia

Eu com 11 anos e meus dois irmãos por parte de mãe. Foi o dia em que conheci o Frederico, sendo a primeira vez em que todos os irmãos estavam juntos. Nesta época, fui batizado também com o sobrenome da minha mãe. Da esquerda para direita: Mathias, Lucas (brasileiro) e Frederico (argentino)

Monacrespa

Dados da imagem Colando pôsteres na rua, mesmo há muito tempo já estar fazendo arte na rua. Retrato da Monalisa chamado Monacrespa.

Período:
Ano 2006

Local:
Brasil / São Paulo / Atibaia

Imagem de:
Matias Picón

História:
Solto pra vida: entre a música e as artes visuais

Crédito:
Bia

Tipo:
Fotografia

Colando pôsteres na rua, mesmo há muito tempo já estar fazendo arte na rua. Retrato da Monalisa chamado Monacrespa.

Choque e Rua

Dados da imagem Oficina de serigrafia para crianças que durou aproximadamente 20 dias no Shopping Morumbi, com o Choque e Coletivo Rua.

Período:
Ano 2013

Local:
Brasil / São Paulo / São Paulo

Imagem de:
Matias Picón

História:
Solto pra vida: entre a música e as artes visuais

Crédito:
Matias Picón

Tipo:
Fotografia

Oficina de serigrafia para crianças que durou aproximadamente 20 dias no Shopping Morumbi, com o Choque e Coletivo Rua.

Bar do Chups

Dados da imagem No Bar do Chups, o lugar onde nasceu o roque independente de Bragança. O Éder é meu melhor amigo, além de parceiro de banda, de vida. Nós quatro tínhamos a banda Ideia Suja.
Da esquerda para direita: Fernando Yamamoto, Matias Picón, Alan, Éder Tacarrama, Leandro, Diego Fernandes e Alan Yamamoto

Período:
Ano 2001

Local:
Brasil / São Paulo / Bragança Paulista

Imagem de:
Matias Picón

História:
Solto pra vida: entre a música e as artes visuais

Tipo:
Fotografia

No Bar do Chups, o lugar onde nasceu o roque independente de Bragança. O Éder é meu melhor amigo, além de parceiro de banda, de vida. Nós quatro tínhamos a banda Ideia Suja. Da esquerda para direita: Fernando Yamamoto, Matias Picón, Alan, Éder Tacarrama, Leandro, Diego Fernandes e Alan Yamamoto

O Museu da Pessoa está em constante melhoria de sua plataforma. Caso perceba algum erro nesta página, ou caso sinta falta de alguma informação nesta história, entre em contato conosco através do email atendimento@museudapessoa.org.

Histórias que você pode gostar

Pelos caminhos da Arte
Vídeo Texto

Maria Cecília de Camargo Aranha Lima

Pelos caminhos da Arte
Transformando a dor em alegria
Texto

Eduardo Cômodo Valarelli

Transformando a dor em alegria
Artista da rua
Vídeo Texto

José Carlos Ribeiro dos Santos (Baixo)

Artista da rua
Chinês tropical
Vídeo Texto

Tai Hsuan An

Chinês tropical

Essa história faz parte de coleções

fechar

Denunciar história de vida

Para a manutenção de um ambiente saudável e de respeito a todos os que usam a plataforma do Museu da Pessoa, contamos com sua ajuda para evitar violações a nossa política de acesso e uso.

Caso tenha notado nesta história conteúdos que incitem a prática de crimes, violência, racismo, xenofobia, homofobia ou preconceito de qualquer tipo, calúnias, injúrias, difamação ou caso tenha se sentido pessoalmente ofendido por algo presente na história, utilize o campo abaixo para fazer sua denúncia.

O conteúdo não é removido automaticamente após a denúncia. Ele será analisado pela equipe do Museu da Pessoa e, caso seja comprovada a acusação, a história será retirada do ar.

Informações

    fechar

    Sugerir edição em conteúdo de história de vida

    Caso você tenha notado erros no preenchimento de dados, escreva abaixo qual informação está errada e a correção necessária.

    Analisaremos o seu pedido e, caso seja confirmado o erro, avançaremos com a edição.

    Informações

      fechar

      Licenciamento

      Os conteúdos presentes no acervo do Museu da Pessoa podem ser utilizados exclusivamente para fins culturais e acadêmicos, mediante o cumprimento das normas presentes em nossa política de acesso e uso.

      Caso tenha interesse em licenciar algum conteúdo, entre em contato com atendimento@museudapessoa.org.

      fechar

      Reivindicar titularidade

      Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”),  nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.