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Por: Museu da Pessoa, 21 de outubro de 2014

Na luta pelos Xavantes

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Na luta pelos Xavantes

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Meu nome é Rosa Jandira Gauditano. Eu nasci em São Paulo, capital, em 3 de abril de 1955. O meu pai é italiano da região de Nápoles, de Castelo di Cisterna. Ele era camponês. E a minha mãe é daqui de São Paulo assim de família paulistana mesmo. A minha mãe foi viajar na Europa e conheceu o meu pai em Veneza e eles se apaixonaram. Eles ficaram se correspondendo e depois de um ano ele veio pro Brasil casar com a minha mãe.

Eu fiz contato com os Xavantes em 91. Eu fui fazer uma matéria pra revista Terra que na época era Editora Azul, que não existe mais. Fui fazer uma matéria sobre uma visita de jovens alemãs de uma ONG do norte da Alemanha que ajudavam os xavantes de Pimentel Barbosa e eles vieram de férias pro Brasil pra conhecer esses índios. Eu trabalhava já na Fotograma que é uma agência que eu fundei e a gente fazia pautas e eu fiz essa pauta e vendi essa pauta pra essa revista e fui fazer uma matéria nessa aldeia de Pimentel Barbosa no Mato Grosso. Então foi o primeiro contato que eu tive com os Xavantes. A matéria resultou capa da revista, foi cartaz de banco, os Xavantes ficaram superfelizes com o meu material. Eu tinha feito já uma série de postais de alguns outros índios que eu tinha fotografado e eles viram, falaram: “Rosa, a gente quer que você faça esses postais pra gente também”. Eles vieram pra São Paulo e essa ONG que era o Núcleo de Cultura Indígena conseguiu uma verba pra fazer uma série de postais sobre os Xavantes. E eles vieram pra São Paulo selecionar esse material e eles falaram assim: “A gente gostaria que você fotografasse os nossos rituais”. Eu voltei pra lá e os velhos me chamaram e falaram: “Olha, a gente gostou muito do seu trabalho, nós queremos que você fotografe os nossos rituais pra fazer um livro pros brancos entenderem quem são os Xavantes”. Eu topei fazer, mas eu não tinha ideia onde que eu estava me metendo, porque pra fazer esse trabalho eu levei 15...

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Livro de Projeto

Dados da imagem Publicação Saúde e Alimentação do Povo Xavante.

Período:
Ano 2012

Local:
Brasil / São Paulo

Imagem de:
Rosa Jandira Gauditano

História:
Na luta pelos Xavantes

Crédito:
Coleção Nossa tribo - Volume 3

Tipo:
Documento

Publicação Saúde e Alimentação do Povo Xavante.

Dados de acervo

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Museu da Pessoa – Conte sua história

Histórias de Esperança – 29 anos do Projeto Criança Esperança

Depoimento de Rosa Jandira Gauditano

Entrevistado por Tereza Ruiz

São Paulo 21/10/2014

Realização Museu da Pessoa

Entrevista HECE_HV_21

Transcrito por Ana Carolina Ruiz

P/1 – Primeiro, Rosa, fala pra gente o seu nome completo, data e o local de nascimento.

R – Meu nome é Rosa Jandira Gauditano. Eu nasci em São Paulo, capital, em 3 de abril de 1955.

P/1 – Você sabe qual que é a origem da sua família? Da onde vieram seus antepassados.

R – O meu pai é italiano da região de Nápoles, de Castelo di Cisterna. Ele era camponês. E a minha mãe é daqui de São Paulo assim de família daqui, paulistana mesmo.

P/1 – E o seu pai você sabe por que ele veio pro Brasil? Ele te contou essa história?

R – A minha mãe foi viajar na Europa e conheceu o meu pai em Veneza e eles se apaixonaram. Aí eles ficaram se correspondendo e depois de um ano ele veio pro Brasil casar com a minha mãe.

P/1 – Ele veio por causa dela então?

R – Veio por causa dela.

P/1 – E lá ele era camponês, quando ele veio pra cá ele foi fazer o quê?

R – Ele era de origem camponesa, mas lá ele era bersagliere, ele trabalhava como bersagliere que é um tipo de uma polícia especial. Ele veio pra cá e ele trabalhou na época com... A vida inteira ele trabalhou com xerox, fazendo xerox. Antigamente xerox era igual fotografia, né? Você fazia no quarto escuro e tal. E depois quando saíram as máquinas de xerox, ele alugava essas máquinas e ele a vida inteira ganhou dinheiro com isso.

P/1 – Eles te contaram como é que eles se conheceram em Veneza?

R – Eles se conheceram na Piazza di San Marco em Veneza. Ela passeando e ele trabalhando e eles se conheceram. Ela ficou lá uns dias, eu acho, e eles se apaixonaram.

P/1 – Você ia pra Itália pequena assim?

R – Não.

P/1 – Não.

R – Eu só fui pra Itália depois de grande. Toda a família do meu...

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