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Por: Museu da Pessoa,

Mãe e voluntária, voluntária e mãe

Esta história contém:

Mãe e voluntária, voluntária e mãe

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Em 1989, fiz intercâmbio para os Estados Unidos, eu fui morar numa vila de cinco mil habitantes no interior do estado de Nova Iorque. Quando falaram:”Ah, você vai para o Estado de Nova Iorque”, as pessoas já imaginaram: “Ela vai morar na Big Apple”. Não, eu fui morar praticamente há duas horas, três horas da divisa com o Canadá, no meio do Estado de Nova Iorque, numa comunidade de cinco mil habitantes e na zona rural. Eu não tinha irmãos da minha idade. Meus dois irmãos hospedeiros estavam na universidade e os meus pais hospedeiros trabalhavam o dia todo, então eu fiquei praticamente filha única, morando numa zona rural. Não tinha ônibus, não tinha meios de locomoção, tinha três gatos, um cachorro hottweiller, no meio de uma plantação de maça, e era isso.

Quando eu voltei do intercâmbio em 1990, o AFS ainda não tinha uma coisa que existe hoje, que é uma orientação de retorno para os estudantes que voltaram do intercâmbio, que é para mais ou menos te situar na volta, fazer como se fosse um “chill out”, assim que você chegou do intercâmbio: vamos fazer uma desaceleração, vamos te situar para você voltar à vida normal, que a gente chama de orientação pós-chegada. Hoje, a gente tem isso, em 90 não existia. Quem dava isso era mais ou menos a família. Para os estudantes que chegavam, o AFS recomendava: vai fazer um trabalho no Comitê, porque isso daí vai te ajudar a refletir sobre a experiência que você teve. Foi isso que eu fiz, então eu ajudei o comitê de São José dos Campos, durante 90 e 91. Ao mesmo tempo que eu estava ralando, estudando para entrar na universidade, eu também estava ajudando o AFS de São José dos Campos.

Durante a universidade foi a hora que o pessoal de Jaú (SP) [do comitê] me telefonou. Eles sabiam que eu estava me mudando para a cidade, porque o AFS avisa, os voluntários avisam um ao outro, existe uma corrente falando: “Olha, está mudando, fulana vai...

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Natal com host family

Dados da imagem Noite de Natal com a família hospedeira. Da esquerda para a direita: Ken e Linda Coleman (pais hospedeiros), Ana Beatriz, Karie e Caly Coleman (irmãos hospedeiros).

Período:
Ano 24

Local:
Estados Unidos / Cazenovia - Estado De Nova Iorque

Imagem de:
Ana Beatriz dos Santos

História:
Mãe e voluntária, voluntária e mãe

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
intercâmbio, nova iorque, família hospedeira, intercambista, afs intercutlura brasil, afs intercutlura brasil 60 anos, natal - rn

Noite de Natal com a família hospedeira. Da esquerda para a direita: Ken e Linda Coleman (pais hospedeiros), Ana Beatriz, Karie e Caly Coleman (irmãos hospedeiros).

Convenção Nacional AFS

Dados da imagem Convenção Nacional do AFS Intercultura Brasil em Brasília Região COE, De cima para baixo: Flávio (Jataí GO), Wagley (Goiânia GO), Lucas (Rio Verde GO), Clara Cunha (Brasília DF), Julia Herzenhut (Brasília DF), Sofia Freitas (Brasília DF), Josiane Pereira (Uruaçu), Regina Couto (Goiânia GO) e Ana Beatriz Santos

Convenção Nacional do AFS Intercultura Brasil em Brasília Região COE, De cima para baixo: Flávio (Jataí GO), Wagley (Goiânia GO), Lucas (Rio Verde GO), Clara Cunha (Brasília DF), Julia Herzenhut (Brasília DF), Sofia Freitas (Brasília DF), Josiane Pereira (Uruaçu), Regina Couto (Goiânia GO) e Ana Beatriz Santos

Filha Maria Clara e filho intercambista AFSer da Itália Francesco. Foto tirada durante uma visita à Francesco na Itália

Última visita dos avós brasileiros

Dados da imagem Da esquerda para direita: Maike Theresa Kohnle (filha intercambista AFSer Alemanha YPNH13), seus pais e filha Maria Clara. Foto tirada na despedida no aeroporto de Brasília

Período:
Ano 1

Local:
Brasil / Brasília

Imagem de:
Ana Beatriz dos Santos

História:
Mãe e voluntária, voluntária e mãe

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
intercâmbio, alemanha, família hospedeira, intercambista, afs intercutlura brasil, afs intercutlura brasil 60 anos

Da esquerda para direita: Maike Theresa Kohnle (filha intercambista AFSer Alemanha YPNH13), seus pais e filha Maria Clara. Foto tirada na despedida no aeroporto de Brasília

Seleção regional da bolsa de estudos Global Citizens

Dados da imagem Seleção Regional da bolsa Global Citizens e treinamento de voluntários regional. Nesta foto estão três bolsistas da região COE. A seleção regional de bolsistas presencial e criteriosa foi um projeto que defendeu e implantou na COE antes que se tornasse uma diretriz nacional

Seleção Regional da bolsa Global Citizens e treinamento de voluntários regional. Nesta foto estão três bolsistas da região COE. A seleção regional de bolsistas presencial e criteriosa foi um projeto que defendeu e implantou na COE antes que se tornasse uma diretriz nacional

Niagara Falls

Dados da imagem Ana Beatriz em excursão do AFS com grupo de Intercambistas do programa YP89-90 da área de Syracuse (NY Central).
Em Pé: Turquia-Aybars, meniana da Bélgica, Kelli, Nova Zelândia, Helene, França, Mia, Indonésia, Ola, Suécia.
Agachados: menino-Alemanha, Joty, Peru, Javier, Costa Rica, menina, Suécia, Ivana, Iugoslávia, Ana Beatriz, Brasil, 
Sentada: Jenny, Venezuela

Ana Beatriz em excursão do AFS com grupo de Intercambistas do programa YP89-90 da área de Syracuse (NY Central). Em Pé: Turquia-Aybars, meniana da Bélgica, Kelli, Nova Zelândia, Helene, França, Mia, Indonésia, Ola, Suécia. Agachados: menino-Alemanha, Joty, Peru, Javier, Costa Rica, menina, Suécia, Ivana, Iugoslávia, Ana Beatriz, Brasil, Sentada: Jenny, Venezuela

Soccer team

Dados da imagem Ana Beatriz com time de futebol feminino da Cazenovia High School. O treinador, John Tarrant, marido de sua conselheira do AFS, Sandy, colocou 3 estudantes do AFS no time (Ana Beatriz, Jenny e Kelli). O time tinha muito destaque no campeonato estadual de escolas, chegando as finais. 
A foto mostra a página no programa do torneio. Ana Beatriz fazia a estatística do time. Em 1989 poucas meninas jogavam futebol no Brasil, mas Ana Beatriz sabia o que era escanteio, impedimento e falta pois assistia futebol na TV com meu pai. Nos EUA, pelo contrário, o esporte já era tipicamente feminino.

Ana Beatriz com time de futebol feminino da Cazenovia High School. O treinador, John Tarrant, marido de sua conselheira do AFS, Sandy, colocou 3 estudantes do AFS no time (Ana Beatriz, Jenny e Kelli). O time tinha muito destaque no campeonato estadual de escolas, chegando as finais. A foto mostra a página no programa do torneio. Ana Beatriz fazia a estatística do time. Em 1989 poucas meninas jogavam futebol no Brasil, mas Ana Beatriz sabia o que era escanteio, impedimento e falta pois assistia futebol na TV com meu pai. Nos EUA, pelo contrário, o esporte já era tipicamente feminino.

Embarque da filha

Dados da imagem Embarque da filha de Ana Beatriz, Maria Clara Motta, para o Canadá pelo programa do AFS YPNH12. 
Na foto: Julia Godoy, sobrinha, Marcio Motta, pai de Maria Clara, ex-marido de Ana Beatriz e por um tempo voluntário do AFS, Ana Beatriz, Anilde Motta  (tia do Marcio), Isadora Cardoso, sobrinha, Maria Clara Motta, Maria Nazaré dos Santos (mãe de Ana Beatriz) e Dorival Faustino dos Santos (pai de Ana Beatriz).

Período:
Ano 29

Local:
Brasil / Aeroporto Internacional De Guarulhos.

Imagem de:
Ana Beatriz dos Santos

História:
Mãe e voluntária, voluntária e mãe

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
intercâmbio, filha, intercambista, embarque, year program, afs intercutlura brasil, afs intercutlura brasil 60 anos, 2012

Embarque da filha de Ana Beatriz, Maria Clara Motta, para o Canadá pelo programa do AFS YPNH12. Na foto: Julia Godoy, sobrinha, Marcio Motta, pai de Maria Clara, ex-marido de Ana Beatriz e por um tempo voluntário do AFS, Ana Beatriz, Anilde Motta (tia do Marcio), Isadora Cardoso, sobrinha, Maria Clara Motta, Maria Nazaré dos Santos (mãe de Ana Beatriz) e Dorival Faustino dos Santos (pai de Ana Beatriz).

Dados de acervo

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P/1 – Boa tarde!

R – Boa tarde.

P/1 – Eu gostaria de começar agradecendo sua presença aqui no AFS e a sua contribuição ao Projeto Memória e vou começar nossa entrevista com a sua apresentação, perguntando nome completo, data e local de nascimento.

R – Meu nome é Ana Beatriz dos Santos. Eu tenho 44 anos. Eu nasci em São José dos Campos, São Paulo, em 18 de julho de 1971.

P/1 – E qual era o nome dos seus pais?

R – Meu pai é Dorival Faustino dos Santos e minha mãe Maria Nazaré dos Santos.

P/1 – Você poderia falar um pouquinho da origem da sua família?

R – Bom, minha mãe ela se classifica como cearoca. Ela diz que é cearense criada no Rio de Janeiro, então ela é cearense carioca. A família dela migrou para São José dos Campos na década de 60, em 1964, no ano do golpe militar. E a família do meu pai é de Caçapava que é uma cidade pequena no Vale do Paraíba que é do lado de São José dos Campos e eles se conheceram em São José dos Campos no bairro que surgiu do lado do Inpe [Instituto de Pesquisas Espaciais], da Embraer [Empresa Brasileira de Aeronáutica S/A], do CTA [Centro Técnico Aeroespacial]. As duas famílias, foram as famílias pioneiras que ajudaram a criar esse bairro que surgiu ali. O grupo de famílias, a maioria delas de origem rural que comprou esses terrenos que surgiram das fazendas que foram loteadas ali naquela região e assim que eles se conheceram. Eles moravam ali naquela região, se casaram muito cedo.

P/1 – E o nome dos seus avós?

R – Meu avó paterno é Amadeu dos Santos. Minha avó paterna é a Tereza da Silva Santos. Ela morreu quando meu pai tinha 7 anos de idade. E quando eu nasci o meu avô era casado de novo com a Maria Isabel Santos. Com a Teresa Silva Santos ele teve dois filhos que é meu pai e minha tia Lúcia e com a vó Maria Isabel ele teve mais seis filhos. São os meus tios mais novos. E do lado da minha mãe, minha mãe tem 12, não, 11 irmãos. Daí é o avô...

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