Facebook Informações Ir direto ao conteúdo
Por: Museu da Pessoa, 24 de novembro de 2009

Mestre Sebastião, querido por Lampião

Esta história contém:

Mestre Sebastião, querido por Lampião

Vídeo

Lampião vinha pra essas fazendas, pessoas de fazendas, dava pra aquele pai de família, dava outro pra outro, assim ajudava a família do nordeste. E quando chegaram nessa festa que nós estávamos tocando, rodearam a igrejinha assim, tudo com as armas em cima da gente. Aí ele falou pra eles antes de chegar, que não era pra bulir com ninguém, nenhum cangaceiro daquele não era pra nem descer do cavalo. O que descesse, desobedecesse, ele matava na hora. Ali podia tá o bispo, o Lampião mandava matar na hora, ali mesmo. Então ele tinha essa ordem. Aí chegaram, meu irmão, o Lampião desceu do cavalo dele e os dois guardas-costas, chamava guardas-costas, aí foram diretinho pra capela e nós lá de fora morrendo, todo mundo. Deu aquela agonia que o sangue fugiu, a língua da gente engrossou dentro da boca do doidinha do medo. Eu mais meu irmão e outro menino, que eram três meninos, deu uma trovoada que daqui pra baixo ficamos tudo molhado, num medo. A gente ficou ali tudo mudo, sem ter assunto de nada e o Lampião entrou pra dentro da igrejinha com os dois caras, quando o padre virou só sentiu aqueles três homens. Aí o pobre não sustentou mais nada na mão, ficou assim, deu uma tremura tão grande que ficou foi todo mundo, ninguém sabia esse homem onde andava. Ele tava bem pertinho, numa loca de pedra com mais de dois meses morando lá, que nem sabia de nome desse homem, quando tava com 12, dez, 15 léguas, o pessoal saía avisando um para o outro: “O Lampião tá ali. O Lampião tá ali”. E todo mundo foi pra beira da estrada corria tudo pra dentro do mato com medo do Lampião. Agora não era medo de Lampião, era mais medo da polícia que perseguia Lampião. Quatro comandante, cada um com uma foice maior e maior, aquele soldado perseguindo Lampião. E ali quem morava na beira da estrada, meu irmão, sofria muito. Tudo ia pra dentro do mato, que a polícia quando sabia, essa polícia quando sabia que tinham dado apoio a Lampião, batia em...

Continuar leitura

Dados de acervo

O Museu da Pessoa está em constante melhoria de sua plataforma. Caso perceba algum erro nesta página, ou caso sinta falta de alguma informação nesta história, entre em contato conosco através do email atendimento@museudapessoa.org.

Histórias que você pode gostar

Eu gosto de desafiar aquilo que é impossível
Vídeo Texto
Meu amado Isidoro, pedaço de minha vida
Vídeo Texto
No comando de si mesma
Vídeo Texto

Gal Alves de Lima

No comando de si mesma
Um menino chamado Innocente
Texto

Celso Aparecido Innocente

Um menino chamado Innocente
fechar

Denunciar história de vida

Para a manutenção de um ambiente saudável e de respeito a todos os que usam a plataforma do Museu da Pessoa, contamos com sua ajuda para evitar violações a nossa política de acesso e uso.

Caso tenha notado nesta história conteúdos que incitem a prática de crimes, violência, racismo, xenofobia, homofobia ou preconceito de qualquer tipo, calúnias, injúrias, difamação ou caso tenha se sentido pessoalmente ofendido por algo presente na história, utilize o campo abaixo para fazer sua denúncia.

O conteúdo não é removido automaticamente após a denúncia. Ele será analisado pela equipe do Museu da Pessoa e, caso seja comprovada a acusação, a história será retirada do ar.

Informações

    fechar

    Sugerir edição em conteúdo de história de vida

    Caso você tenha notado erros no preenchimento de dados, escreva abaixo qual informação está errada e a correção necessária.

    Analisaremos o seu pedido e, caso seja confirmado o erro, avançaremos com a edição.

    Informações

      fechar

      Licenciamento

      Os conteúdos presentes no acervo do Museu da Pessoa podem ser utilizados exclusivamente para fins culturais e acadêmicos, mediante o cumprimento das normas presentes em nossa política de acesso e uso.

      Caso tenha interesse em licenciar algum conteúdo, entre em contato com atendimento@museudapessoa.org.

      fechar

      Reivindicar titularidade

      Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”),  nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.