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Por: Museu da Pessoa,

E a cabeça erguida para a vida

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P1 – Roberto, vamos começar com você dizendo o seu nome completo, local e data de nascimento.

R – O meu nome é Roberto Alves de Souza. Nasci em Votorantim, interior de São Paulo, no dia 15 de junho de 1961.

P1 – Então você passou sua infância em Votorantim?

R – Exatamente. Mais precisamente no bairro de Santa Helena, onde é a fábrica de cimento Votoran.

P1 – E o quê que você lembra dessa época?

R – O que me vem sempre à memória é quando eu vi o meu pai chegando em casa, porque o meu pai era operário da empresa também. Então, isso é uma coisa que eu tenho muito vivo assim dentro de mim. E, como eu morava num bairro da empresa, tudo aquilo que existia girava em torno praticamente da empresa. Todos que moravam ali eram funcionários da empresa. As famílias sempre tinham os seus filhos recrutados pela empresa para trabalhar. Então, era uma comunidade ali afastada e bem diferenciada do que é uma cidade, por exemplo.

P1 – E o seu pai também nasceu em Votorantim?

R – Não, o meu pai nasceu em Propriá, uma cidade no interior de Sergipe.

P1 – E como que ele chegou na Votorantim?

R – Meu pai, ele aos 15 anos fugiu de casa. Pegou, não sei se foi um pau-de-arara que chamavam na época lá, um trem, sei lá, e veio pro Sul aqui, pro Sudeste. Ele tinha parentes aqui. Ele se aventurou. Saiu de lá com 15 anos, chegou aqui e ficou aqui exatamente próximo da fábrica.

P1 – E qual foi o primeiro emprego dele na Votorantim?

R – O primeiro emprego dele, ele começou como motorista porque quando ele, lá no Nordeste mesmo, na cidade dele lá, ele aprendeu a dirigir com 15 anos. Então, ele chegou aqui, já era motorista já. Já sabia dirigir caminhão e tal, já tinha experiência já o suficiente pra tentar alguma coisa na empresa.

P1 – Você sabe em que ano que ele entrou na Votorantim?

R – Ele entrou acredito que em 1955.

P1 – E ele...

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Dados de acervo

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Votorantim

Depoimento de Roberto Alves de Souza

Entrevistado por Judith Zuquim e Giselle Ellen Anieli

São Paulo, 15 de março de 2005

Realização Museu da Pessoa

Entrevista número HV 045

Transcrito por Écio Gonçalves da Rocha

Revisado por Camila Catani Ferraro

P1 – Roberto, vamos começar com você dizendo o seu nome completo, local e data de nascimento.

R – O meu nome é Roberto Alves de Souza. Nasci em Votorantim, interior de São Paulo, no dia 15 de junho de 1961.

P1 – Então você passou sua infância em Votorantim?

R – Exatamente. Mais precisamente no bairro de Santa Helena, onde é a fábrica de cimento Votoran.

P1 – E o quê que você lembra dessa época?

R – O que me vem sempre à memória é quando eu vi o meu pai chegando em casa, porque o meu pai era operário da empresa também. Então, isso é uma coisa que eu tenho muito vivo assim dentro de mim. E, como eu morava num bairro da empresa, tudo aquilo que existia girava em torno praticamente da empresa. Todos que moravam ali eram funcionários da empresa. As famílias sempre tinham os seus filhos recrutados pela empresa para trabalhar. Então, era uma comunidade ali afastada e bem diferenciada do que é uma cidade, por exemplo.

P1 – E o seu pai também nasceu em Votorantim?

R – Não, o meu pai nasceu em Propriá, uma cidade no interior de Sergipe.

P1 – E como que ele chegou na Votorantim?

R – Meu pai, ele aos 15 anos fugiu de casa. Pegou, não sei se foi um pau-de-arara que chamavam na época lá, um trem, sei lá, e veio pro Sul aqui, pro Sudeste. Ele tinha parentes aqui. Ele se aventurou. Saiu de lá com 15 anos, chegou aqui e ficou aqui exatamente próximo da fábrica.

P1 – E qual foi o primeiro emprego dele na Votorantim?

R – O primeiro emprego dele, ele começou como motorista porque quando ele, lá no Nordeste mesmo, na cidade dele lá, ele aprendeu a dirigir com 15 anos. Então, ele chegou aqui, já era motorista já. Já sabia dirigir caminhão e...

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