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Por: Museu da Pessoa, 10 de novembro de 2010

Inclusão e acessibilidade no ambiente escolar

Esta história contém:

Inclusão e acessibilidade no ambiente escolar

[Início da parte 1]

P/1 - Karen Worcman

P/2 - Márcia Ruiz

R - Anamaria Cristina Schindler

P/1 – Então, Ana, eu vou começar de uma maneira muito básica, que é seu nome, a data e ano de nascimento e o local.

R – É Anamaria Cristina Schindler. Nasci em de junho de 1963.

P/1 – E você nasceu em São Paulo?

R – Não. Nasci em Hamburgo, na Alemanha.

P/1 – Ah, é?

R – É.

P/1 – Então me conta um pouco dos seus pais. Os nomes, se eles eram de lá.

R - Os pais, os avós, de ambos os lados, todos são de lá. O meu pai se chamava Zigurd Wolfgang Schindler. (risos)

P/2 – Nós vamos ter que ligar para você traduzir.

R – E a minha mãe se chamava Dorotéa Schindler, embora o nome de solteiro dela fosse Dorotéa Footwengler. O meu pai é nascido em Frankfurt, e a minha mãe nascida em Berlim. A história é assim: a família do meu pai, eu nem sei muito da família do meu pai, porque meu pai escondeu a história da família a vida toda. Ele não falava da família dele. Eu sei que o meu avô, que era o pai do meu pai, Erwin Schindler, e minha avó Rosa, eram judeus na Alemanha, em, sei lá, 1800, 1800 e tanto...

P/1 – Esses são os seus avôs paternos?

R – Paternos. A minha mãe não era judia. Quem era judeu era o meu pai. E eles, em 1933, que foi o primeiro governo de Hitler na Alemanha, através de amigos que meu avô tinha, já sacaram que ia ter, que o negócio ia fechar. Ele percebeu que ia fechar. Muita gente percebeu que ia fechar. E meu avô tinha um amigo suíço, que tinha umas terras aqui no Brasil. E esse amigo do meu avô disse para o meu avô: “Você vai para o Brasil, eu tenho terras lá no Estado do Paraná. Então, começa lá a abrir uma fazenda e, de acordo com o seu trabalho, o que você conseguir fazer, metade é seu, metade é meu.” Então formou-se uma sociedade entre esse suíço e o meu avô. Vieram o meu avô, a minha avó...

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Dados de acervo

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[Início da parte 1]

Projeto: Escola Playpen - Educação para o Mundo: 30 anos da escola Cidade Jardim (MECJ)

Depoimento de Anamaria Cristina Schindler

Entrevistada por Karen Worcman e Márcia Ruiz

Local: São Paulo - SP

Data: 10 de novembro de 2010

Realização: Museu da Pessoa

Código da entrevista: MECJ_HV011 (parte 1)

Transcrito por Cristina Eira Velha

Revisado por Grazielle Pellicel

P/1 - Karen Worcman

P/2 - Márcia Ruiz

R - Anamaria Cristina Schindler

P/1 – Então, Ana, eu vou começar de uma maneira muito básica, que é seu nome, a data e ano de nascimento e o local.

R – É Anamaria Cristina Schindler. Nasci em de junho de 1963.

P/1 – E você nasceu em São Paulo?

R – Não. Nasci em Hamburgo, na Alemanha.

P/1 – Ah, é?

R – É.

P/1 – Então me conta um pouco dos seus pais. Os nomes, se eles eram de lá.

R - Os pais, os avós, de ambos os lados, todos são de lá. O meu pai se chamava Zigurd Wolfgang Schindler. (risos)

P/2 – Nós vamos ter que ligar para você traduzir.

R – E a minha mãe se chamava Dorotéa Schindler, embora o nome de solteiro dela fosse Dorotéa Footwengler. O meu pai é nascido em Frankfurt, e a minha mãe nascida em Berlim. A história é assim: a família do meu pai, eu nem sei muito da família do meu pai, porque meu pai escondeu a história da família a vida toda. Ele não falava da família dele. Eu sei que o meu avô, que era o pai do meu pai, Erwin Schindler, e minha avó Rosa, eram judeus na Alemanha, em, sei lá, 1800, 1800 e tanto...

P/1 – Esses são os seus avôs paternos?

R – Paternos. A minha mãe não era judia. Quem era judeu era o meu pai. E eles, em 1933, que foi o primeiro governo de Hitler na Alemanha, através de amigos que meu avô tinha, já sacaram que ia ter, que o negócio ia fechar. Ele percebeu que ia fechar. Muita gente percebeu que ia fechar. E meu avô tinha um amigo suíço, que tinha umas terras aqui no Brasil. E esse amigo do meu avô disse para o meu avô:...

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