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Por: Museu da Pessoa, 19 de junho de 2017

De um tudo

Esta história contém:

De um tudo

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Dom Pedro (MA) é uma cidade muito pequena ainda e, como Paracatu (MG) e muitas outras as cidades do mundo, as pessoas são bairristas e muito tradicionais. Dom Pedro não era diferente. Meu pai era caminhoneiro, cearense e viúvo. Quando ele chegou na cidade, conheceu a minha mãe que tinha 18 anos, e eles começaram a namorar em seguida, e a minha mãe foi deserdada porque não podia casar com um forasteiro. Mas eles viveram 32 anos de casados. Meu pai era caminhoneiro e um grande negociante, um homem muito inteligente que não aprendeu a ler até conhecer a minha mãe, que não ia casar com um analfabeto. Ela era professora primária, formada com 16 anos nas escolas antigas.

Quando eu tinha 4 anos, eu adoeci, eu peguei tifo, febre tifoide, e foi uma doença muito longa com recuperação muito lenta e foi daí que foi reforçado a ideia de que comida é remédio. Eu fui tratada por um enfermeiro que era raizeiro, uma pessoa que entendia muito de alquimia alimentar e cuidava de mim. Muita gente que teve febre tifoide morreu e, nessa época, a mamãe, o papai eram sempre muito presentes, e uma das recomendações era que tudo que fosse feito para mim fosse com água filtrada, e eu só podia tomar água de coco. Então, o papai comprava carradas de coco, e a minha alimentação não podia ser requentada, tinha que ser toda fresca e toda natural, e isso a gente tenta fazer até hoje.

Meu pai estava sempre viajando, e a mamãe que cuidava da gente porque ele estava na estrada direto e ele viajava muito para muitos lugares bons, inclusive o grande mercado de São Paulo. Hoje, as coisas que estão na moda, a gente conhecia desde pequena, porque o papai passava no mercado e levava tudo: nêsperas, ameixa, tâmaras. Eu conheço tâmaras desde que eu era criança porque ele levava para a gente. Então, nunca teve isso de barreira de não poder. E eu viajava muito de caminhão com meu pai e eu levava todas as minhas roupas, uma sacola de sapatos e uma de pão.

A minha...

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Amor de vó

Dados da imagem Na casa do irmão Fernando. A mãe Dalva está no centro com os netos Amanda e Timothy. A cunhada colecionava papoulas e tulipas.

Período:
Ano 1984

Local:
Estados Unidos

Imagem de:
Ana Maria Oliveira Souza

História:
De um tudo

Tipo:
Fotografia

Na casa do irmão Fernando. A mãe Dalva está no centro com os netos Amanda e Timothy. A cunhada colecionava papoulas e tulipas.

Período:
Ano 1984

Local:
Estados Unidos

Imagem de:
Ana Maria Oliveira Souza

História:
De um tudo

Tipo:
Fotografia

Mãe cheirando uma flor de maçã no quintal da casa do irmão, Fernando.

Passeio na Roselândia

Dados da imagem Na imagem, a mãe (Dalva), Marcelo Luiz Mello Gonçalves (amigo de infância) e Ana foram a passeio para passar o dia na Roselândia, em Cotia.

Período:
Ano 1983

Local:
Brasil / São Paulo / Cotia

Imagem de:
Ana Maria Oliveira Souza

História:
De um tudo

Tipo:
Fotografia

Na imagem, a mãe (Dalva), Marcelo Luiz Mello Gonçalves (amigo de infância) e Ana foram a passeio para passar o dia na Roselândia, em Cotia.

Primeiro apê

Dados da imagem Verso: o primeiro apartamento que aluguei era tão pequeno que a geladeira era na sala. Ia pra casa da mãe, a câmera é sua. Veja as almofadas!

O apartamento ficava no bairro paulistano de Cerqueira César.

Período:
Ano 1979

Local:
Brasil / São Paulo / São Paulo

Imagem de:
Ana Maria Oliveira Souza

História:
De um tudo

Tipo:
Fotografia

Verso: o primeiro apartamento que aluguei era tão pequeno que a geladeira era na sala. Ia pra casa da mãe, a câmera é sua. Veja as almofadas! O apartamento ficava no bairro paulistano de Cerqueira César.

Substituto ideal

Dados da imagem Um mês antes, Ana brigou com o namorado e chamou o amigo de infância, Marcelo, para dançar com ela no baile de formatura.

Período:
Ano 1987

Imagem de:
Ana Maria Oliveira Souza

História:
De um tudo

Tipo:
Fotografia

Um mês antes, Ana brigou com o namorado e chamou o amigo de infância, Marcelo, para dançar com ela no baile de formatura.

Cuidando do jardim

Dados da imagem A mãe com Amanda no jardim de casa de Fernando (irmão de Ana).

Período:
Ano 1984

Local:
Estados Unidos

Imagem de:
Ana Maria Oliveira Souza

História:
De um tudo

Tipo:
Fotografia

A mãe com Amanda no jardim de casa de Fernando (irmão de Ana).

Colando grau

Dados da imagem Na colação de grau, recebendo diploma do professor Antonio Marmuge.

Período:
Ano 1987

Local:
Brasil / São Paulo / São Paulo

Imagem de:
Ana Maria Oliveira Souza

História:
De um tudo

Tipo:
Fotografia

Na colação de grau, recebendo diploma do professor Antonio Marmuge.

Dados de acervo

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Projeto Kinross Paracatu

Depoimento de Ana Maria Oliveira Souza

Entrevistado por Carolina Margiotte e Fernanda Prado

Paracatu, 19/06/2017

Realização Museu da Pessoa

KRP_HV27_ Ana Maria Oliveira Souza

Transcrito por Melissa Lourenço Machado

P/1 – Bom Dona Ana, primeiro a gente queria agradecer a disponibilidade de abrir as portas da sua casa para receber a gente e para começar essa conversa eu queria que a senhora dissesse seu nome completo, o local e data de nascimento.

R – Ana Maria Oliveira Souza, eu nasci em Dom Pedro, no Maranhão, no dia 16 de janeiro de 1953 às cinco e meia da manhã.

P/1 – Eu queria que você contasse um pouco sobre seus pais, o nome deles, o que eles faziam...

R – Dom Pedro é uma cidade muito pequena ainda e, como Paracatu (MG) e muitas outras as cidades do mundo, as pessoas são bairristas e muito tradicionais. Dom Pedro não era diferente. Meu pai era caminhoneiro, cearense e viúvo. Quando ele chegou na cidade, conheceu a minha mãe que tinha 18 anos e eles começaram a namorar em seguida e a minha mãe foi deserdada porque não podia casar com um forasteiro (risos) mas eles viveram 32 anos de casados. Primeiro, nós morávamos num sitio, eu nasci no sitio, muito bonito, muito grande, onde se plantava de tudo, os meus antepassados só iam na cidade para buscar sal, tudo era produzido na terra. Mas quando eu tinha quatro anos nós mudamos para uma cidade vizinha que chamava Independência, no Maranhão, também dizem que é Estrada Real, e lá nós tínhamos uma casa tão grande que tinha um riacho no quintal, onde meu pai pegava peixe e é uma tradição no Nordeste de muitas famílias ter um poço de peixe no quintal, eu nunca vi isso, cava-se um poço de cinco ou seis metros de fundura e a água é mantida, trocada ou vinda de um rego para ela se trocar, para ela se refrescar, e os peixes são ali. Quando a gente queria um peixe, ia lá pescar, matar e comer o peixe fresco. Meu papagaio morreu afogado nesse poço...

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