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Por: Museu da Pessoa, 10 de junho de 2017

Seu Dedé, referência de saúde

Esta história contém:

Seu Dedé, referência de saúde

Vídeo

Meu avô era juiz de direito aqui em Paracatu, doutor Martinho Alvares da Silva Campos Neto. Ele foi juiz de direito aqui muitos anos, faleceu aqui. Deve ser o primeiro juiz que teve em Paracatu. Hoje, o fórum tem o nome dele.

Meus pais foram morar na fazenda que foi construída por ele. Papai criou 14 filhos de pessoas, de vaqueiros, do pessoal que morava na fazenda. A fazenda era grande, tinha muito agregado, e os meninos fugiam pra lá porque nós éramos muitos. Lá, mamãe, uma vez por semana, de duas em duas semanas, fazia biscoito. Tinha um caixotão enorme, enchia ele de biscoito. A meninada tinha fartura, comia à vontade. E latas de doce. Papai só comprava sal, arame e querosene, não comprava mais nada, tudo produzia lá, até roupa. Tudo.

Naquela época, a gente gostava mesmo era de estar no curral, andar, ficar no engenho, ficar junto com o pessoal. Andava a cavalo. Lá na fazenda criava muita cabra. Aos 5 anos, a gente já tocava cavalo no engenho, piava vaca pros vaqueiros, andava a cavalo, campeava com os vaqueiros nas distâncias menores, eu gostava de andar a cavalo.

O rio era perto, a gente ia pescar. Naquele tempo, a gente fazia chiqueiro pra pegar peixe. Todo dia de manhã, praticamente, a gente ia lá buscar o peixe, o peixe estava lá no chiqueiro. Chiqueiro é uma armadilha, fazia uma ceva, colocava o milho ali e eles vinham comer e desarmava. A gente não parava, tinha um movimento sempre.

Era o rio Paracatu, um rio com bastante água. Tinha praia, tinha muita mata. Na margem do rio era só mata.

Eu gostava mesmo era de sair com os vaqueiros. Naquele tempo você saía depois do almoço e voltava à noite, saía a cavalo e ficava o dia todo. Levava umas coisas pra comer. O alimento da gente durante o dia era queijo e rapadura.

Lá dava muita malária. Naquele tempo, a gente tinha malária sempre. O dia que tinha a gente já levantava cedo esperando a febre. Dava a febre, duas horas assim tremia, quatro horas levantava, tava bom, fazia de...

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Certificado

Dados da imagem Certificado de conclusão de curso de oficial de farmácia.

Período:
Ano 1975

Imagem de:
Antonio Olar da Silva Campos

História:
Seu Dedé, referência de saúde

Tipo:
Documento

Certificado de conclusão de curso de oficial de farmácia.

Diploma

Dados da imagem Diploma de graduação de Pedro de Moura Santiago.

Período:
Ano 1925

Imagem de:
Antonio Olar da Silva Campos

História:
Seu Dedé, referência de saúde

Tipo:
Documento

Diploma de graduação de Pedro de Moura Santiago.

Primeiros passos

Dados da imagem O local, hoje, é a rua Doutor Sério Ulhoa, antiga Rua das Flores. Foi ali onde Dedé conheceu a farmácia.

Período:
Ano 1947

Imagem de:
Antonio Olar da Silva Campos

História:
Seu Dedé, referência de saúde

Tipo:
Fotografia

O local, hoje, é a rua Doutor Sério Ulhoa, antiga Rua das Flores. Foi ali onde Dedé conheceu a farmácia.

Antiga farmácia

Dados da imagem Na época, o cinema era Banco Hipotecário, depois do Estado. Hoje, após a reforma, é o local da farmácia.

Período:
Ano 1930

Local:
Brasil / Minas Gerais / Paracatu

Imagem de:
Antonio Olar da Silva Campos

História:
Seu Dedé, referência de saúde

Tipo:
Fotografia

Na época, o cinema era Banco Hipotecário, depois do Estado. Hoje, após a reforma, é o local da farmácia.

Farmácia Santiago

Dados da imagem A farmácia Santiago, na época, entre a casa branca e a igreja presbiteriana.

Local:
Brasil / Minas Gerais / Paracatu

Imagem de:
Antonio Olar da Silva Campos

História:
Seu Dedé, referência de saúde

Tipo:
Fotografia

A farmácia Santiago, na época, entre a casa branca e a igreja presbiteriana.

Rua das Flores

Dados da imagem Antiga Rua das Flores.

Local:
Brasil / Minas Gerais / Paracatu

Imagem de:
Antonio Olar da Silva Campos

História:
Seu Dedé, referência de saúde

Tipo:
Fotografia

Antiga Rua das Flores.

Imagem de:
Antonio Olar da Silva Campos

História:
Seu Dedé, referência de saúde

Tipo:
Fotografia

Mãe de Dedé, Elizeta Marcolino Duarte Campos.

Imagem de:
Antonio Olar da Silva Campos

História:
Seu Dedé, referência de saúde

Tipo:
Fotografia

Pai do Dedé, Martinho Álvares da Silva Campos.

Juventude

Dados da imagem Retrato de Dedé quando jovem.

Imagem de:
Antonio Olar da Silva Campos

História:
Seu Dedé, referência de saúde

Tipo:
Fotografia

Retrato de Dedé quando jovem.

Dedé e o cunhado

Dados da imagem Dedé (esquerda) com o cunhado Pauliran.

Imagem de:
Antonio Olar da Silva Campos

História:
Seu Dedé, referência de saúde

Tipo:
Fotografia

Dedé (esquerda) com o cunhado Pauliran.

Imagem de:
Antonio Olar da Silva Campos

História:
Seu Dedé, referência de saúde

Tipo:
Fotografia

Dedé com a esposa, Dalene Resende Campos.

Dedé, o moço

Dados da imagem Dedé com aproximadamente 24 anos.

Imagem de:
Antonio Olar da Silva Campos

História:
Seu Dedé, referência de saúde

Tipo:
Fotografia

Dedé com aproximadamente 24 anos.

Imagem de:
Antonio Olar da Silva Campos

História:
Seu Dedé, referência de saúde

Tipo:
Fotografia

A esposa, Dalene.

Dedé e Dalene

Dados da imagem Dedé e Dalene

Imagem de:
Antonio Olar da Silva Campos

História:
Seu Dedé, referência de saúde

Tipo:
Fotografia

Homenagem

Dados da imagem Dedé sendo homenageado em Vazante ao lado da esposa Dalene.

Imagem de:
Antonio Olar da Silva Campos

História:
Seu Dedé, referência de saúde

Tipo:
Fotografia

Dedé sendo homenageado em Vazante ao lado da esposa Dalene.

Pai e filha

Dados da imagem Com a filha, Daniela.

Imagem de:
Antonio Olar da Silva Campos

História:
Seu Dedé, referência de saúde

Tipo:
Fotografia

Com a filha, Daniela.

Imagem de:
Antonio Olar da Silva Campos

História:
Seu Dedé, referência de saúde

Tipo:
Fotografia

Zulmira Loureiro Campos, avó de Dedé.

Imagem de:
Antonio Olar da Silva Campos

História:
Seu Dedé, referência de saúde

Tipo:
Fotografia

Martinho Álvares da Silva Campos Sobrinho, avô de Seu Dedé.

Família

Dados da imagem Esquerda para direita: Luiza (neta), Denise (filha), Daniela (filha), Bruno (neto), Sarah (neta), Valéria (filha) e Vitória (neta).

Imagem de:
Antonio Olar da Silva Campos

História:
Seu Dedé, referência de saúde

Tipo:
Fotografia

Esquerda para direita: Luiza (neta), Denise (filha), Daniela (filha), Bruno (neto), Sarah (neta), Valéria (filha) e Vitória (neta).

Pai e filho

Dados da imagem Com o filho, Martinho Neto.

Imagem de:
Antonio Olar da Silva Campos

História:
Seu Dedé, referência de saúde

Tipo:
Fotografia

Com o filho, Martinho Neto.

Vô Dedé

Dados da imagem Dedé com a neta, Vitória.

Imagem de:
Antonio Olar da Silva Campos

História:
Seu Dedé, referência de saúde

Tipo:
Fotografia

Dedé com a neta, Vitória.

Dados de acervo

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Projeto Kinross Paracatu

Depoimento de Antonio Olar da Silva Campos (Doutor Dedé)

Entrevistado por Fernanda Prado e Marcelo da Luz

Paracatu, 10/06/2017

Realização Museu da Pessoa

KRP_HV15_Dedé

Transcrito por Karina Medici Barrella

P/1 – Então, seu Dedé, primeiro eu gostaria de agradecer de o senhor ter topado participar dessa entrevista, de receber a gente aqui na sua farmácia. A primeira pergunta, eu queria que você falasse o seu nome completo.

R – Antonio Olar Alvares da Silva Campos.

P/1 – E a data e o local do seu nascimento.

R – Nasci na zona rural, em 03 de janeiro de 1933.

P/1 – Na zona rural em que...

R – Chamava Fazenda Lavado, município de Paracatu, hoje é município de Vazante.

P/1 – Fala pra gente o nome dos seus pais.

R – Martim Alvares da Silva Campos.

P/1 – E da sua mãe?

R – Eliseta Marcolina Duarte.

P/1 – E o que eles faziam, seus pais?

R – Fazendeiros, moravam na fazenda.

P/1 – O senhor conheceu seus avós?

R – Meus avós são falecidos, tanto materno como paterno.

P/1 – E como é que era essa fazenda?

R – Fazenda, essa fazenda da família. Meus pais tinham outras terras, mas lá ele morou na fazenda que era do meu avô. Meu avô era juiz de direito aqui em Paracatu, doutor Martinho Alvares da Silva Campos Neto. Ele foi juiz de direito aqui muitos anos, faleceu aqui. Deve ser o primeiro juiz de direito que teve em Paracatu. Meus pais foram morar na fazenda que foi construída por ele, ele adquiriu e na falta dele meus pais foram tomar conta da fazenda porque os irmãos deles todos estudavam. Eles são, é uma família de 16 irmãos.

P/1 – Do lado do seu pai?

R – Do lado do meu pai.

P/1 – E como é que era essa casa da fazenda?

R – Fazenda antiga, uma casa enorme, grande, de muitos cômodos. Casa batida de terra o chão, quase igual cimento a casa. Era muito alta e muito bem construída.

P/1 – O senhor tem irmãos?

R – Nós somos nove irmãos. Hoje nós somos cinco,...

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