Facebook Info Ir direto ao conteúdo
Por: Museu da Pessoa, 10 de junho de 2017

Seu Dedé, referência de saúde

Esta história contém:

Seu Dedé, referência de saúde

Vídeo

Meu avô era juiz de direito aqui em Paracatu, doutor Martinho Alvares da Silva Campos Neto. Ele foi juiz de direito aqui muitos anos, faleceu aqui. Deve ser o primeiro juiz que teve em Paracatu. Hoje, o fórum tem o nome dele.

Meus pais foram morar na fazenda que foi construída por ele. Papai criou 14 filhos de pessoas, de vaqueiros, do pessoal que morava na fazenda. A fazenda era grande, tinha muito agregado, e os meninos fugiam pra lá porque nós éramos muitos. Lá, mamãe, uma vez por semana, de duas em duas semanas, fazia biscoito. Tinha um caixotão enorme, enchia ele de biscoito. A meninada tinha fartura, comia à vontade. E latas de doce. Papai só comprava sal, arame e querosene, não comprava mais nada, tudo produzia lá, até roupa. Tudo.

Naquela época, a gente gostava mesmo era de estar no curral, andar, ficar no engenho, ficar junto com o pessoal. Andava a cavalo. Lá na fazenda criava muita cabra. Aos 5 anos, a gente já tocava cavalo no engenho, piava vaca pros vaqueiros, andava a cavalo, campeava com os vaqueiros nas distâncias menores, eu gostava de andar a cavalo.

O rio era perto, a gente ia pescar. Naquele tempo, a gente fazia chiqueiro pra pegar peixe. Todo dia de manhã, praticamente, a gente ia lá buscar o peixe, o peixe estava lá no chiqueiro. Chiqueiro é uma armadilha, fazia uma ceva, colocava o milho ali e eles vinham comer e desarmava. A gente não parava, tinha um movimento sempre.

Era o rio Paracatu, um rio com bastante água. Tinha praia, tinha muita mata. Na margem do rio era só mata.

Eu gostava mesmo era de sair com os vaqueiros. Naquele tempo você saía depois do almoço e voltava à noite, saía a cavalo e ficava o dia todo. Levava umas coisas pra comer. O alimento da gente durante o dia era queijo e rapadura.

Lá dava muita malária. Naquele tempo, a gente tinha malária sempre. O dia que tinha a gente já levantava cedo esperando a febre. Dava a febre, duas horas assim tremia, quatro horas levantava, tava bom, fazia de...

Continuar leitura
fechar

Certificado

Certificado de conclusão de curso de oficial de farmácia.

período: Ano 1975
tipo: Documento

Diploma

Diploma de graduação de Pedro de Moura Santiago.

período: Ano 1925
tipo: Documento

Primeiros passos

O local, hoje, é a rua Doutor Sério Ulhoa, antiga Rua das Flores. Foi ali onde Dedé conheceu a farmácia.

período: Ano 1947
tipo: Fotografia

Antiga farmácia

Na época, o cinema era Banco Hipotecário, depois do Estado. Hoje, após a reforma, é o local da farmácia.

período: Ano 1930
local: Brasil / Minas Gerais / Paracatu
tipo: Fotografia

Farmácia Santiago

A farmácia Santiago, na época, entre a casa branca e a igreja presbiteriana.

local: Brasil / Minas Gerais / Paracatu
tipo: Fotografia

Rua das Flores

Antiga Rua das Flores.

local: Brasil / Minas Gerais / Paracatu
tipo: Fotografia

Mãe

Mãe de Dedé, Elizeta Marcolino Duarte Campos.

tipo: Fotografia

Pai

Pai do Dedé, Martinho Álvares da Silva Campos.

tipo: Fotografia

Juventude

Retrato de Dedé quando jovem.

tipo: Fotografia

Dedé e o cunhado

Dedé (esquerda) com o cunhado Pauliran.

tipo: Fotografia

Casal

Dedé com a esposa, Dalene Resende Campos.

tipo: Fotografia

Dedé, o moço

Dedé com aproximadamente 24 anos.

tipo: Fotografia

Dalene

A esposa, Dalene.

tipo: Fotografia

Dedé e Dalene

tipo: Fotografia

Homenagem

Dedé sendo homenageado em Vazante ao lado da esposa Dalene.

tipo: Fotografia

Pai e filha

Com a filha, Daniela.

tipo: Fotografia

Avó

Zulmira Loureiro Campos, avó de Dedé.

tipo: Fotografia

Avô

Martinho Álvares da Silva Campos Sobrinho, avô de Seu Dedé.

tipo: Fotografia

Família

Esquerda para direita: Luiza (neta), Denise (filha), Daniela (filha), Bruno (neto), Sarah (neta), Valéria (filha) e Vitória (neta).

tipo: Fotografia

Pai e filho

Com o filho, Martinho Neto.

tipo: Fotografia

Vô Dedé

Dedé com a neta, Vitória.

tipo: Fotografia

Dados de acervo

Baixar texto na íntegra em PDF

Projeto Kinross Paracatu

Depoimento de Antonio Olar da Silva Campos (Doutor Dedé)

Entrevistado por Fernanda Prado e Marcelo da Luz

Paracatu, 10/06/2017

Realização Museu da Pessoa

KRP_HV15_Dedé

Transcrito por Karina Medici Barrella

P/1 – Então, seu Dedé, primeiro eu gostaria de agradecer de o senhor ter topado participar dessa entrevista, de receber a gente aqui na sua farmácia. A primeira pergunta, eu queria que você falasse o seu nome completo.

R – Antonio Olar Alvares da Silva Campos.

P/1 – E a data e o local do seu nascimento.

R – Nasci na zona rural, em 03 de janeiro de 1933.

P/1 – Na zona rural em que...

R – Chamava Fazenda Lavado, município de Paracatu, hoje é município de Vazante.

P/1 – Fala pra gente o nome dos seus pais.

R – Martim Alvares da Silva Campos.

P/1 – E da sua mãe?

R – Eliseta Marcolina Duarte.

P/1 – E o que eles faziam, seus pais?

R – Fazendeiros, moravam na fazenda.

P/1 – O senhor conheceu seus avós?

R – Meus avós são falecidos, tanto materno como paterno.

P/1 – E como é que era essa fazenda?

R – Fazenda, essa fazenda da família. Meus pais tinham outras terras, mas lá ele morou na fazenda que era do meu avô. Meu avô era juiz de direito aqui em Paracatu, doutor Martinho Alvares da Silva Campos Neto. Ele foi juiz de direito aqui muitos anos, faleceu aqui. Deve ser o primeiro juiz de direito que teve em Paracatu. Meus pais foram morar na fazenda que foi construída por ele, ele adquiriu e na falta dele meus pais foram tomar conta da fazenda porque os irmãos deles todos estudavam. Eles são, é uma família de 16 irmãos.

P/1 – Do lado do seu pai?

R – Do lado do meu pai.

P/1 – E como é que era essa casa da fazenda?

R – Fazenda antiga, uma casa enorme, grande, de muitos cômodos. Casa batida de terra o chão, quase igual cimento a casa. Era muito alta e muito bem construída.

P/1 – O senhor tem irmãos?

R – Nós somos nove irmãos. Hoje nós somos cinco,...

Continuar leitura

Título: Seu Dedé, referência de saúde

Data: 10 de junho de 2017

Local de produção: Brasil / Minas Gerais / Paracatu

Autor: Museu da Pessoa

O Museu da Pessoa está em constante melhoria de sua plataforma. Caso perceba algum erro nesta página, ou caso sinta falta de alguma informação nesta história, entre em contato conosco através do email atendimento@museudapessoa.org.

Essa história faz parte de coleções

voltar

Denunciar história de vida

Para a manutenção de um ambiente saudável e de respeito a todos os que usam a plataforma do Museu da Pessoa, contamos com sua ajuda para evitar violações a nossa política de acesso e uso.

Caso tenha notado nesta história conteúdos que incitem a prática de crimes, violência, racismo, xenofobia, homofobia ou preconceito de qualquer tipo, calúnias, injúrias, difamação ou caso tenha se sentido pessoalmente ofendido por algo presente na história, utilize o campo abaixo para fazer sua denúncia.

O conteúdo não é removido automaticamente após a denúncia. Ele será analisado pela equipe do Museu da Pessoa e, caso seja comprovada a acusação, a história será retirada do ar.

    voltar

    Sugerir edição em conteúdo de história de vida

    Caso você tenha notado erros no preenchimento de dados, escreva abaixo qual informação está errada e a correção necessária.

    Analisaremos o seu pedido e, caso seja confirmado o erro, avançaremos com a edição.

      voltar

      Licenciamento

      Os conteúdos presentes no acervo do Museu da Pessoa podem ser utilizados exclusivamente para fins culturais e acadêmicos, mediante o cumprimento das normas presentes em nossa política de acesso e uso.

      Caso tenha interesse em licenciar algum conteúdo, entre em contato com atendimento@museudapessoa.org.

      voltar

      Reivindicar titularidade

      Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”),  nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.

      Receba novidades por e-mail:

      *Campos obrigatórios