Nos idos de 1975, em plena ditadura militar, eu e um grupo de amigos fazíamos música e participávamos de festivais, pois não tínhamos outra maneira de apresentarmos nossos trabalhos. Em certo dia, me lembro como se fosse hoje, um dos amigos chegou me convidando para ir a um ensaio de uma banda chamada Mixto Quente, na qual ele estava fazendo parte.
Esse amigo se chama Fábio Lopes e tem um grupo hoje que se chama Acorde e Cante que toca nas noites do Rio e shoppings.
Quando cheguei lá tinha um grupo de pessoas que passei a me tornar amigo. Foi quando me interessei pela música e hoje sou baterista.
Quando o Cabrita (baixista e líder da banda) começou a passar uma música eu fiquei paralisado, pois , nunca tinha ouvido melodia tão límpida e gostosa de cantar e tocar. Essa música se chamava “Trem Azul” e passei a me interessar pelos mineiros a partir dessa data.
A maior curiosidade é que um dos componentes do Mixto Quente, era nada mais nada menos que hoje o ex-Governador Anthony Garotinho, que chamávamos de BOLINHA. Se vocês não sabem, ele é um grande letrista e eu e o Fábio (que também é mineiro de Tombos) defendemos várias músicas do Fábio em co-autoria com BOLINHA, em vários festivais. Ganhamos três vezes seguidas (1982 a 1985) o festival de Alegre-ES, sendo que em 1985 os 1º e 2º lugares de melhor arranjo e com o Fábio ganhando o melhor intérprete. Hoje lembramos de todas as músicas do Clube da Esquina e Clube da Esquina 2, dos discos de Milton, Lô Borges, Beto Guedes, como se fizessem parte de nossas vidas assim como o ar que respiramos.
Ah O Fernando Brant deve lembrar do irmão do Fábio, que era um grande artista plástico e poeta. Chamava-se Márcio Lopes e morreu num acidente de carro na estrada de Tombos a Carangola. Um grande abraço fraterno a todos do Clube.
Do, talvez, o maior fã de vocês.
Luiz Felippe de S Ramos (vulgo Felippe) batera aqui de Campos