IDENTIFICAÇÃO Vilmar Rodrigues de Souza. Nasci na cidade de Abaeté, bem próxima a Belo Horizonte e o nascimento ocorreu no dia primeiro de março de 1959. INGRESSO NA PETROBRAS Até os 17 anos, eu sempre me mantive assim: ajudando no orçamento da casa, realizando aquelas tarefas, vendendo algumas coisas na rua. A família precisava do apoio de um adolescente, então sempre me envolvi com isto. Eu tive a satisfação de servir o Exército, aqui em Belo Horizonte, na Quarta Companhia de Polícia do Exército, e, naquele ano de 1978, nós fomos recrutados para participar de um concurso para Petrobras. Era uma disputa bem acirrada, porque havia muitos militares à procura de um trabalho e eu me candidatei a uma vaga de auxiliar de segurança interna. Era uma vaga de segurança de patrimônio aqui da Refinaria Gabriel Passos e, no decorrer do concurso, depois de várias etapas, eu tive a felicidade e a satisfação de estar classificado em sexto lugar. Fui chamado logo após a baixa do Exército, em 1979. Fui admitido aqui na Petrobras no dia quatro de junho de 1979, pouquinhos meses depois da baixa do Exército Brasileiro. Eu entrei em 1979, no Setor de Segurança Patrimonial, que é um setor muito conhecido como “vigilância”, e fiquei pouco tempo. Esse pouco tempo me deu a condição de ver alguns aspectos da refinaria, quais as áreas que eu me identificaria. TRAJETÓRIA PROFISSIONAL Fiz curso de operador de refinaria, sou operador de refinaria. Fiz um estágio na área de craqueamento, fiquei um bom tempo lá estagiando, mas sempre me identificava muito com as atividades de combate a incêndio – uma área que eu sempre gostei e estava no meu sangue. Então, o setor que trabalhava com isso era o Setor de Segurança Industrial, no memorial Sesin - Setor de Segurança Industrial, e passou por outros nomes, hoje SMS. Era um setor em que eu me identificava bastante com as atividades que eram desenvolvidas. E então, pela...
Continuar leituraIDENTIFICAÇÃO Vilmar Rodrigues de Souza. Nasci na cidade de Abaeté, bem próxima a Belo Horizonte e o nascimento ocorreu no dia primeiro de março de 1959. INGRESSO NA PETROBRAS Até os 17 anos, eu sempre me mantive assim: ajudando no orçamento da casa, realizando aquelas tarefas, vendendo algumas coisas na rua. A família precisava do apoio de um adolescente, então sempre me envolvi com isto. Eu tive a satisfação de servir o Exército, aqui em Belo Horizonte, na Quarta Companhia de Polícia do Exército, e, naquele ano de 1978, nós fomos recrutados para participar de um concurso para Petrobras. Era uma disputa bem acirrada, porque havia muitos militares à procura de um trabalho e eu me candidatei a uma vaga de auxiliar de segurança interna. Era uma vaga de segurança de patrimônio aqui da Refinaria Gabriel Passos e, no decorrer do concurso, depois de várias etapas, eu tive a felicidade e a satisfação de estar classificado em sexto lugar. Fui chamado logo após a baixa do Exército, em 1979. Fui admitido aqui na Petrobras no dia quatro de junho de 1979, pouquinhos meses depois da baixa do Exército Brasileiro. Eu entrei em 1979, no Setor de Segurança Patrimonial, que é um setor muito conhecido como “vigilância”, e fiquei pouco tempo. Esse pouco tempo me deu a condição de ver alguns aspectos da refinaria, quais as áreas que eu me identificaria. TRAJETÓRIA PROFISSIONAL Fiz curso de operador de refinaria, sou operador de refinaria. Fiz um estágio na área de craqueamento, fiquei um bom tempo lá estagiando, mas sempre me identificava muito com as atividades de combate a incêndio – uma área que eu sempre gostei e estava no meu sangue. Então, o setor que trabalhava com isso era o Setor de Segurança Industrial, no memorial Sesin - Setor de Segurança Industrial, e passou por outros nomes, hoje SMS. Era um setor em que eu me identificava bastante com as atividades que eram desenvolvidas. E então, pela passagem e pelo processo, eu aguardava uma vaga no setor de atividades, que era um setor que tinha uma experiência até também com cursos lá fora de caldeiraria, de caldeiras e sistema elétrico, era um setor que eu almejava na área de processo. Como não surgiu esta vaga, próximo do ano de 1983, aí foi logo que ocorreu o concurso para segurança do trabalho, para esse setor, que é o setor de segurança. E eu tive a satisfação também de ser classificado em primeiro lugar pra esse concurso. Então, eu fui com toda empolgação e lá que eu fiz a minha carreira, na Segurança Industrial I, hoje Segurança, Meio-Ambiente e Saúde. Eu galguei todos os passos, fui Auxiliar de Segurança, Sub-Inspetor de Segurança, Inspetor de Segurança, Técnico de Segurança e hoje sou Técnico de Segurança II, trabalhando em turno. Me identifico muito bem com as atividades que a gente executa aqui no setor: ministrando treinamento, tanto de resgate de acidentado, como de controle de emergência, realizando serviços de paradas e partidas de unidades; são coisas do nosso dia-a-dia que a gente gosta de fazer. É o mesmo que estar lidando com caminhão de combate a incêndio. Lógico, esse treinamento é o maior prazer. A gente já teve várias experiências de estar atuando na coordenação de combate de emergência, atuando como um operador de viatura; é coisa que a gente faz com prazer e a gente sente que nasceu pra aquilo. E Deus tem me colocado nisso aí; pra mim, cada dia é mais empolgação. COTIDIANO DE TRABALHO As refinarias, como todas, têm uma organização de controle de emergência; esse controle é centralizado e, hoje, o comando dessas emergências é coordenado pelo Setor de Segurança do Trabalho. Então, por exemplo, o técnico de segurança II é o responsável pelo comando dessa emergência, ele recebe a comunicação, ele dá todas as diretrizes para sua equipe, nem é só a equipe de segurança. Esta equipe é formada pelo pessoal do laboratório, pelos operadores, pessoal da vigilância; uma equipe que é, basicamente, a estrutura do Setor de Segurança. Não tem como hoje estar combatendo emergências de pequenos, médios e grandes portes, então nós temos que estar contando com apoio desse pessoal. A nossa ação é treiná-los e, no desencadear de uma emergência, estar coordenando o funcionamento da viatura, vendo que tipo de equipamento que será usado, de que forma vai ser realizado o combate à emergência, se é com água ou se é com espuma, com qual equipamento que será feita a prevenção. Então, nós, técnicos de segurança, a nossa atuação é dessa maneira, a gente tem que ter uma visão do todo e estar muito preocupado com as nossas brigadas de incêndio, principalmente. Como que se diz nos treinamentos: é a busca contínua da perfeição. Então, a gente tem trabalhado muito isso aí com a turma e o nosso alvo é a prevenção de acidentes, a preservação do elemento humano que é a nossa gestão. A gente tem falado muito nisso, a preservação do elemento humano, então isso tem que ter uma importância muito grande pra nós da segurança, nós trabalhamos muito em cima disso. A gente teve um trabalho aqui, feito em altura de 1,45 metros, nas nossas chaminés – é o que chamamos de “flare” – e lá nós fizemos a descida do pessoal de corda, tipo uma fuga rápida, no local de trabalho devido, simulando uma emergência nas laterais. Ali nós colocamos as pessoas com muita segurança pra descer nas cordas, tipo um rapel, usado pelo Exército, e foi o maior sucesso: aquela descida, o pessoal bem treinado e o prazer das pessoas de estar descendo uma corda e de ser sustentado pelo cinto de segurança. Fizemos esse trabalho várias vezes – esse trabalho da ponteira na torre de flare –, e nós tínhamos também ali várias vezes acidente zero, ocorrência zero. Foram grandes momentos na nossa carreira como técnicos de segurança: realizar trabalhos de risco, onde não teve nenhuma ocorrência grave. Então, isso pra gente é o lado positivo também, o que a gente leva. Com certeza, isso supera as marcas negativas na trajetória, de emergências, de coisas difíceis. O lado bom da coisa é quando a gente tem os lados positivos. EDUCAÇÃO Eu sou de uma família educada pelos princípios religiosos e eu queria, assim, estar conhecendo um pouco mais a palavra de Deus, porque teologia, na verdade, é um estudo das coisas de Deus. E ele é muito abrangente, ele me ajudou muito na criação dos meus filhos, tem me ajudado muito dentro da igreja que eu participo, uma Igreja Evangélica Presbiteriana, uma igreja bem tradicional, que surgiu na época da Reforma (Reforma Protestante). Eu falo isso não com certo orgulho, mas porque tem uma história pra contar de Lutero e outros personagens de fama internacional. Então, para crescer, dentro da Igreja, por exemplo, hoje eu trabalho com jovens delinqüentes – isso tem me ajudado bastante a lidar com esse tipo de pessoas, pessoas problemáticas... A Igreja tem muitas pessoas que vêm em busca de ajuda e você tem algumas coisas pra oferecer. Foi aí que eu busquei um curso desses, dessa natureza, que me proporcionasse uma satisfação pessoal. É um curso que me ajudou muito na criação dos meus filhos. Tenho uma família maravilhosa, tenho sido um pai que tem buscado essas informações. Esse curso me deu muita base para isso, pra lidar com o mundo, com os adolescentes, com os jovens. Ele (o curso de teologia) me abriu muito a cabeça pra isso. Eu acreditava que deveria ter feito alguma coisa até profissionalmente em relação a Petrobras, tanto é que hoje eu faço um curso de engenharia de produção voltado para uma área que quero desenvolver, que é a área de engenharia ambiental. Então, eu tento conciliar tudo isso aí. ACIDENTE DE TRABALHO Tem ocorrências que aconteceram com a gente, que eu gostaria de ter passado por aquilo e não ter levado no meu currículo. Mas foram verdades e as nossas atuações por cenas assim difíceis, chocantes... Foi uma realidade, não foi porque ninguém quis, aconteceu e então nós soubemos enfrentar a situação. Já tivemos algumas situações aqui que nós levaremos nas nossas lembranças para onde a gente for. Então, aquelas que marcam, quando a gente tem o nosso próprio trabalhador acidentado, a gente não consegue esquecer isso. A gente ali tentando resgatar as vidas. Porque, numa empresa de trabalho como o nosso, os riscos existem, os acidentes acontecem. A gente tem trabalhado pra que sejam evitados, a cada ano esses índices têm melhorado, mas acontecem. E, então, a situação nossa é o socorro dos acidentados, o combate do fogo numa unidade. A gente fica com aquelas cenas marcadas na nossa cabeça e que não gostaria de ver. Tanto a Empresa como a gerência têm trabalhado em cima disso para não acontecer situações como essas. Realmente, não é o lado bom da coisa, mas a equipe tem que estar preparada pra enfrentar situações dessa natureza. HISTÓRIAS / CAUSOS / LEMBRANÇAS A gente já está aqui há bastante tempo, tem várias histórias. Mas tem uma história que eu não me esqueço nunca: a gente estava numa sala de aula dando treinamento para um pessoal de parada. Na sala devia ter, mais ou menos, umas 100 pessoas e a gente falava dos riscos de uma refinaria, dos riscos do processo. Antes de o trabalhador ir para a área, a gente levava lá para a sala – como leva até hoje. São todos bem treinados. E, num desses treinamentos, a gente falava dos riscos dos processos: falamos das torres, dos reatores, dos vasos. Então, na hora que a gente falava da história dos vasos, uma senhora muito humildemente no meio da platéia levanta a mão toda simplesinha. Queria fazer uma pergunta. A gente deu a oportunidade pra ela fazer a pergunta. Ela disse com muita simplicidade: “Qual que era a diferença dos riscos do vaso da Petrobras pros vasos da casa dela?” Então, assim, era aquilo que ela tava entendendo. Aquilo ali, a galera que era muita, que já trabalhava na área há muito tempo, foi um alvoroço total na platéia porque não entenderam a pergunta. E ela na maior simplicidade do mundo. Na hora que a gente fala de vaso, tem uma dimensão muito grande pra nós, no nosso linguajar daqui. Então, muito educadamente, nós respondemos o que era essa história e que vaso era esse. Por exemplo, se eu falasse o que é pra você um tanque, você saberia? O vaso geralmente tem uma forma cilíndrica, como se fosse um tanque de petróleo. Você assimila o que é um tanque de petróleo. Na hora que eu digo pra você, por exemplo, “um permutador”, já vai ser mais difícil. Na linguagem de petroleiro, das pessoas que trabalham envolvidas com a Petrobras, vai ser muito simples. Mas na hora que se fala em vaso para uma pessoa acostumada a vida inteira com o vaso da casa dela... Quando falamos assim: “Os vasos aqui têm risco, têm gás, não pode entrar, não pode usar”, é outra coisa. Esse vaso é um equipamento, faz parte de uma refinaria de petróleo, entra na área do processamento, onde resfria o equipamento, o produto. Ele é um equipamento, um acessório para destilação, para o craqueamento do petróleo. Essa história a gente não se esquece, porque, na época, foi um tumulto danado na sala, a gente teve que conter a sala para explicar para a senhora que ela estava certa em perguntar. Na dúvida as pessoas têm que perguntar. Com a simplicidade dela, a gente aprendeu muito. Às vezes, a gente tem que ter muito cuidado em falar as coisas quando se está treinando as pessoas. Nós vivemos numa comunidade e falamos coisas que pra gente é normal, mas pra outra pessoa de fora é um outro mundo. Então, tem que ter cuidado com o que se fala, no que a gente vai expressar, principalmente quando se está numa sala de aula, dando treinamento, porque a mensagem, às vezes, não é recebida da forma que a gente quer transmitir. O público é outro. A gente tem lidado com público de diversos níveis, desde a pessoa que está limpando o chão da fábrica até os engenheiros projetistas, toda ala de profissionais. A gente tem que ter um cuidado muito grande ao responder adequadamente o que as pessoas querem e precisam entender. Essa é uma das histórias que a gente tem, que eu não consigo esquecer. Todas as vezes que estou numa sala de aula, eu lembro que a gente tem que estar falando de forma que as pessoas possam entender. Ainda mais, como se diz, em termos de segurança de trabalho. Acho que a mensagem deve ser bem clara, bem objetiva, para que pessoas possam entender o recado que a gente tem que dar. Tem umas histórias fantásticas; às vezes, o tempo leva. Mas tem outra história aqui que eu vou contar rapidinho. Essa foi da época que nós entramos aqui. Não vamos citar nomes das pessoas, mas teve um colega nosso que colocou a equipe da vigilância em forma pra ir almoçar no refeitório. Aí, saía daqui do setor, mais ou menos uns 500 metros de distância do refeitório, e aquela turma de vigilantes da Petrobras não tinha vínculo nenhum com militarismo, pois já haviam dado baixa, eles estavam aqui. Aí, o mais engraçadinho da turma, o mais antigo colocou aquela equipe todinha em forma e saiu marchando mais de 500 metros, do Setor da Segurança até o refeitório. Eram mais ou menos uns 15 vigilantes que estavam em treinamento. E um dos mais antigos pôs pra marchar e todo mundo parado pra ver aquilo lá, achando o máximo. É, como se diz, “uma brincadeira” em cima do pessoal que não tinha nada a ver e os pobres coitados – todo mundo em volta – marchando, igualzinho ao Exército. Não tinha nada a ver. Então, essas histórias que a gente não esquece. O pessoal era admitido no setor, tava ali novo, primeiro mês, aí as pessoas mais velhas: “Você já pegou o seu salário admissional?” A pessoa com 10 dias não tinha pagamento, né? “Ah Não tenho não. Como é que se faz?” Aí mandava num setor, a pessoa rodava para tudo quanto era setor atrás do salário admissional. Aí: “Ah, não...” Mas aí já tinham sido co-ligados todos setores: “Vai um rapazinho aí, atrás do salário admissional. Manda ele pra tal setor.” Nisso, o pobre coitado ali, rodando a refinaria todinha atrás do salário admissional, porque dinheiro todo mundo quer. Umas histórias assim que marcam. Essa do admissional não se passou comigo, é interessante como as pessoas têm aquela brincadeira. Tem umas brincadeiras mais sérias, até de maldade. Por exemplo: vocês viram que tem um poço, aqui perto, e todo vigilante que entrava na refinaria nessa época, lá de 79, tinha que tomar o banho. Aí, jogava a pessoa ali, distraidamente, dentro do poço. É um poço de, mais ou menos, 60 centímetros; ninguém morria afogado, aí jogava ali dentro. Situações que hoje não ocorrem mais, porque até é uma atitude, um ato inseguro. Mas, no campo de treinamento, quando as pessoas, os empregados novos chegam, a gente sempre dá um batismo neles lá. Aquele batismo saudável, sem correr risco assim de acidentar as pessoas com volume d’água. Isso acontece muito. O pessoal passa por um treinamento no campo de combate a incêndio. Ele tem que molhar mesmo, inclusive tem situação que ele tem que entrar no equipamento todo molhado, com os roupões e tudo, e se molhar – ninguém gosta. Mas a gente vai e dá aquele banho legal neles, tipo uma neblina, os colegas seguram e a gente faz aquele batismo. O batismo ali no campo de treinamento, mas com muita cautela porque a adrenalina tem que ter seu limite, senão a gente acaba numa brincadeira acidentando alguém. IMAGEM DA PETROBRAS Tem uma frase que as pessoas dizem: “a Petrobras é uma mãe”, e é mesmo. Eu agradeço muito a Deus por estar na Petrobras, foi a empresa que permitiu criar meus filhos, ter um tratamento médico como eu tenho hoje. É uma assistência incomparável, eu não tenho nada a dizer contra. A empresa que me deu condições de crescer profissionalmente, onde me tornei homem, me tornei um ser responsável aqui dentro devido a tantas coisas que eu aprendi. Eu devo a Deus, primeiramente, todas as coisas da minha vida, mas também a Petrobras. Aqui ela me ajudou a criar meus filhos, a dar uma condição de vida a meus familiares – a verdade é essa. Ela é tudo, então não é por ser a número um do Brasil, mas é porque nós estamos dentro dela e a gente sabe que é realidade o tratamento que ela dá. Uma empresa que, realmente, se pudesse colocava todos os meus familiares... Eu tenho incentivado parentes a prestar concurso, estudar pra que esteja numa área dessa, numa empresa como essa - independente da função, independente do cargo. Ela realmente tem uma atenção muito grande para com os seus empregados, muito grande no requisito saúde, num todo. E nós somos empregados, nós não temos que reclamar e temos que agradecer e estar brigando pela preservação dela, estar incentivando para que ela seja realmente nossa, do Brasil e que os nossos filhos, netos, possam estar contando essas histórias aí no futuro. Eu sempre penso que o petróleo vai acabar no dia que Deus quiser, e então enquanto tiver petróleo, as nossas jazidas cada dia mais ricas, a gente estará defendendo esse patrimônio. SINDICATO Sou do Sindipetro de Minas Gerais, me sindicalizei desde que eu entrei aqui e tenho dado apoio. Eu acho que é uma entidade que tem olhado muito para seus trabalhadores. Acredito que toda a empresa, todo o local de trabalho tem que ter alguém trabalhando ali nos bastidores. A gente vê o trabalho junto com a C.I.P.A., um trabalho em relação à prevenção de acidentes - está muito ligado com a gente. Eu nunca me preocupei em desvincular do Sindicato. Nunca cheguei a exercer cargo nenhum. A gente, como participante, analisa as partes positivas e negativas e eu tomo as minhas decisões pelos lados positivos, mas eu acredito no Sindicato que lida com a causa do trabalhador, com a causa da prevenção do trabalho, num Sindicato que atua em prol do trabalhador. Eu destacaria a participação do Sindicato na questão das análises de acidentes, na prevenção dos acidentes. Acho que é o ponto alto da participação do Sindicato relacionando com a Empresa. Acho que a briga que a gente tem, que está cerrada o tempo todo, é essa, é a prevenção de acidentes. Tanto é que sou até suspeito de falar, já que é a minha área, mas eu acho que a preservação do elemento humano, e quanto mais entidades estiverem envolvidas com isso, aí é o ideal para nós. Porque a gente trabalha com certeza, pensando a cada instante que o trabalho dê certo, dê os resultados e que não tenha ocorrência. MEMÓRIA PETROBRAS Foi legal. Pra mim, foi uma surpresa. Eu vim, realmente, não foi pra dar entrevista, eu vim trazer o meu material fotográfico, uma fita com as coisas que a gente tem feito na área, porque o tempo está corrido. Você vê que eu tive que desligar o rádio; estava me comunicando com o colega, porque a gente realmente está de partida e com atividade. O tempo é bem corrido. Eu vi a informação ontem – acho que tem dois dias. Sempre gostei dessas coisas de estar divulgando, porque tudo isso é história, senão fica camuflado. Sempre gostei de pôr as coisas para fora, acho que o que é meu é de todos, até o conhecimento. Está chegando uma turma de colegas novos aí, e eu tenho passado as informações pra eles. Como se diz, tenho ensinado até “o pulo do gato”, porque amanhã eu estou fora, com certeza, se Deus quiser. Eles têm que estar bem preparados pra isso. Fui pego assim de surpresa, mas achei que foi legal. Foi legal, tem muitas outras histórias, mas fica para uma outra oportunidade.
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