Facebook Informações Ir direto ao conteúdo
Por: Museu da Pessoa, 27 de julho de 2013

Vida dura de balateiro

Esta história contém:

Vida dura de balateiro

Vídeo

Nasci em 1940, dia 28 de dezembro, na localidade Capucu, Alto Paru. Meus pais se chamava Francisco Alves do Nascimento e Domingas Cardoso dos Santos. Meu pai era agricultor e cortava balata, era balateiro. Minha mãe não chegou a cortar porque ela morreu muito cedo. Eu mal lembro dela, mal a fisionomia dela, que ela era baixa, morena, como se diz, gordinha. Essa é a lembrança que eu tenho dela. O cabelo era comprido, preto, vamos dizer, que fosse castanho. Morena. Meu pai era baixo, grosso, moreno também, ele era da Cidade de Baturité, Ceará. Nesse tempo tudo era difícil e quando ele saiu de perto dos pais dele foi com 13 anos.

Ele veio, se situou numa cidade por nome Anajás, nesse município de Breves, no meio de Breves. Foi criado com padrinho por nome Euclides Cumaru, conhecido como Cumaru, onde ele foi prefeito, era advogado, tudo nessa cidade. Meu pai veio à procura dele, encontrou e ficou morando com ele. Nessa época, o melhor produto ou o melhor recurso pra sobreviver era balata. Quando ele veio de lá ele não voltou mais. Construiu família e gostou do povo e se aclimatou no clima e não teve mais vontade de voltar. Casou com a minha mãe, minha mãe morreu e ele construiu outra família, morreu no poder da outra. Com minha mãe teve dois filhos. O outro é Francisco Alves Filho.

Eu fui criado com o papai e quando a mamãe morreu, ele tinha apenas quatro meses. Eu tinha nessas alturas quatro anos. Quando a mamãe, antes de morrer, ela chamou a madrinha dele e entregou pra ela. Ele foi criado já com a madrinha dele e o padrinho dele e eu fiquei com o papai. Papai já tinha a outra família. Passou o decorrer do tempo, a outra também era viúva e eles se casaram. Ela tinha uma filha e o papai tinha eu. Se chamava Maria. A minha educação foi muito excelente, porque foi uma verdadeira mãe pra mim, apesar de ela não ter, vamos dizer, me carregado no ventre, mas foi uma excelente madrasta pra mim.

Ela teve mais duas filhas, já com papai. Uma...

Continuar leitura

Dados de acervo

O Museu da Pessoa está em constante melhoria de sua plataforma. Caso perceba algum erro nesta página, ou caso sinta falta de alguma informação nesta história, entre em contato conosco através do email atendimento@museudapessoa.org.

Histórias que você pode gostar

Uma mulher de fibra
Vídeo Texto

Antonia Marta Feitosa da Costa

Uma mulher de fibra
Um cordelista com histórias para contar
Vídeo Texto

Garcilazio Machado Brilhante

Um cordelista com histórias para contar
Ricardo Teixeira de Sousa
Vídeo Texto

Ricardo Teixeira de Sousa

Ricardo Teixeira de Sousa
Uma biblioteca no Jari
Vídeo Texto

Helomar de Assis Gama

Uma biblioteca no Jari

Essa história faz parte de coleções

fechar

Denunciar história de vida

Para a manutenção de um ambiente saudável e de respeito a todos os que usam a plataforma do Museu da Pessoa, contamos com sua ajuda para evitar violações a nossa política de acesso e uso.

Caso tenha notado nesta história conteúdos que incitem a prática de crimes, violência, racismo, xenofobia, homofobia ou preconceito de qualquer tipo, calúnias, injúrias, difamação ou caso tenha se sentido pessoalmente ofendido por algo presente na história, utilize o campo abaixo para fazer sua denúncia.

O conteúdo não é removido automaticamente após a denúncia. Ele será analisado pela equipe do Museu da Pessoa e, caso seja comprovada a acusação, a história será retirada do ar.

Informações

    fechar

    Sugerir edição em conteúdo de história de vida

    Caso você tenha notado erros no preenchimento de dados, escreva abaixo qual informação está errada e a correção necessária.

    Analisaremos o seu pedido e, caso seja confirmado o erro, avançaremos com a edição.

    Informações

      fechar

      Licenciamento

      Os conteúdos presentes no acervo do Museu da Pessoa podem ser utilizados exclusivamente para fins culturais e acadêmicos, mediante o cumprimento das normas presentes em nossa política de acesso e uso.

      Caso tenha interesse em licenciar algum conteúdo, entre em contato com atendimento@museudapessoa.org.

      fechar

      Reivindicar titularidade

      Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”),  nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.