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Por: Museu da Pessoa, 29 de julho de 2013

Um cordelista com histórias para contar

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Um cordelista com histórias para contar

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Eu nasci no Alto Paru, localidade Paquirá, em 14 de setembro de 1959.

O meu pai era balateiro, trabalhava com ouro, minha mãe doméstica, tudo da região mesmo.

Meu pai veio de Monte Alegre, aliás, a família dele veio pra região das ilhas, que é a região próxima de Breves, a minha mãe é de Monte Alegre.

E os avós por parte do meu pai, foi o povo que veio do nordeste.

Os maternos da região de Monte Alegre, fica no baixo Amazonas.

Meus avós são retirantes da seca.

Depois vieram pra essa região aqui da Amazônia.

Também o que trouxe lá foi a seca, a busca da borracha e o meu pai foi um dos irmãos que subiu o rio, subiu o Rio Amazonas.

Andou por Trombetas, a região de Monte Alegre e depois, se fixou em Almeirim.

Meu pai veio novo.

Depois, vieram outros irmãos dele.

Acho que 1940.

Faiscador, que hoje chamam de garimpeiro, era a profissão dele.

Depois, se envolveu no processo da extração do látex, extrativista, balateiro, trabalhou com balata.

O meu pai é um cidadão que assim, ele era analfabeto, mas de uma inteligência acima do normal.

Como extrativista, ele conseguiu marcar posição, trabalhar com muita gente.

Chegou como balateiro, foi explorando essa região do Paru e conseguindo as coisas e se tornou patrão, trabalhava com muita gente, com muita turma.

E o processo era dentro do sistema de extrativismo na Amazônia.

Mesmo terminando a balata, ele continuou no ramo de extrativismo, que foi a castanha.

Então, nós tivemos um período que a balata dominou.

Existia a casa de aviamento que era o patrão fora, que a gente nunca trabalhou com exportação e movimentando.

E ele conseguiu montar uma base dentro do mato, com produção de farinha, de frutas, de gado, de porco, que também abastecia o outro pessoal, mesmo que não fosse freguês dele, mas tinha.

E isso também foi uma forma... Continuar leitura

Dados de acervo

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Correios – 350 anosDepoimento de Garcilázio Machado BrilhanteEntrevistado por Rosana MiziaraMonte Dourado, 29/07/2013HVC071_Garcilázio Machado BrilhanteRealização Museu da PessoaTranscrito por Claudia LucenaMW TranscriçõesHistória de vida:P/1 – Garcilázio, você pode começar falando o seu nome completo, o local e data de nascimento.R – Sou Garcilázio Machado Brilhante, nasci no Alto Paru, localidade Paquirá, 14 de setembro de 1959.P/1 – Seus pais são dessa região?R – Essa região foi ocupada pelo nordestino, essa era a época da borracha. O meu pai era balateiro, trabalhava com ouro, minha mãe doméstica, tudo da região mesmo.P/1 – Eles nasceram na mesma cidade?R – Não. Meu pai veio de Monte Alegre, aliás, a família dele veio pra região das ilhas, que é a região próximo de Breves, a minha mãe é de Monte Alegre.P/1 – E seus avós paternos?R – De Monte alegre e os avós por parte do meu pai, foi o povo que veio do nordeste.P/1 – E seus avós maternos?R – Da região de Monte Alegre, fica no baixo Amazonas.P/1 – Então a gente vai falar um pouquinho pra entender a sua origem até chegar em você, dos seus avós paternos, ou bisavós, assim, até onde você lembrar e dos maternos. Vamos começar dos paternos? O que é que seus avós faziam?R – Pois é, meus avós, eles são retirantes da seca, tem um pessoal também que teve que sair lá do Nordeste, por parte do meu pai, que foi envolvido naquele movimento lá de lampião, Jesuíno. P/1 – O seu avô participou?R – Não, era avô do meu pai.P/1 – Avô do seu pai?R – É.P/1 – Quer dizer, seu bisavô?R – Depois vieram pra essa região aqui da Amazônia. Também o que trouxe lá foi a seca, a busca da borracha e o meu pai foi um dos irmãos que subiu o rio, subiu o Rio Amazonas. Andou por Trombetas, a região de Monte Alegre e depois, se fixou em Almeirim. Chagas Brilhante, meu pai, foi um dos pioneiros na região do Paru com extração da balata.P/1 – Seu... Continuar leitura

Título: Um cordelista com histórias para contar

Data: 29 de julho de 2013

Local de produção: Brasil / Pará / Monte Dourado

Transcritor: Claudia Lucena
Entrevistador: Rosana Miziara Lopes
Autor: Museu da Pessoa

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