IDENTIFICAÇÃO
O meu nome é Valter Mello Rocha, eu sou nascido no Rio de Janeiro, em quatro de dezembro de 1949. Eu sou engenheiro civil de formação pela Nacional [Escola Nacional de Engenharia – UFRJ]. Sou especialista em engenharia econômica e administração industrial pela Nacional também e ainda sou economista, administrador de empresa e engenheiro de segurança do trabalho, pela UERJ.
INGRESSO NA PETROBRAS
Eu entrei na Petrobras em 16 de março de 1976. Houve uma seleção de engenheiros civis para serem admitidos, aliás, apenas um seria admitido e enviado para o Iraque. Entrei através de um concurso para a Braspetro. Depois eu fiquei sabendo que era para trabalhar especificamente no Iraque. Eu trabalhava aqui no Rio de Janeiro em uma empresa chamada Moraes Rego, como engenheiro civil. Eu trabalhava com obras no Rio e em São Paulo.
Eu fui chamado para fazer entrevista e testes de aptidão, e isso demorou quase seis meses. Eu nem pensava mais em Petrobras e me chamavam novamente. Eles fizeram muitas entrevistas, então o processo foi lento. No dia 15 de março, fui informado de que eu havia sido o selecionado e que eu pedisse demissão de onde estava trabalhando. No dia seguinte, eu deveria me apresentar para ser admitido na Petrobras, fazer os exames médicos e seguir para São Sebastião do Passé, onde eu receberia um treinamento intensivo de um mês. Retornaria ao Rio de Janeiro e embarcaria imediatamente para o Iraque.
De certa forma, foi uma surpresa grande, porque eu estava levando a minha vida e como a Petrobras me chamou, nesses seis meses, umas três vezes para entrevistas e conversas com engenheiros graduados, eu não esperava, né? Fui chamado e levei um susto, tive que sair dali correndo para ir a minha empresa pedir demissão. Essa empresa não queria que eu saísse e me ofereceram um salário maior, mas no fim das contas eu queria mesmo ir para a Petrobras. Na realidade, eu sempre quis trabalhar no exterior, e eu vi ali essa...
Continuar leituraIDENTIFICAÇÃO
O meu nome é Valter Mello Rocha, eu sou nascido no Rio de Janeiro, em quatro de dezembro de 1949. Eu sou engenheiro civil de formação pela Nacional [Escola Nacional de Engenharia – UFRJ]. Sou especialista em engenharia econômica e administração industrial pela Nacional também e ainda sou economista, administrador de empresa e engenheiro de segurança do trabalho, pela UERJ.
INGRESSO NA PETROBRAS
Eu entrei na Petrobras em 16 de março de 1976. Houve uma seleção de engenheiros civis para serem admitidos, aliás, apenas um seria admitido e enviado para o Iraque. Entrei através de um concurso para a Braspetro. Depois eu fiquei sabendo que era para trabalhar especificamente no Iraque. Eu trabalhava aqui no Rio de Janeiro em uma empresa chamada Moraes Rego, como engenheiro civil. Eu trabalhava com obras no Rio e em São Paulo.
Eu fui chamado para fazer entrevista e testes de aptidão, e isso demorou quase seis meses. Eu nem pensava mais em Petrobras e me chamavam novamente. Eles fizeram muitas entrevistas, então o processo foi lento. No dia 15 de março, fui informado de que eu havia sido o selecionado e que eu pedisse demissão de onde estava trabalhando. No dia seguinte, eu deveria me apresentar para ser admitido na Petrobras, fazer os exames médicos e seguir para São Sebastião do Passé, onde eu receberia um treinamento intensivo de um mês. Retornaria ao Rio de Janeiro e embarcaria imediatamente para o Iraque.
De certa forma, foi uma surpresa grande, porque eu estava levando a minha vida e como a Petrobras me chamou, nesses seis meses, umas três vezes para entrevistas e conversas com engenheiros graduados, eu não esperava, né? Fui chamado e levei um susto, tive que sair dali correndo para ir a minha empresa pedir demissão. Essa empresa não queria que eu saísse e me ofereceram um salário maior, mas no fim das contas eu queria mesmo ir para a Petrobras. Na realidade, eu sempre quis trabalhar no exterior, e eu vi ali essa oportunidade. Graças a deus, eu fui selecionado. Eu era solteiro.
TRAJETÓRIA PROFISSIONAL
Eu fui para São Sebastião, voltei numa quarta-feira. Na quinta-feira, me apresentei na Petrobras, na sexta-feira me entregaram as passagens para que eu fosse na segunda-feira para o Iraque. Foi tudo muito rápido. Então na segunda-feira à noite eu já estava no Galeão. Fui para Paris, onde me apresentei no escritório da Petrobras, abri uma conta e fiz aqueles trâmites burocráticos. No dia seguinte, me mandaram para Bagdá. Eu me apresentei ao gerente-geral em Bagdá. Foram seis horas de vôo de Paris à Bagdá. Passei o dia lá, conheci os escritórios da Petrobras, tive uma noção do que eu iria fazer. No outro dia, eu fui direto para Basrah, que fica a 500 quilômetros de Bagdá, quase na fronteira com o Kuwait – a 70 quilômetros da fronteira. E, imediatamente, me apresentei à Petrobras lá e fui apresentado ao trabalho. Dali eu comecei a trabalhar. Foram seis anos no Iraque. Eu fui trabalhar como engenheiro civil, mais exatamente fui cuidar de toda a parte de obras civis relativas ao Iraque.
IRAQUE / COTIDIANO
A Petrobras alugava casas e, normalmente, elas eram amplas. Havia cinco, seis quartos, e ficavam dois por quarto. O convívio gerava uma imensa camaradagem, nós tínhamos cozinheiros, uma espécie de garçom, pessoas que arrumavam os quartos, era um mini-hotel. Nós dávamos o nome de guest-house.
Nós estávamos preparando a estrada. Nós tivemos que preparar um ancoradouro, porque tinha que cruzar o Rio Chatt al-Arab, que é a junção dos rios Tigre e Eufrates, mais conhecido aqui no Brasil como Golfo Pérsico; é a região onde abre para o Golfo Pérsico.
DESERTO ALAGADO
Tinha a estrada que nós estávamos terminando, porque para chegar ao local onde a Petrobras resolveu perfurar, tinha que passava por dentro do deserto. Mas esse deserto era inundável, então nós tivemos que fazer estradas; fizemos uma estrada de mais de 30 quilômetros para chegar até lá. Era uma estrada com três metros de altura, porque quando havia o degelo das montanhas no Irã – os Alborz – como aquilo é muito plano, a água subia a uma altura de meio metro, 80 centímetros, alcançando centenas de quilômetros e chegando ao Iraque. Nós tínhamos que ter essa estrada alta, porque senão o acesso ficava cortado. Fizemos também a locação. Preparamos a locação para receber a sonda – era uma sonda muito potente, de uma companhia chamada Forex. Era para furar até seis mil metros e preparamos a base, a locação era em concreto armado, realmente, um equipamento muito potente. Aí a Petrobras iniciou a perfuração. O que eu tinha que fazer era preparar estradas e o que fosse necessário em relação às obras civis.
Aqui no Brasil eu construía edifícios e lá eu fui construir um pouco de tudo. Era muito duro. Lá chove de dezembro a fevereiro e temperatura fica muito baixa, mas no restante do ano, de março até novembro, praticamente não chove; aliás, não chove. Então nós tínhamos que fazer tudo o que fosse necessário nesse período. Até junho, mais ou menos, quando havia o degelo, porque logo depois começava aquele verãozaço de 50 graus. Tínhamos esse problema da enchente. Então nós tínhamos que fazer essas estradas. Normalmente, o que sobrava, até fazíamos o ano inteiro. Sempre quando estávamos com uma estrada quase pronta, nós recebíamos algumas orientações da geologia dizendo que precisavam de outro ponto e que tinha que fazer imediatamente. Dali nós tínhamos que partir e, às vezes, ela já estava inundada. Então nós tínhamos que pegar o material bem distante dali. Apesar de estarmos em um deserto cheio de areia – não era bem areia, era uma argila siltosa – ela se transformava num lamaçal terrível. Os carros atolavam e era muito difícil quando chovia, quando estava molhado.
IRAQUE / COTIDIANO DE TRABALHO
Nós procurávamos trabalhar no período seco, mas de qualquer forma, quando tínhamos que trabalhar nas enchentes, na época de degelo, você ia com os caminhões, caminhando pouco a pouco, descarregando areia e empurrando com a pá carregadeira. E, assim, você ia avançando com a estrada. Muito mais difícil, sem dúvida.
Havia uma diferença de altura, na estrada, uns três metros. Porque a água chegava a uma altura em alguns lugares, exatamente, ela chegava a quase dois metros de altura. Então nós tínhamos que também, além disso, fazer bueiros imensos, porque senão ela rompia a estrada. Então tinha que ter esses bueiros, tinha que ter obra de drenagem, porque senão a água romperia a estrada. O interessante é que quando não tinha enchente, você passava por aquelas estradas, naquela altura, tudo seco e cheio de bueiro. Então um desavisado diria que aquilo ali era coisa de maluco, né? Então foi o que nós fizemos nessa época: construir essas estradas bem altas.
DESCOBERTA DE MAJNOON
Foi uma alegria total A notícia foi enviada pelo chefe da perfuração. Foi enviado um correio, pelo gerente-geral. Na época era telex. Foi enviado um telex, dizendo que tínhamos feito a descoberta, mas em linguagem cifrada. O campo de Majnoon, que a Petrobras descobriu no Iraque, foi a maior descoberta da década de 70.
Eu construí a locação, a base da sonda, o dique de lama, o alojamento. Eram 80 pessoas que trabalhavam na sonda. É preciso fazer o alojamento dessas pessoas a uma distância de mais ou menos 500 metros, ele não pode ficar perto da sonda, porque em caso de acidente você tem que estar distante até para evacuação. Em relação ao local do poço de Majnoon, nós estávamos a uns 120 ou 130 quilômetros de distância, para dentro do deserto.
VIDA NO DESERTO
O homem se acostuma a tudo. Eu era muito jovem, tinha 26 anos e aquilo para mim era uma aventura. Era exatamente o que eu queria. Então tudo era novidade, era um calor insuportável, praticamente, mas eu não tinha grandes problemas. Inclusive, todos os dias, ao meio-dia e meia ou entre uma e duas horas da tarde, formava-se uma tempestade de areia. Todo dia tinha uma tempestade de areia. O máximo que nós fazíamos era ficar dentro dos trailers, mas eu que tinha a obra e precisava estar com eles lá frente e não havia proteção contra a tempestade. Tinha que agüentar. Saíamos assim que fosse possível, porque os árabes ficavam trabalhando. Eles usam aquelas roupas, deixando só os olhos de fora. Eles passavam o shador na cabeça. Eles são nascidos e criados ali há pelo menos cinco mil anos, então sabem como enfrentar essa vida dura. O deserto é muito interessante, mas a vida era muito dura. Passei seis anos lá.
IRAQUE / CULTURA LOCAL
O povo iraquiano é muito cordato, nós não tínhamos problema nenhum com eles, era bastante fácil trabalhar. No campo, nós trabalhávamos direto de oito da manhã até seis ou sete da noite. No verão, então, quando tinha a luz do sol até nove horas da noite, não tinha problemas. No escritório, o horário era de sete às duas da tarde direto, sem parar; às duas da tarde encerrava-se o expediente em todas as empresas de lá e a Petrobras não fugia à regra. É um hábito local. Até porque às duas horas da tarde a temperatura fica em torno de 50 graus, então as pessoas se recolhem para as suas casas. Às cinco horas, todo o comércio reabre e vai até oito, nove horas da noite; a cidade toda é reaberta, porque o sol já está se pondo, a temperatura continua alta, mas já não tem aquele sol em cima das pessoas.
A alimentação era essa comida que nós estamos acostumados a ver aqui no Brasil, uma comida sírio-libanesa. Tem algumas coisas parecidas como o quibe, que eles chamam de quebab, mas o gosto, o tempero é diferente. No meu caso, particularmente, eu prefiro, gosto muito de comida árabe sírio-libanesa daqui. Eu até comia aquela comida, mas não era o que eu mais gostava. Na guest-house, nós não tínhamos problema, a comida era internacional, tínhamos um cozinheiro que já tinha trabalhado por muito tempo para a BP [British Petroleum] e ele fazia uma comida ocidentalizada, não tinha problema nenhum.
TRAJETÓRIA PROFISSIONAL
Eu voltei para o Brasil e fui trabalhar no departamento de perfuração. Nessa época, o superintendente era o doutor Hélio Falcão, fui trabalhar como assistente dele junto com um outro assistente. Fiquei trabalhando no Brasil. Eu havia me casado e aí ficou um pouco difícil continuar com essa vida. Fiquei trabalhando no Brasil, como engenheiro civil. Fui assistente 2 do doutor Falcão. Eu trabalhava como engenheiro civil, eu fui trabalhar com ele exatamente porque tinha uma série de pequenos serviços, até em algumas grandes obras de engenharia civil que precisavam ser feitas. Nós fazíamos para o próprio Deper, Departamento de Perfuração. Eu continuei trabalhando como engenheiro civil. Estive lá até 1992.
Antes, eu fui transferido, em 1988, para o Departamento de Perfuração da Amazônia. Fui ser o chefe da engenharia civil no Amazonas. Lá eu trabalhei na construção do aeroporto de Urucu, na construção do alojamento e das estradas. Fiquei dois anos. Peguei bem o princípio também de Urucu, em 1988. Retornei ao Rio de Janeiro em dezembro de 1989 e aí assumi a Engenharia Civil, fui chefe do Setor de Engenharia do Deper, no Rio de Janeiro. Fiquei nesse cargo até meados de 1992, quando houve a fusão dos Departamentos de Perfuração e Produção. Aí eu fui trabalhar no Detran, no Departamento de Transportes. De lá eu fui trabalhar na Gerência de Materiais e fiquei trabalhando na área de bens e serviços, onde estou até hoje.
Eu fui requisitado e fiquei trabalhando na Petrobras, quando eu voltei do Iraque. Aí fui convidado para trabalhar com o superintendente e fiquei trabalhando lá. De lá eu fiquei trabalhando na Gerência de Materiais e, em 1998, eu fui convidado para ir para a Colômbia, ser o chefe do Setor de Contratação de Bens e Serviços, na Colômbia. Eu fiquei de 1998 até dezembro de 2003.
COLÔMBIA
A Petrobras já está na Colômbia desde 1986. Na época em que eu fui para lá, havia sido efetivada a compra da Esso. Logo em seguida, foi comprada a Lasmo Oil Company, uma empresa inglesa. Houve um grande desenvolvimento da Petrobras nesse período e havia a necessidade de juntar os Departamentos de Contratação de Bens e Serviços; eram dois departamentos separados. Isso foi por causa da compra da Lasmo. Então eu fui para fazer essa fusão, botar todo mundo para trabalhar junto. Nós organizamos essa parte. Eu fiquei lá até dezembro de 2003.
Com a compra da Lasmo – foi comprada toda a companhia – vieram três andares de num prédio do centro de Bogotá, onde essa companhia funcionava. A Petrobras nesse período estava em outro prédio, eram andares alugados. Então, com os três andares dessa empresa, na Petrobras mudou para lá. Primeiro, nós fomos organizando as coisas e depois passados uns cinco, seis meses, a Petrobras mudou para esse prédio da antiga Lasmo. Obviamente, trocou o nome, passou a ser Petrobras e juntou todo mundo em um mesmo lugar. Devolvemos o local onde era a Petrobras e juntamos todo mundo nesses três andares.
A instalação anterior da Petrobras era melhor, mas, por outro lado, isso aí já era próprio e não alugado. Então com o crescimento da empresa, a Petrobras teve ainda que comprar mais dois andares imensos, num prédio moderníssimo, muito bonito também, no centro de Bogotá. Ela foi crescendo, crescendo, crescendo e não dava mais para ficar naqueles três andares, que se tornaram pequenos.
É completamente diferente dos países árabes. O país árabe é outra cultura, eles têm outros hábitos. É, praticamente, uma outra civilização diferente, hábitos completamente diferentes. Já na Colômbia não. A Colômbia é aqui na América do Sul, são hábitos muito parecidos com os nossos e não tive nenhuma dificuldade. Aliás, gostei muito de trabalhar na Colômbia, fiquei cinco anos lá e ficaria mais tempo. A cidade é muito boa, o país é muito bom. Apesar de ter seus problemas internos, é um país muito bom e o povo é muito cordato, não tive nenhum problema lá.
COLÔMBIA / RESPONSABILIDADE SOCIAL
No campo havia muitos problemas, mas graças a deus, a Petrobras através dessa política – na Colômbia, a Petrobras sempre desenvolveu uma política de responsabilidade social. Então, nos campos onde a Petrobras estava – era em torno de seis campos –, nós nunca tivemos grandes problemas, porque como nós tínhamos essa atuação de responsabilidade social não havia atentados, porque a própria população se encarregava de elogiar a companhia. Em alguns casos, as pessoas diziam que não valia a pena fazer isso, porque a Petrobras não estava ali usufruindo deles, pelo contrário, estava ajudando no desenvolvimento, por meio de uma série de ações, creches, reformando algumas escolas...
Nos nossos campos, os superintendentes eram colombianos. Há, até hoje, um departamento que cuida da responsabilidade social, a gerente é uma senhora colombiana. É desenvolvido todo um trabalho de aproximação, onde é feito um levantamento das necessidades locais. Havia também uma aproximação com o prefeito da localidade mais próxima e através disso a Petrobras fazia um programa de ajuda para as comunidades. Eu reputo que o grande sucesso que tivemos e o fato de não termos problemas de ataque, nem sabotagem, se deve a essas ações. Porque a Petrobras se tornou uma parceira, uma amiga das populações do campo.
COLÔMBIA / ESTRUTURA
O escritório da Petrobras é em Bogotá. Nós temos um campo próximo à cidade Neiva. São dois campos: Yaguará e Rio Ceibas. Temos ainda um campo perto da cidade de Melgar, que se chama Guando. Tínhamos um campo próximo de uma localidade chamada Arauca. Então, nesses lugares nós desenvolvíamos um bom relacionamento com as comunidades.
Eu ia aos campos, porque como era o gerente de contratação de bens e serviços, tinha o estoque sobre nossa responsabilidade. Uma das políticas que nós tínhamos lá era não deixar ter muito estoque. Eu não tinha condições de ficar em Bogotá tratando de estoques virtuais. Então eu fazia visitas ao campo. Normalmente, para essas visitas, nós temos um departamento de segurança, éramos acompanhados pelos nossos seguranças. Tinha helicóptero do exército, nós íamos juntos no helicóptero do Exército. Chegando lá, em cada campo da Petrobras, havia um destacamento em torno de 80 soldados. A Petrobras construiu uma espécie de um forte e esses soldados garantiam a segurança das operações em cada campo. Quando eu ia lá, ia com o nosso pessoal da segurança e tinha os soldados do destacamento que nos protegia.
A maioria absoluta dos trabalhadores é colombiana. Os próprios superintendentes dos campos também são colombianos. Nós temos um alojamento da Petrobras em um campo. Os campos são muito bonitos, muito bem organizados, limpíssimos, qualidade Petrobras; é o nosso padrão. Temos alojamento, temos dormitórios. Os campos são muito próximos às cidades. Os empregados moram nessas cidades e, muitas vezes, só dorme então no campo aquele efetivo necessário para alguma eventualidade. O restante volta para as cidades e para as suas próprias casas.
LÍBIA
Eu fui convidado para ir à Líbia em julho de 1987, para montar um alojamento. A Petrobras tinha um projeto chamado Sarir e Tazerbo Ela tinha que montar um acampamento. Havia a necessidade de um alojamento para 350 pessoas, seria para os técnicos e também para os trabalhadores, porque esse projeto estava a 850 quilômetros de Benghazi. Na época, eu fui para lá para montá-lo. Desci em Trípoli, onde era o escritório da Petrobras e lá eu me apresentei. De Trípoli segui para Benghazi; de Benghazi nós descemos uns 850 quilômetros em direção ao Chad por terra e chegamos onde era o alojamento. Eu e mais algumas pessoas com oito carros, sendo que dois alojamentos e uma cozinha e chegamos num lugar imenso, com quatro bandeiras fincadas e disseram “aqui vai ser o alojamento”. Partimos do zero, no meio do nada. Tinha quatro bandeiras vermelhas fincadas como se fosse um imenso campo de futebol e “é aqui”. Aí nós ficamos lá. Eu saí uns seis meses depois, deixando o alojamento pronto.
LÍBIA / CONSTRUÇÃO DO ALOJAMENTO
Primeiro eu fui para Benghazi de avião, passando por cima do Golfo de Sidra; mais ou menos uma hora de vôo. Lá tinha um escritório avançado da Petrobras e ali nós começamos a desembaraçar o alojamento, era um alojamento pré-moldado e ele, ele estava dentro do navio. Ele foi comprado nos Estados Unidos. Então nós tivemos que tira-lo. Então, desembarcamos, tiramos no porto, dali transportamos isso tudo para lá e fomos juntos. A logística era difícil. A carga era imensa. Foram mais ou menos uns 20 caminhões, umas 20 carretas. Nessa época, eu ainda não tinha esquecido árabe, ainda falava alguma coisa – depois de seis anos no Iraque eu conseguia falar alguma coisa. Então nós íamos ao porto e dentro daquela maneira deles serem, você tem que se adaptar. E nós conseguimos desembaraçar essa carga. Quando eu cheguei lá o navio já estava ancorado há uma ou duas semanas. Nós levamos mais três semanas para desembaraçar. Conseguimos desembaraçar. Existem companhias de transporte, existem essas coisas todas, então nós contratamos uma empresa, os preços caríssimos, mas levamos para o deserto, por uns 850 quilômetros. Nós fomos juntos; só nós com o nosso mini-alojamento. Então saltamos lá um dia, quase à noite, tentamos organizar a melhor maneira possível para dormir.
Era uma linha reta, a estrada asfaltada e sem “viva alma”. Quando estávamos a mais ou menos 600 quilômetros de Benghazi, encontramos um oásis. E tudo o que se possa imaginar tinha nesse oásis. Impressionante. Na realidade, nós tínhamos mais ou menos uns 150, 180 homens. Nós começamos a trabalhar mesmo sem ter o alojamento, nós fizemos um alojamento provisório. E nós tínhamos que comprar comida. Nesse oásis, nós encontrávamos tudo: carne, frutas, água... É inacreditável Esse oásis estava a 200 quilômetros, ou seja, 200 ou mais quilômetros antes de onde nós estávamos. Este oásis abastecia a nossa área com toda a comida. Encontramos um senhor, que tinha uma fazenda nesse oásis e acertamos com ele a compra; nós fazíamos as compras com ele, que mandava a comida de caminhão para o acampamento, para nós. Algumas coisas vinham de Benghazi; por exemplo, o frango e algo mais. Nessa época, o Brasil vendia muito para o Iraque e outros países: frango da Sadia e uma série de coisas. A Petrobras vendia esses produtos, inclusive, utilizando muito a finada Interbrás. Mas era interessante que nos abastecíamos de, absolutamente, toda a comida nesse oásis.
UM OÁSIS NA LÍBIA
É interessantíssimo. Você vai pelo deserto e, de repente, começa a ver uma figura, como se fosse uma imagem bem escura, um verde escuro, tremulando – é claro, por causa de um calor infernal. Ainda está muito distante, você está mais ou menos a uns 20 quilômetros, mas já está vendo aquele negócio. Quando vai chegando perto, aquele ponto tem água, tem tudo: uma vegetação verde exuberante, no meio de um deserto a 600 quilômetros de Benghazi. Ainda faltavam 250 quilômetros para onde íamos. Era muito interessante, é inacreditável como aquilo aparece. E, como é um deserto muito grande, tinha uma pequena colina de uns 20 metros de altura, você subia nela e enxergava o início e o fim do oásis. Ou seja, aquela coisa marrom, um deserto de areia meio dura – não é como o do Saara, que é um deserto de areia fina, como se fosse de praia. Na Líbia o deserto é mais duro, mais durinho, inclusive você pode andar com o carro fora da estrada, o que nós não fazíamos, andávamos na estrada, até porque era em linha reta e não tinha problema nenhum, até facilitava a nossa velocidade. Então era muito interessante. Na realidade, foi onde eu comi a melhor uva da minha vida, umas uvas pretas enormes, maravilhosas Eu nunca tinha comido uva de dar mordida, sempre é uva pequenininha e muito gostosa. As frutas de um modo geral – todas – eram muito boas: melancia... E se produzia de tudo, inclusive, ele tinha gado, que nos vendia. Esse oásis estava há 200 quilômetros do nosso acampamento.
LÍBIA / POÇOS DE ÁGUA
Eu fiquei por seis meses. Eu fui para construir o alojamento. Quando o alojamento ficou pronto, aí já tinha ar-condicionado, porque nós levamos geradores. Tinha instalação elétrica, tínhamos serviço completo de esgoto sanitário, construímos fossa, tudo dentro do padrão Petrobras, de não poluição. Quando isso tudo ficou pronto, ficou ótimo para dormir e tudo mais, o meu trabalho acabou, eu voltei para o Brasil. Era um projeto que a Petrobras entrou, venceu uma concorrência junto ao governo líbio, para perfurar poços d’água, porque não há água na Líbia. Havia um lençol freático imenso nessa localidade e eles iam mandar a água deste lugar para Trípoli. Era uma tubulação com uns quatro metros de diâmetro. Imagina o tamanho da potência da bomba para mandar essa água, há mais de mil quilômetros de distância – porque estava há 850 quilômetros de Benghazi, Trípoli estava mais a leste, então era no mínimo mais de uns 1100 quilômetros. Era uma obra monumental, uma obra monumental Quem estava fazendo isso era uma empresa coreana. Nós só estávamos lá para perfurar os poços d’água, que abasteceriam esse aqueduto, digamos assim. A Petrobras foi contratada, mas foi apenas esse projeto. Apenas fez isso aí e pronto. O nosso negócio é outro, né?
TRAJETÓRIA DE TRABALHO
Estou na Área Internacional da Petrobras. Como eu fiquei muito tempo no exterior, eu nunca trabalhei no escritório da Braspetro no Brasil, sempre trabalhei no exterior. Quando voltei, eu vim direto para o Edise. Eu nunca notei diferença nenhuma [depois da incorporação da Braspetro]. Quando eu vinha ao Brasil e tinha que fazer algum trabalho na antiga Braspetro, eu nunca notei diferença nenhuma. Para mim, sempre foi tudo igual. Quando houve a junção, eu fiquei no Departamento de Exploração e Produção. Eu fiquei trabalhando no E&P até a minha ida para a Colômbia, quando eu fui convidado pelo gerente-geral para ir trabalhar lá. Eu aceitei o convite e fui em outubro de 1998.
COTIDIANO DE TRABALHO
O nosso trabalho todo é no exterior. Eu sou o gerente de contratação de bens e serviços da Área Internacional, trabalho na gerência de serviços dessa área. Nós somos os responsáveis por todos os países onde a Petrobras atua e onde haja uma área de contratação de bens e serviços instalada, nós damos apoio e somos responsáveis para que essa área siga as políticas e procedimentos da Petrobras, aqui do Brasil. Nós somos encarregados de levar, implantar e cuidar para que isso seja seguido. Guardadas, é claro, as características próprias de cada país. Nós temos o foco e tem um range, onde você se adapta à cultura de cada país; aos próprios impostos e à maneira do país ser. Nós não temos como daqui do Brasil dizer: “É assim, porque no Brasil é assim”. A política é essa, os procedimentos são esses, seguimos aqui, o rumo é este, agora, vamos dentro das leis, seguindo a característica natural do país.
Nós viajamos. Nós temos uma equipe, eu viajo, tenho mais um engenheiro trabalhando comigo e um outro analista de sistema, um técnico. Nós temos, por exemplo, o Pro-ANI, um grande projeto que a Petrobras está fazendo; é o SAP da Área Internacional. Nós damos apoio, nós vamos e fazemos reuniões da parte de MM, de Material Management, partir de materiais do próprio SAP. Esse sistema já existe no Brasil; a Petrobras utiliza o SAP. Esse projeto já tem dois anos, projeto está sendo construído, implantado em Buenos Aires, mas ele vai englobar toda a Área Internacional no exterior – menos o Brasil. Então será instalado esse sistema SAP internacional, que nós batizamos de Pro-ANI. A sua partida será agora em primeiro de julho [2007], começando pela Argentina, em uma das nossas maiores atividades no exterior. E, por outro lado, nós também damos assistência nessa parte de bens e serviços, políticas e procedimentos. Temos metas de fazer contratos globais para o exterior, inclusive usando até alguns contratos que a Petrobras já tem. Damos assistência à Bolívia, à Colômbia e aos países da África. Nós já fomos a alguns países para dar uma ajuda. Temos uma viagem agendada nos próximos meses para Angola e Nigéria. Teremos também na PAI [Petrobras America Inc.]. A PAI é um organismo que sempre faz compras para a Petrobras no Brasil. Hoje, nós estamos perfurando no Golfo do México.
A Petrobras está indo muito bem, graças a deus. Então, tem uma Gerência de Contratação de Bens e Serviços e nós ajudamos na sua implantação e na sua reestruturação. Portanto, o nosso serviço é dar apoio, quando necessário. Não há grandes dificuldades. Não encontrei dificuldades em lugar nenhum onde trabalhei, nem atualmente nesses onde tenho visitado. Não há tanta diferença assim. O que tem que tomar cuidado é com a diferença de leis, na parte tributária. De um modo geral, não há grandes dificuldades.
HISTÓRIA / CAUSOS / LEMBRANÇAS
Eu gostei muito quando um gerente brasileiro foi convidado para trabalhar na Bolívia – ele foi em janeiro de 2004 – e nós começamos a trabalhar juntos, eu dava apoio a ele. Fizemos uma série de planejamentos, com cronogramas, com tudo o que seria necessário para que arrumássemos bem. Já existia a Gerência de Contratação de Bens e Serviços, mas nós estávamos reestruturando e íamos dar uma nova dimensão a essa gerência. Foi muito gratificante, no fim de 2004 e durante o ano de 2005, quando essa gerência da Bolívia se transformou numa área de referência muito boa. Na própria Colômbia também. Eu sou um pouco suspeito para falar, porque eu estava lá, mas ela continuou com um bom trabalho, inclusive a Colômbia já ganhou duas vezes o prêmio de gestão de estoque, um prêmio instituído pela Petrobras. A Bolívia ganhou uma vez. Nós ficamos muito felizes, isso foi a coroação de trabalho que acompanhamos e graças aos nossos grandes técnicos foi possível realizar.
Eu gosto de todos os lugares por onde passei. Não tenho como falar, porque como eu já contei, eu vivi em Bogotá, adorava morar em lá, gostei muito, foi um período excelente. Buenos Aires é muito bom. As cidades, os países têm as suas peculiaridades, por exemplo, trabalhar nos países árabes se torna um pouco difícil porque é outra cultura. Mas eu não tive problema nenhum nos seis anos em que eu fiquei no Iraque. Eu não tive problemas, porque eu não procurava ser diferente, procurava não fazer nada que causasse impacto aos costumes do lugar. Acho que por isso não tive problema nenhum lá, inclusive na Líbia. Você deve se comportar como um estrangeiro, uma pessoa que está ali por um período e procurar seguir o melhor possível as regras e costumes dos lugares.
HISTÓRIA / CAUSOS / LEMBRANÇAS
A história mais engraçada aconteceu quando já tínhamos descoberto o Campo de Majnoon. Deve ter sido no ano de 1979. Nós continuávamos lá porque o campo era imenso. Já tínhamos mapas, tínhamos projetos de muito mais poços até para delimitar. Eu estava construindo uma estrada na direção da fronteira do Irã. Era época de muitas dificuldades, no período do degelo das montanhas. Nós estávamos fazendo essa estrada e eu estava lá na frente com eles. Botava a terra e ia empurrando com os nossos tratores D8. De repente, apareceu lá embaixo, na parte alagada, uma canoa; porque tinha canoa, peixe, tartaruga... É impressionante: o deserto está seco não tem nada, bastou ter uma agüinha, na mesma hora virava um rio. Isso acontece no deserto do Iraque, não é o Saara, porque lá não adianta. Então, apareceu uma canoa lá embaixo, uma pessoa veio remando até nós. Quando chegou perto, nós vimos que tinha também duas mulheres cobertas com aquele véu. Sabíamos que era mulher por causa do véu preto.
Eu era o único brasileiro ali, o resto era árabe. Havia dois engenheiros da empresa contratada para fazer essa terraplanagem, para a construção da estrada, eram iraquianos, falavam árabe, claro. Então ele foi conversar e disse que a pessoa da canoa queria falar comigo: “Mas ele não fala árabe”. Eu entendia, mas não tinha como conversar ainda mais com um nômade. Então ele conversou com o rapaz. Eu fiquei um pouco distante, olhando. Aí o engenheiro voltou e me contou que ele estava vendendo as duas meninas, que eram filhas dele, se eu não queria comprá-las. Aí eu falei: “O que é isso Absolutamente Eu não quero comprar. Diga a ele que eu não quero comprar.” Eram duas meninas: uma de 15 e outra de uns 17 anos. E elas quietas, olhando. Aí o engenheiro voltou lá e disse que eu não estava interessado. Ele deu uma resposta para o engenheiro, que morreu de rir e ainda disse “não, não, não”, encerrando o assunto. Aí ele voltou rindo para caramba e contou que o árabe não entendeu por que eu não quis comprar. O árabe perguntou: “Ele não gosta de mulher?” Então o engenheiro riu muito por causa disso. Eu falei: “Rapaz Ele estava vendendo as filhas”. Esse tipo de coisa era muito comum. Realmente a mulher nos países árabes tem algumas dificuldades.
INTERNACIONALIZAÇÃO
Nós sentimos claramente o desenvolvimento, o crescimento da empresa. Para mim que já estou na empresa há 31 anos, é extremamente gratificante. Quando comecei na Área Internacional, nós tínhamos alguns países, hoje nós estamos trabalhando em mais de 20 países. Então é uma política da empresa; é uma política acertada e eu a vejo com muito bons olhos. Acho que temos muita chance. A Petrobras é uma empresa de ponta, com um corpo técnico de primeiríssima qualidade. Tenho certeza de que faremos um grande trabalho e teremos excelentes resultados dentro em breve. O crescimento irá depender dos negócios que aparecerem. Não sou eu quem cuida disso; o diretor da área e os gerentes executivos são as pessoas que tratam dessa parte. Eles estão sempre muito interessados e, se aparecer negócio, a Petrobras está pronta a analisar.
UMA EMPRESA INTEGRADA
Eu vejo que nós estamos muito mais integrados, realmente, é algo muito bom. Na época em que entrei, havia os departamentos, hoje eu vejo a empresa mais integrada, caminhando na mesma direção e com bastante sintonia. Houve algumas mudanças. Hoje em dia, nós temos a parte eletrônica. Quando eu entrei era tudo papel, agora é instantâneo. Então você tem uma facilidade de informação, e a Petrobras sempre primou muito por isso. Uma das coisas melhores dentro da empresa é termos acesso a tudo. Nós temos informação e isso facilita bastante. Eu acho que entre as próprias áreas nós temos muita facilidade. Eu particularmente transito em todas as áreas com bastante facilidade, tenho muitos amigos, colegas excelentes e mesmo o pessoal novo. Muita gente já saiu da empresa, mas eu não tenho dificuldade nenhuma. Quando preciso de algo, consigo com bastante facilidade. Muitas vezes é preciso recorrer ao corporativo da Petrobras para nos ajudar em uma série de coisas e sempre sou muitíssimo bem atendido.
GRUPO DO IRAQUE
Foram praticamente as mesmas pessoas. Houve incremento de pessoas, porque como o campo era muito promissor chegou a ter 52 famílias morando lá. Mas pessoas do princípio continuaram. Foi muito bom, foi muito bom. Mantenho o contato com alguns, poucos, porque inclusive alguns morreram e outros não moram no Rio de Janeiro. Então mantivemos contato durante algum tempo, depois eu também viajei, morei em Manaus, na Líbia, e cinco anos na Colômbia. Tudo isso fez com que, infelizmente, a gente se afastasse. Eu ainda mantenho o contato com alguns. Tenho um grande amigo chamado Muhamed Amim Baccar, nós frequentemente almoçamos juntos.
IMAGEM PETROBRAS
O que eu tenho a dizer é que a melhor coisa que aconteceu na minha vida foi trabalhar na Petrobras. Na realidade, desde a faculdade, eu sempre tive interesse em trabalhar no exterior. Quando cheguei à Petrobras, eu já falava inglês fluentemente, eu tinha me preparado. Eu vejo a Petrobras com uma perspectiva excelente, nós estamos numa fase muito boa, a nossa tecnologia é de ponta e a tendência – na minha opinião – é crescermos cada vez mais. Espero que os novos, aqueles que estão entrando agora, saibam aproveitar essa grande oportunidade, que é trabalhar na Petrobras.
IDENTIDADE PETROBRAS
Eu acho que nós temos uma identidade. O que nos une muito é o orgulho de trabalhar na Petrobras. Eu tenho muito orgulho de dizer “eu trabalho na Petrobras”. Eu vejo isso no pessoal, nos meus amigos, nas minhas relações com os petroleiros aí. O que nos une é o nosso espírito de corpo e nosso orgulho por trabalhar na Petrobras.
Nós somos bastante unidos, sempre procuramos trabalhar juntos, temos os mesmos objetivos. Eu vejo muita camaradagem. Tem esse espírito de trabalho em equipe: nos projetos, quando nós viajamos e mesmo aqui no Brasil. Quando tem um projeto e queremos alcançar um objetivo, não tem hora, não tem dia, não tem nada, nós trabalhamos mesmo. E, graças a deus, na maioria absoluta das vezes, conseguimos o que queremos, conseguimos alcançar o nosso objetivo.
PROJETO MEMÓRIA
Ah, eu acho uma iniciativa excelente A memória é algo que todos os povos têm que ter e para nós é excelente. Gosto muito. Apoiei na mesma hora, inclusive, respondi ao convite imediatamente. Acho que o Brasil precisa de memória, porque é com o que você fez no passado, que você pode olhar o futuro. Quem não tem passado, dificilmente tem futuro. Obrigado a vocês pela oportunidade. Foi bom.
Recolher