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Por: Museu da Pessoa, 17 de novembro de 2015

União e sinergia

Esta história contém:

União e sinergia

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Meus pais se conheceram aqui no bairro do Ipiranga. Minha mãe, jovem ainda, trabalhava numa empresa que produzia linhas para tecido, linhas para cozer, e o meu pai já trabalhava na indústria gráfica, mas morava na região. Bem, se encontraram ali, namoraram e, um dia, decidiram se casar e foram morar numa primeira casa no próprio bairro do Ipiranga, a casa onde eu nasci. Era uma casa muito limitada e, à medida em que ele conseguiu progredir um pouco, mudou-se para o bairro de São Caetano do Sul.

Eu já com quatro anos de idade, começa uma febre e essa febre começa a puxar a cabeça para trás e o médico que me atendia lá em São Caetano diagnosticou inicialmente como uma caxumba ou um sarampo, uma doença infantil. Mas o quadro evoluiu e paralisou um braço, e paralisou uma perna. Eu fui trazido para o Hospital das Clínicas aqui em São Paulo e eu estava dentro de um quadro de poliomielite, mas uma poliomielite muito forte, que me tomou todos os movimentos, me tomou a voz, me tomou o movimento dos olhos. A perna esquerda ficou cinco centímetros menor do que a direita e com isso, o movimento de mão direita ficou prejudicado, o movimento do braço esquerdo ficou prejudicado. Com a fisioterapia, as coisas foram se compensando. Ao final, acabou me limitando muito pouco naquilo que eu desejei fazer na vida até agora. Mas quando eu comecei a estudar, com sete anos de idade, para frequentar a escola me lembro muitas vezes de ter sido carregado, porque o local onde eu morava não tinha asfalto.

Eu entrei numa boa colocação na Politécnica. E eu abracei com vontade e no final do segundo ano da faculdade, tinha nota suficiente para escolher, eu escolhi Elétrica. Depois um ano adiante, tinha que escolher a modalidades de eletricidade, a Eletrotécnica ou a Eletrônica, que, na época, era fácil de definir, tudo que está da tomada elétrica para trás é Eletrotécnica e tudo que estava da tomada elétrica para frente era da Eletrônica. E eu, então,...

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Depoimento de José Sidnei Colombo Martini

Entrevistado por Lucas Torigoe

São Paulo, 17 de novembro de 2015

Realização Museu da Pessoa

HQI_HV02_José Sidnei Colombo Martini

Transcrito por Mariana Wolff

MW Transcrições

P/1 – Bom dia, Sidnei, tudo bem?

R – Bom dia, Lucas.

P/1 – O senhor pode me dizer o seu nome completo, local e data de nascimento, por favor?

R – José Sidnei Colombo Martini, nasci em São Paulo, no bairro do Ipiranga em 3 de março de 1947.

P/1 – O senhor fala o nome do seu pai inteiro e data de nascimento?

R – Meu pai, Carlos Colombo Martini. Minha mãe, Edwiges Miranda Martini.

P/1 – O seu pai nasceu onde?

R – Meu pai nasceu em Rio Claro, aqui no Estado de São Paulo.

P/1 – E a família do seu pai fazia o quê? Era de Rio Claro, ou não?

R – Não, a minha origem é uma origem de imigrantes. Do lado do meu pai, imigrantes italianos, que vieram pra cá para o Brasil e como todo imigrante, acabou se estabelecendo em ocupações no interior do Estado de São Paulo e lá em Rio Claro, na região, cidades ao redor de Rio Claro. Então, meus avós paternos haviam se estabelecido e se encontraram, formaram uma família. Meu pai então, nasceu na cidade de Rio Claro.

P/1 – E o senhor sabe da onde que a sua família veio da Itália e o que eles virem fazer aqui? O senhor já falou um pouco, mas…

R – Sim, meu avô paterno veio da cidade de Adria, que fica no Vêneto, na região próxima a Veneza. Vieram para cá para o Brasil, as circunstâncias de vida na Europa na época não eram muito boas e o Brasil apresentava uma atratividade. Vieram para cá então para o Brasil e ele tinha como profissão trabalhar com construção. Ele era um obreiro, trabalhava em obras. Não era um engenheiro, não, não tinha carreira universitária, mas era um empreiteiro, vamos dizer assim. Meu avô paterno, durante uma fase da vida, trabalhou na construção do Edifício Martinelli, aqui no centro de São Paulo, já na fase...

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