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Personagem: Watatakalu Yawalapiti
Por: Museu da Pessoa, 30 de novembro de -0001

Um feminismo Indígena

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Um feminismo Indígena

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Meu nome é Watatakalu Yawalapiti, do povo Yawalapiti. Meu povo está no norte do estado do Mato Grosso, no Alto Xingu, território indígena do Xingu, que a gente fala. O nosso povo é uma das etnias com a menor população da região do Alto Xingu. A gente fala língua aruak, eu conheço muito meu povo, assim, da história dos meus avós... Com o contato do homem branco veio a doença do homem branco também. Então, o Xingu, a região toda, vários povos morreram. Na época, o meu povo era muito pequeno, né, e a minha família, o meu bisavô foi assassinado, porque as outras etnias achavam que meu avô que estava fazendo feitiço. Meu bisavô fazendo feitiço. Na verdade, não era, era sarampo ! Era doença do homem branco, que matava todo mundo e ele foi acusado de feitiçaria, né? E o mataram.

O meu pai é uma grande liderança, o Piracumã Yawalapiti, E meu pai era dos poucos que estavam lá, acho que só estava ele, eu acho, assim. Só foi ele de parente lá, eu fiquei do lado de fora. Os parentes que foram ficaram do lado de fora. Porque eles ficaram com medo. Meu pai não ficou com medo. Falaram pra ele: “Os guardas vão jogar spray de pimenta, eles vão atirar em vocês”. Ele falou: “Pode atirar. A gente está indo lá pra brigar pelo nosso povo, pela terra dos parentes. A gente não pode só ficar olhando, porque já temos terra demarcada. Se nós estamos bem hoje na nossa terra, tem parente que não está. Então nós temos que dar o exemplo de ir lá brigar junto com o parente que precisa”. Isso foi muito forte pra mim.

Eu fiquei três anos na reclusão e lá eu aprendi muito as coisas da arte. As histórias que eu comecei a compreender, várias histórias que eu ouvia quando eu era criança, quando eu estava em reclusão, né? Aprendi a fazer os artesanatos quando estava em reclusão, aprendi a fazer grafismo, tudo foi durante a reclusão. Esse processo eu acho que é muito importante, né, da parte da reclusão. Porque é uma...

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