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Por: Museu da Pessoa, 27 de outubro de 2007

Seringueiro e tocador

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Seringueiro e tocador

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Meu nome é Silvito Malakieck Ribeiro, nascido em 13 de julho do ano de 1922. Local de nascimento: Nova Vista, no Tapajós. Do pai e da mãe: Belino Figueiredo e Lavra da Silva Figueiredo. São casados no civil e católicos. Naquele tempo, os pais da gente quase não se interessavam por estudo, interessavam-se mais pelo trabalho. Tinha que amanhecer e ir pro roçado, tinha que chegar a safra da castanha. Você ia pro castanhal, pra safra da borracha. Você ia pro corte de seringa.

Eu lembro de quando era criança que eu não conheci meu pai legítimo nem mãe. Quando eu me entendi, já encontrei esse tio, que eu chamo de pai, foi o responsável por mim. Então foi por isso que ele foi o responsável por mim, pela criação, por tudo que eu precisava dele.

Durante os nove anos que tinha, que eu já podia fazer algum trabalho, a gente ia pro roçado, já ia aprendendo a trabalhar. Eu comecei a tomar conta do seringal. Eu trabalhava numa localidade que chamava Boa Esperança. Trabalhava fazendo borracha, defumando. Fui explorador de mato durante anos. Mas eu vim conhecer o trabalho pesado mesmo de dez anos em diante.

A gente ia por canoa até Santarém. Lá existia tudo. O comércio era grande. Até hoje é grande o comércio de Santarém. É muito avançado o comércio de Santarém. Hoje já tem vários empresários dentro de Santarém. Primeiro não tinha, não. O cara vendia, não tinha nem balcão. Era jogado pelo chão mesmo, de lá uma balancinha por cima de uma caixa. Pesava suco, café; tudo era pesado e embrulhado. Vendia açúcar, café, sabão, querosene. Hoje não, hoje tem aqueles sacos que colocam tudo dentro. Tudo adiantou mais um pouco. Naquele tempo era sacrifício.

Eu fui trabalhador do corte de seringa da Segunda Guerra Mundial, começou em 1933 e foi a 1945. Eu fui um dos soldados a levar a borracha pra mandar pras Nações Unidas. Quando foi agora há pouco tempo foi que apareceu o Felício, procurador da República, foi que veio...

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