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Por: Museu da Pessoa, 30 de novembro de -0001

Cultura: Uma vacina da violência

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Cultura: Uma vacina da violência

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Hoje sou considerado mestre, mas se eu for falar dos meus mestres, a primeira é a minha mãe. Ela não te ensina a tocar um instrumento, mas te ensina a reverenciar as coisas, as pessoas, e quando você for tocar um instrumento você leva esse quê de casa, essa educação, um amor, um carinho, uma segurança, uma verdade, que você leva pra vida e se reflete no instrumento. Por isso a grande mestra da minha vida é a minha mãe, ela não me ensinou nenhum instrumento, mas tudo que me foi ensinado está dentro dos instrumentos.

Quando eu era pequeno, a gente ia na roça e meus pais plantavam milho, arroz, feijão, melancia... Quando se ia plantar feijão, eles faziam a cova e um vinha com três caroços de feijão e pegava aqueles três caroços e ia jogando em cova em cova, o outro vinha e ia cobrindo a cova, botava ali e cobria. Eu também gostava muito de acompanhar meu pai, porque onde tinha música, onde tinha festa, lá estava ele. Era muito popular. Era cantor, cantava muito, compunha, um grande artista. E até eu gostava muito de andar com ele...Tinha uma lagoa muito perto da nossa casa, lagoas de água doce. Era um lugar meio mágico, encantado, aquelas águas doces, aqueles sons de mata tinham uma coisa de encantaria.

Eu tinha uma tia, a dona Edite, que virou uma segunda mãe também, ela ía de São Luis pra Cururupu. Ela me conheceu e eu tinha oito anos, e veio perguntando se eu quería ir pra cidade pra virar doutor, pra estudar? Eu na empolgação falei que queria e que queria, e o que era brincadeira acabou virando verdade. E a única vez que eu vi o meu pai chorar foi quando eu fui embora. E essa minha tia ela era empregada doméstica numa casa, eu lembro de uma situação de uma prima minha, quer dizer \"Prima\" eu era filho de criação do tio dela, era filho da empregada do tio, aí quando ela me viu, virou e falou: \"E aí cinzento?\" Nossa como eu fiquei triste com aquilo ali. Ou quando eu ía no armazém e o dono atendia todo mundo, e...

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