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Por: Museu da Pessoa, 28 de agosto de 2012

O mar foi sua escola, seu pai e sua cultura os mestres

Esta história contém:

O mar foi sua escola, seu pai e sua cultura os mestres

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P/1 – Nós vamos começar. Qual seu nome inteiro, seu Rominho? [crianças brincando ao fundo] R – Romildo José dos Santos P/1 – E o apelido? R – É... Rominho! P/1 – Como é que o senhor teve esse apelido? R – Minha mãe que colocou esse apelido, né? É que eu nasci no dia do Domingo de Ramos. Aí que ela botou meu nome de Rominho. O pessoal da vacina passou lá em uma ocasião [pausa], tava com uns 6 anos, aí eles falaram “Rominho não é nome!”. Aí botaram Romildo, o pessoal da vacina né... P/1 – O nome era Raminho antes? R – Era Raminho! Todos que me conheciam era por Raminho mesmo. Até hoje sou Ramo ainda [risos]. Até hoje sou Raminho ainda [risos]. P/1 – Você nasceu onde, seu Romildo? R – Hein? Na Barra Velha! P/1 – Que lugar fica essa aldeia? R – Essa aldeia fica pra lá de Caraíva. É... Caraíva! P/1 – Próximo a Porto Seguro? R – É... no ___... Porto Seguro. P/1 – E que data o senhor nasceu? [choro de bebê ao fundo] R – Eu sou do dia 2 de abril de 1944... P/1 – Dia [pausa] 22? R – É! [pausa] 2 de abril. P/1 – Qual o nome dos seus pais? R – Meu pai era Epifânio Honório dos Santos. P/1 – E sua mãe? R – Minha mãe era Cassilda Ferreira de Souza. P/1 – Eles têm alguma origem indígena? R – Têm! Era indígena, era índio mesmo! Barra Velha lá só tinha índio antigamente. Não tinha outra! Era índio mesmo lá. P/1 – E o senhor pra falar deles, assim, como é que o senhor descreveria o seu pai? R – Hein? P/1 – Como é que seu pai era? Ou é? R – Meu pai? P/1 – É! R – Meu pai era, como dizer, ele se descrevia como índio mesmo que ele era índio, né? Se descrevia como índio mesmo. P/1 – Que lembranças o senhor tem dele? R – Aí muita! Lembrança do meu pai... minha mãe morreu, eu fiquei com 5 anos,...

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Projeto Santa Cruz Cabrália e Belterra

Realização Instituto Museu da Pessoa

Entrevista de Romildo José dos Santos

Entrevistado por Márcia Trezza e Sarah Faleiros Santa Cruz

Cabrália, 29 de Agosto de 2012

Código: SCCB_HV007

Transcrito por Pedro Vitor

Revisado por Ana Luiza Guedes Ferreira

P/1 – Nós vamos começar. Qual seu nome inteiro, seu Rominho? [crianças brincando ao fundo]

R – Romildo José dos Santos

P/1 – E o apelido?

R – É... Rominho!

P/1 – Como é que o senhor teve esse apelido?

R – Minha mãe que colocou esse apelido, né? É que eu nasci no dia do Domingo de Ramos. Aí que ela botou meu nome de Rominho. O pessoal da vacina passou lá em uma ocasião [pausa], tava com uns 6 anos, aí eles falaram “Rominho não é nome!”. Aí botaram Romildo, o pessoal da vacina né...

P/1 – O nome era Raminho antes?

R – Era Raminho! Todos que me conheciam era por Raminho mesmo. Até hoje sou Ramo ainda [risos]. Até hoje sou Raminho ainda [risos].

P/1 – Você nasceu onde, seu Romildo?

R – Hein? Na Barra Velha!

P/1 – Que lugar fica essa aldeia?

R – Essa aldeia fica pra lá de Caraíva. É... Caraíva!

P/1 – Próximo a Porto Seguro?

R – É... no ___... Porto Seguro.

P/1 – E que data o senhor nasceu? [choro de bebê ao fundo]

R – Eu sou do dia 2 de abril de 1944...

P/1 – Dia [pausa] 22?

R – É! [pausa] 2 de abril.

P/1 – Qual o nome dos seus pais?

R – Meu pai era Epifânio Honório dos Santos.

P/1 – E sua mãe?

R – Minha mãe era Cassilda Ferreira de Souza.

P/1 – Eles têm alguma origem indígena?

R – Têm! Era indígena, era índio mesmo! Barra Velha lá só tinha índio antigamente. Não tinha outra! Era índio mesmo lá.

P/1 – E o senhor pra falar deles, assim, como é que o senhor descreveria o seu pai?

R – Hein?

P/1 – Como é que seu pai era? Ou é?

R – Meu pai?

P/1 – É!

R – Meu pai era, como dizer, ele se descrevia como...

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