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Por: Museu da Pessoa,

Pela linha da siderúrgica

Esta história contém:

P/1 – Então, nós começamos sempre com o nome completo, o local e a data de nascimento. R – Paulo Marcelino de Seixas, moro em Barra Mansa, Estado do Rio de Janeiro, e nasci no dia primeiro de agosto de 1926. P/1 – Qual era o nome dos seus pais? R – Sebastião Rodrigues de Seixas e Maria Madalena de Seixas. P/1 – E onde eles nasceram? R – Como? P/1 – Onde eles nasceram? R – Bom Jardim de Minas. P/1 – Qual era a atividade dos seus pais? R – Mestre de linha da Rede Ferroviária Federal, hoje é outro nome, né? Até esqueci no momento. Antigamente, era Rede Mineira de Viação. Ele foi Mestre de linha durante 34 anos lá na Rede. E morreu ainda em trabalho, não é, não chegou a aposentar. P/1 – E a sua mãe? R – A minha mãe era doméstica. Porque nasceram lá em casa 11, não é, 11 filhos. Dois morreram ainda pequenos, né, e ficaram nove, que ainda duraram até pouco tempo. Agora que nós só temos quatro. Cinco já foram, né... Então não tinha tempo, ela tinha que tomar conta da casa. P/1 – Onde o senhor morava na infância? R – Onde eu morava? P/1 – Isso. R – Eu morei; eu nasci entre Bom Jardim e Arantina. Porque não era bem Bom Jardim, era na roça. Nasci na roça! Fui pra Arantina com cinco anos de idade. Lá eu fiquei até os 20. Vinte anos, eu vim pra Barra Mansa e trabalhei do dia 21 de janeiro na Companhia Metalúrgica Barbará, um dia apenas. Não agüentei o serviço. Depois fui pra Siderúrgica Barra Mansa, dia 27 de janeiro de 47, e fiquei até agora 95. P/1 – Conta um pouquinho, voltando um pouco. Como era o cotidiano da tua casa na infância? R – Lá em Minas, não? P/1 – Lá em Minas. R – Em Minas eu, eu, eu trabalhava sempre; Lá em Minas tem um ditado até hoje eles usam lá na roça: A seco e molhado. “Cê” sabe o que “que” é a seco e molhado? P/1 – Não. R –...

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Memória Votorantim

Entrevistado por Lenita Verônica Pires e Denise Emeret

Depoimento de Paulo Marcelino de Seixas

Rio de Janeiro 17 de abril de 2007

Realização Museu da Pessoa

Entrevista MV_HV067

Transcrito por Fabio Cutolo Silveira

Revisado por Camila Catani Ferraro

P/1 – Então, nós começamos sempre com o nome completo, o local e a data de nascimento.

R – Paulo Marcelino de Seixas, moro em Barra Mansa, Estado do Rio de Janeiro, e nasci no dia primeiro de agosto de 1926.

P/1 – Qual era o nome dos seus pais?

R – Sebastião Rodrigues de Seixas e Maria Madalena de Seixas.

P/1 – E onde eles nasceram?

R – Como?

P/1 – Onde eles nasceram?

R – Bom Jardim de Minas.

P/1 – Qual era a atividade dos seus pais?

R – Mestre de linha da Rede Ferroviária Federal, hoje é outro nome, né? Até esqueci no momento. Antigamente, era Rede Mineira de Viação. Ele foi Mestre de linha durante 34 anos lá na Rede. E morreu ainda em trabalho, não é, não chegou a aposentar.

P/1 – E a sua mãe?

R – A minha mãe era doméstica. Porque nasceram lá em casa 11, não é, 11 filhos. Dois morreram ainda pequenos, né, e ficaram nove, que ainda duraram até pouco tempo. Agora que nós só temos quatro. Cinco já foram, né... Então não tinha tempo, ela tinha que tomar conta da casa.

P/1 – Onde o senhor morava na infância?

R – Onde eu morava?

P/1 – Isso.

R – Eu morei; eu nasci entre Bom Jardim e Arantina. Porque não era bem Bom Jardim, era na roça. Nasci na roça! Fui pra Arantina com cinco anos de idade. Lá eu fiquei até os 20. Vinte anos, eu vim pra Barra Mansa e trabalhei do dia 21 de janeiro na Companhia Metalúrgica Barbará, um dia apenas. Não agüentei o serviço. Depois fui pra Siderúrgica Barra Mansa, dia 27 de janeiro de 47, e fiquei até agora 95.

P/1 – Conta um pouquinho, voltando um pouco. Como era o cotidiano da tua casa na infância?

R – Lá em Minas, não?

P/1 – Lá em Minas.

R – Em Minas eu, eu, eu...

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