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Por: Comunidade Cultural Quilombaque, 7 de abril de 2017

O refúgio na batida

Esta história contém:

O refúgio na batida

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O meu nome é Clébio, mas sou conhecido por Dedê. Ganhei o apelido do meu irmão mais velho, o Clevinho: minha família sempre me chamou assim e eu aderi! Somos em quatro irmãos, sendo que o Cleiton (o Fofão), e eu somos gêmeos. Só quem é gêmeo sabe como é bom! A gente tem uma conexão de pensamento, de sintonia, é muito doido! Eu penso uma coisa e o Fofão fala logo em seguida, ou ele fica doente e eu também fico. Até hoje, a gente é uma só pessoa dividia em dois corpos.

Meu pai sempre foi um homem tranquilo, calmo e muito trabalhador. Ele é metalúrgico. Minha mãe é uma guerreira, foi costureira e também trabalhou junto com meu pai numa firma de zincagem que eles abriram. Nossa infância foi de muita brincadeira na rua! Era empinar pipa, jogar bolinha de gude, mãe na mula, elástico... Depois que a rua foi asfaltada, a gente brincava de carrinho de rolimã, futebol! Aí virou outro patamar a brincadeira!

De quando a gente nasceu até os seis anos, moramos no Bairro do Limão, só depois que nos mudamos para Perus. A gente ainda ficou uns meses indo pro Limão porque não tinha vaga na escola em Perus. Meu, era um dia bem longo! Tinha que pegar o ônibus pra Perus, que era muito longe... Essa transição foi muito louca pra gente porque, como a gente era pequeno, demorava muito pra chegar em casa. Depois a gente conseguiu vaga na escola do bairro e foi estudar perto de casa. Na sétima série, mandaram a gente pro noturno! É bem precária a educação em Perus. Na época, a minha mãe ficou louca com a escola e aí a gente foi estudar numa particular até o primeiro ano. A gente era muito novo pra estudar à noite, mas era a opção que tinha no bairro: ou você estudava à noite ou não estudava.

Com 12 anos, a gente ia na Alternativa Music House, a danceteria mais antiga do bairro, frequentar as matinês pra tomar banho de espuma! Era a diversão do bairro, até porque não tinha muita opção cultural. Já mais adolescente, a...

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Alma gêmea

Dados da imagem Comemoração de um ano da Casa do Hip Hop, em Perus. Da esquerda p/ direita: Cleiton e Dedê. Ocupação Casa do Hip Hop (Perus)

Período:
Ano 2017

Local:
Brasil / São Paulo / São Paulo

Imagem de:
Clébio Ferreira de Souza

História:
O refúgio na batida

Tipo:
Fotografia

Comemoração de um ano da Casa do Hip Hop, em Perus. Da esquerda p/ direita: Cleiton e Dedê. Ocupação Casa do Hip Hop (Perus)

Entardecer

Dados da imagem Subi na caixa d’água sozinho para ver o pôr do sol em Perus. Gosto dessa foto porque representa o bairro, a comunidade. Vista do mirante da caixa d’água, em Perus.

Período:
Ano 2016

Local:
Brasil / São Paulo / São Paulo

Imagem de:
Clébio Ferreira de Souza

História:
O refúgio na batida

Tipo:
Fotografia

Subi na caixa d’água sozinho para ver o pôr do sol em Perus. Gosto dessa foto porque representa o bairro, a comunidade. Vista do mirante da caixa d’água, em Perus.

Candango em ação

Dados da imagem Na apresentação do espetáculo Mjiba, a boneca guerreira, da Cia. Trupe Liuds. Sou o Palhaço Candango, meu outro eu. Teatro CEU Perus.

Período:
Ano 2016

Local:
Brasil / São Paulo / São Paulo

Imagem de:
Clébio Ferreira de Souza

História:
O refúgio na batida

Tipo:
Fotografia

Na apresentação do espetáculo Mjiba, a boneca guerreira, da Cia. Trupe Liuds. Sou o Palhaço Candango, meu outro eu. Teatro CEU Perus.

Caminhando

Dados da imagem Viagem à Bahia. Chapada Diamantina, Vale do Capão

Período:
Ano 2017

Local:
Brasil / Bahia

Imagem de:
Clébio Ferreira de Souza

História:
O refúgio na batida

Tipo:
Fotografia

Viagem à Bahia. Chapada Diamantina, Vale do Capão

Cão de guerra

Dados da imagem Quilocão ressurgindo das cinzas: depois de comer chumbinho, jogado no portão, ele foi ao veterinário e se recuperou. Quilocão é meu parceiro velho de guerra!

Período:
Ano 2017

Local:
Brasil / São Paulo / São Paulo

Imagem de:
Clébio Ferreira de Souza

História:
O refúgio na batida

Tipo:
Fotografia

Quilocão ressurgindo das cinzas: depois de comer chumbinho, jogado no portão, ele foi ao veterinário e se recuperou. Quilocão é meu parceiro velho de guerra!

Dados de acervo

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P/1 – Dedê, a gente vai começar a entrevista, fala o seu nome completo.

R – Meu nome é Clébio Ferreira de Souza.

P/1 – Que dia e em que lugar você nasceu?

R – Dia 06 de setembro de 1984, eu nasci em São Paulo.

P/1 – Você, se for falar do seu pai e da sua mãe, o que você pode dizer deles?

R – Falar do meu pai e da minha mãe? Que eles são umas pessoas maravilhosas, lindas, que eu admiro até hoje.

P/1 – Os dois são vivos?

R – Sim.

P/1 – Que lembranças você tem do seu pai, assim, na sua infância?

R – Meu pai, na minha infância? O meu pai, um homem tranquilo, bem calmo, muito trabalhador, né, metalúrgico e sempre trabalhou muito pra manter a casa, né?

P/1 – Vocês são em quantos irmãos?

R – A gente é em quatro irmãos.

P/1 – E sua mãe, que lembranças você tem da sua infância?

R – Da minha infância? Minha mãe também é uma guerreira, ela foi costureira e ela trabalhou, ela trabalhou junto com meu pai num negócio que eles abriram, que era uma firma de zincagem e ela também trabalhou muito com ele e a gente ficava no meio dessa firmazinha que eles tinham.

P/1 – O que é zincagem?

R – Zincagem é uma firma que... Zincagem é um... Que zinca peças de ferro, que fica cromado, todo mundo entende como cromado, mas é zincado.

P/1 – Seu pai trabalhou com metalúrgica aqui em Perus mesmo?

R – É, ele começou no Bairro do Limão, onde a gente morava e, quando veio pra Perus, aí ele montou um negócio aqui em Perus e aí minha mãe ajudava ele.

P/1 – Você tem mais três irmãos.

R – Sim.

P/1 – Mais velhos, mais novos?

R – Eu tenho um irmão mais velho, Cleverson, meu irmão gêmeo, o Cleiton, e uma irmã mais nova, Danila.

P/1 – E as brincadeiras de vocês quatro, você lembra?

R – Ah, a gente brincava, a gente brincava muito na rua, ah, empinar pipa, jogar bolinha de gude, mãe na mula, elástico (risos), meu, a gente brincava, carrinho de rolimã, depois que a rua foi...

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