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Por: Museu da Pessoa, 19 de junho de 2002

O que a penicilina, perfumes e a geleia Queensberry têm em comum?

Esta história contém:

O que a penicilina, perfumes e a geleia Queensberry têm em comum?

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P/1 – Então para começar sr. Luiz Antonio, eu queria que o senhor dissesse o seu nome completo, local e data de nascimento.

R – Meu nome é Luiz Antonio Duff Azevedo. Eu nasci em São Paulo, em 9 de julho de 1937.

P/1 – E toda a família é de São Paulo?

R – Bom, toda a minha família, quer dizer, por parte de pai é de São Paulo. Meus avós e minha mãe nasceram na Europa. Minha mãe nasceu na França e meu avô era cidadão inglês, nascido em Portugal, em Lisboa.

P/1 – E o senhor conhece um pouco a história desses avós da Europa? Por que eles vieram para o Brasil?

R – Então, o meu avô trabalhava no Bank of London, que hoje é o Loyds. E por isso que minha mãe nasceu em Paris. Ele rodava pela Europa, era gerente do Loyds em Paris. Depois, foi transferido para Portugal, que ele já conhecia. Inclusive, ele tinha vivido em Portugal porque ele tinha nascido lá. Depois foi transferido para o Brasil e morreu aqui, no Brasil. Mas ele fez uma carreira, por isso que ele rodava tanto. Meu avô por parte de pai era político, foi senador da República Velha aqui por São Paulo. E ele caiu junto com o Washington Luís. Ele era presidente da Câmara quando o Washington Luís foi derrubado, foi posto para fora. Ele foi preso. Na verdade, ele fugiu e se asilou na embaixada de Portugal, na época. Mas depois foi liberado pelo Getúlio (Vargas) e terminou a carreira política dele. Ele estava bem velho. Mas fez toda uma carreira. Era fazendeiro também de café, no Vale do Paraíba. É um dos poucos políticos que eu conheço que perdeu duas fazendas por causa da política. Naquela época o sujeito tirava o dinheiro do bolso para ser político, né? [risos] E é isso.

P/1 – E o senhor chegou a conviver com esse avô político?

R – Convivi. Até os 6 anos mais ou menos, convivi. Me lembro dele muito bem.

P/1 – Como o senhor descreveria esse avô?

R – Olha, eu o peguei em uma fase em que ele era muito...

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Dados de acervo

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Projeto: Aché

Depoimento de: Luiz Antonio Duff Azevedo

Entrevistado por: Eliana Reis e Immaculada Lopez

São Paulo, 19 de junho de 2002

Realização: Museu da Pessoa

Entrevista: ACHE_HV034

Transcrito por: Maria da Conceição Amaral da Silva

Revisado por: Cristiane Yayoko Ikenaga Fernandes

P/1 – Então para começar sr. Luiz Antonio, eu queria que o senhor dissesse o seu nome completo, local e data de nascimento.

R – Meu nome é Luiz Antonio Duff Azevedo. Eu nasci em São Paulo, em 9 de julho de 1937.

P/1 – E toda a família é de São Paulo?

R – Bom, toda a minha família, quer dizer, por parte de pai é de São Paulo. Meus avós e minha mãe nasceram na Europa. Minha mãe nasceu na França e meu avô era cidadão inglês, nascido em Portugal, em Lisboa.

P/1 – E o senhor conhece um pouco a história desses avós da Europa? Por que eles vieram para o Brasil?

R – Então, o meu avô trabalhava no Bank of London, que hoje é o Loyds. E por isso que minha mãe nasceu em Paris. Ele rodava pela Europa, era gerente do Loyds em Paris. Depois, foi transferido para Portugal, que ele já conhecia. Inclusive, ele tinha vivido em Portugal porque ele tinha nascido lá. Depois foi transferido para o Brasil e morreu aqui, no Brasil. Mas ele fez uma carreira, por isso que ele rodava tanto. Meu avô por parte de pai era político, foi senador da República Velha aqui por São Paulo. E ele caiu junto com o Washington Luís. Ele era presidente da Câmara quando o Washington Luís foi derrubado, foi posto para fora. Ele foi preso. Na verdade, ele fugiu e se asilou na embaixada de Portugal, na época. Mas depois foi liberado pelo Getúlio (Vargas) e terminou a carreira política dele. Ele estava bem velho. Mas fez toda uma carreira. Era fazendeiro também de café, no Vale do Paraíba. É um dos poucos políticos que eu conheço que perdeu duas fazendas por causa da política. Naquela época o sujeito tirava o dinheiro do bolso para ser político, né?...

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