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Por: Museu da Pessoa,

Essas coisas todas

Esta história contém:

Essas coisas todas

R - Então, eu era muito sozinho, de família, mas sempre com muita gente. Sempre convivendo com muita gente. Por causa desse campo de futebol eu era mascote do time, aquelas coisas todas.

P/1 – Como era a educação que seus pais te davam? Quem exercia o controle, a rigidez em casa?

R – Minha mãe porque, eu acho que, na geração deles, e, principalmente, da maneira que eles da geração do meu pai e da minha mãe, o principal era você ter um emprego e ganhar dinheiro. E o meu pai até hoje diz isso: que o homem vale pelo que ganha e não pelo que sabe. E que hoje a gente está vendo que tem uma certa deficiência esse pensamento. Quer dizer, pelo sofrimento que eles tiveram de início de vida, eles não queriam que os filhos tivessem esse tipo de problema, então eles fizeram de tudo pra gente ter do bom e do melhor. Então acho que isso foi uma falha da geração do meu pai. E vejo que muitos amigos meus tiveram o mesmo problema. Ele queria deixar alguma coisa pra gente, na realidade, ele não queria formar a pessoa de uma maneira que ela buscasse o seu caminho e tal. Minha mãe teve uma certa escolaridade. Minha mãe fez até o colegial e tal, mas meu pai, não, meu pai tem o terceiro primário e falou, não, vou trabalhar. Nisso ele tinha oito anos de idade. Quando chegou em São Paulo, trabalhando, trabalhou em São Paulo a vida toda e fez o patrimônio dele, tudo, então...

P/1 – O que ele fazia?

R – Ele tinha loja de roupa. Primeiro, ele tinha uma fazenda de gado em São Paulo. Aí, com a sociedade, perdeu tudo. Depois comprou caminhões e transportava pra barraca de feira, essas coisas. Depois montou várias barracas, pôs loja, pôs loja de carro, lava-rápido, essas coisas todas. Mas já numa situação de problemas, quando a gente já estava mais velho. Então é aquele negócio. Ganhou, ganhou, ganhou, chegou uma hora... O negócio de comércio deu uma parada e ele já não sabia mais o que fazer. Não tinha...

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Dados de acervo

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Projeto Rhodia Farma 80 Anos

Entrevista de Quineo Martins Marques

Entrevistado por Rosana e Zilda

Realização Museu da Pessoa

RHF_HV029

Transcrito por Marina D’Andréa

Revisado por Izadora Telles

R - Então, eu era muito sozinho, de família, mas sempre com muita gente. Sempre convivendo com muita gente. Por causa desse campo de futebol eu era mascote do time, aquelas coisas todas.

P/1 – Como era a educação que seus pais te davam? Quem exercia o controle, a rigidez em casa?

R – Minha mãe porque, eu acho que, na geração deles, e, principalmente, da maneira que eles da geração do meu pai e da minha mãe, o principal era você ter um emprego e ganhar dinheiro. E o meu pai até hoje diz isso: que o homem vale pelo que ganha e não pelo que sabe. E que hoje a gente está vendo que tem uma certa deficiência esse pensamento. Quer dizer, pelo sofrimento que eles tiveram de início de vida, eles não queriam que os filhos tivessem esse tipo de problema, então eles fizeram de tudo pra gente ter do bom e do melhor. Então acho que isso foi uma falha da geração do meu pai. E vejo que muitos amigos meus tiveram o mesmo problema. Ele queria deixar alguma coisa pra gente, na realidade, ele não queria formar a pessoa de uma maneira que ela buscasse o seu caminho e tal. Minha mãe teve uma certa escolaridade. Minha mãe fez até o colegial e tal, mas meu pai, não, meu pai tem o terceiro primário e falou, não, vou trabalhar. Nisso ele tinha oito anos de idade. Quando chegou em São Paulo, trabalhando, trabalhou em São Paulo a vida toda e fez o patrimônio dele, tudo, então...

P/1 – O que ele fazia?

R – Ele tinha loja de roupa. Primeiro, ele tinha uma fazenda de gado em São Paulo. Aí, com a sociedade, perdeu tudo. Depois comprou caminhões e transportava pra barraca de feira, essas coisas. Depois montou várias barracas, pôs loja, pôs loja de carro, lava-rápido, essas coisas todas. Mas já numa situação de problemas,...

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