Facebook Informações Ir direto ao conteúdo
Por: Museu da Pessoa, 29 de maio de 2014

O narrador de Caucaia

Esta história contém:

O narrador de Caucaia

Vídeo

Meu nome é Francisco Antônio Cavalcante de Menezes, mais conhecido como Padre Tula. Tenho esse apelido “Tula” desde pequeno, por causa de uma cachorrinha da família chamada “Tulipa” que estava sempre perto de mim. Eu nasci na cidade de Caucaia (CE), no dia 8 de novembro de 1950, às seis horas da noite. Eu nasci na casa em que moro até hoje. Eu sempre digo que os meus pais enterraram o meu umbigo aqui nessa terra, daqui eu saio, daqui ninguém me tira.

O nome dos pais, Romeu de Castro Menezes e Maria Cavalcante de Menezes, conhecida como Jandira. Tive cinco irmãos. Era Marcelo, Pedro Paulo, Rita de Cássia, Francisco Antônio, que sou eu, e Francisca Cavalcante de Menezes, a irmã mais nova.

Meu pai era militar. Ele chegou até o posto de coronel e minha mãe era doméstica, do lar. Ele tocava violão, sanfona, piano, todos os instrumentos. Ele era músico, compositor, cantava, seresteiro. Ele tinha um grupo e chegou a montar uma rádio na cidade. Ele era um homem muito bom, amável, mas também um homem de muita energia com os filhos. Ele era um pai carinhoso, mas na hora de agir com fortaleza ele agia e a gente tinha que obedecer. A mamãe era sempre aquela criatura de uma mãe que gosta de mimar os filhos, sobretudo os mais novos. Mas não poupava a maneira de falar forte para nos trazer um legado muito importante na nossa educação. A gente deve tudo na nossa vida hoje graças a essa presença amorosa, afetiva e também de força na educação. Mamãe também tocava piano e cantava em casa, ensinou muita gente também. Nasci e cresci num ambiente musical.

Minha infância, como a de uma criança naquela época, foi uma infância muito ao lado dos pais e também da família. A gente jogava no campo feito no terreiro de casa. Jogávamos bila, cabiçulinha e futebol, a brincadeira preferida da gente.

Eu toco e canto, aprendi vendo os outros tocarem. Todos os meus irmãos tocam. Só tem três vivos, os dois primeiros morreram, os outros...

Continuar leitura

Dados de acervo

Baixar texto na íntegra em PDF

CSP

Depoimento de Francisco Antônio Cavalcante de Menezes (Padre Tula)

Entrevistado por Eliete Pereira

Caucaia, 29/05/2014

CSP_HV003_Francisco Antônio Cavalcante de Menezes (Padre Tula)

Realização Museu da Pessoa

Transcrito por Ana Carolina

P/1 – Padre Tula, boa tarde.

R – Boa tarde.

P/1 – Antes de a gente começar, eu gostaria que o senhor dissesse o nome completo do senhor.

R – Tudo bem. Francisco Antônio Cavalcante de Menezes.

P/1 –Padre Tula, vamos retomar então, o local que o senhor nasceu?

R – Eu nasci aqui nessa cidade de Caucaia.

P/1 – Que dia e ano?

R – Dia 8 de novembro de 1950, às seis horas da noite.

P/1 – Padre Tula, o senhor estava contando que o senhor nasceu aqui.

R – É. Realmente eu nasci.

P/1 – Nessa casa.

R – Eu nasci nessa casa, nesse terreno. Meus pais vieram pra Caucaia em 1940 e aqui fincaram residência e começaram a constituir a família. E os filhos nasceram em Fortaleza, mas na minha vez não deu tempo, eu tive que nascer aqui em Caucaia bem nessa casa, nesse lugar. Eu sempre digo que os meus pais enterraram o meu umbigo aqui nessa terra, daqui eu saio, daqui ninguém me tira.

P/1 – Padre Tula, qual é o nome dos pais do senhor?

R – Meu pai era Romeu de Castro Menezes e minha mãe Maria Cavalcante de Menezes, conhecida como Jandira.

P/1 – E o nome dos irmãos do senhor?

R – Bom, tinha cinco irmãos. Era Marcelo, Pedro Paulo, Rita de Cássia, Francisco Antônio, que sou eu, e Francisca Cavalcante de Menezes, a irmã mais nova.

P/1 –E o que os seus pais faziam?

R – Meu pai era militar. Ele chegou até o posto de coronel e minha mãe era doméstica, do lar.

P/1 – O seu pai era do exército?

R – Não.

P/1 – Da marinha?

R – Era da polícia militar do Ceará.

P/1 – Ah, polícia militar. E como que era o seu pai quando vocês eram pequenos?

R – Meu pai eu posso dizer que era um homem muito bom, amável, mas também um homem de muita energia com os filhos. Ele era...

Continuar leitura

O Museu da Pessoa está em constante melhoria de sua plataforma. Caso perceba algum erro nesta página, ou caso sinta falta de alguma informação nesta história, entre em contato conosco através do email atendimento@museudapessoa.org.

Histórias que você pode gostar

Fé e política
Vídeo Texto

Paulo Sérgio Bezerra

Fé e política
Com quem Jesus estaria?
Texto

Jalmir Matias de Oliveira

Com quem Jesus estaria?
Vida ilustrada
Vídeo Texto

Michele Iacocca

Vida ilustrada
Fantasia de padre
Vídeo Texto

José Enes de Jesus

Fantasia de padre
fechar

Denunciar história de vida

Para a manutenção de um ambiente saudável e de respeito a todos os que usam a plataforma do Museu da Pessoa, contamos com sua ajuda para evitar violações a nossa política de acesso e uso.

Caso tenha notado nesta história conteúdos que incitem a prática de crimes, violência, racismo, xenofobia, homofobia ou preconceito de qualquer tipo, calúnias, injúrias, difamação ou caso tenha se sentido pessoalmente ofendido por algo presente na história, utilize o campo abaixo para fazer sua denúncia.

O conteúdo não é removido automaticamente após a denúncia. Ele será analisado pela equipe do Museu da Pessoa e, caso seja comprovada a acusação, a história será retirada do ar.

Informações

    fechar

    Sugerir edição em conteúdo de história de vida

    Caso você tenha notado erros no preenchimento de dados, escreva abaixo qual informação está errada e a correção necessária.

    Analisaremos o seu pedido e, caso seja confirmado o erro, avançaremos com a edição.

    Informações

      fechar

      Licenciamento

      Os conteúdos presentes no acervo do Museu da Pessoa podem ser utilizados exclusivamente para fins culturais e acadêmicos, mediante o cumprimento das normas presentes em nossa política de acesso e uso.

      Caso tenha interesse em licenciar algum conteúdo, entre em contato com atendimento@museudapessoa.org.

      fechar

      Reivindicar titularidade

      Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”),  nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.