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Por: Museu da Pessoa,

Não Precisa Levar Marmita!

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Não Precisa Levar Marmita!

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P/1 – Immaculada Lopes

P/2 – Eliana Reis

R – Maria Valderez dos Santos

P/1 – Bom, Valderez, para começar eu queria que você dissesse para gente seu nome completo, data e local de nascimento.

R – Então, meu nome é Maria Valderez dos Santos, nasci no dia 1 de agosto de 1956, numa cidadezinha com o nome de Campo Alegre, lá em Alagoas. Foi uma infância gostosa que, pelo menos, pelo que eu lembro, era numa casinha de sapê, que a gente morava, com as paredes de barro. Os colchões eu lembro até do barulho colchão... A minha mãe fazia aquele saco de estopa e enchia de palha de milho, né? A gente deitava e ficava fazendo aquele barulhão no colchão, era tão gostoso! Então, a minha infância até os quatro, cinco anos foi aí, um lugar assim, onde eu vivia bem à vontade, era mato, não conhecia o que era sapato nem nada, andava todo mundo à vontade mesmo, era muito bom!

P/1 - Uma família de muitos irmãos, Valderez?

R – Ah, eu tenho cinco irmãos. Na época éramos em três.

P/1 - Como é que eles se chamam?

R - José Romildo dos Santos, que é meu irmão mais velho, depois eu, Maria Valderez, e a minha irmã, Maria Aparecida. Esses aí nasceram lá em Campo Alegre. Nós estávamos morando lá e aí as coisas começaram a ficar difíceis. Os pais não conseguiam... Lavoura não conseguia dar por causa da seca. A nossa vida lá era assim, de trabalhar na lavoura, de plantar mandioca. Então, lá plantava-se a mandioca, era daquilo dali que saía o pão de cada dia para nós. Então, o meu pai tinha roça, o irmão dele tinha outra. Aí, eles plantavam aquela mandioca, depois arrancavam, aí colocavam dentro de uns caçuás, que é um balaio, colocava lá. O meio de transporte era um jeguezinho que ele tinha, inclusive tem até na foto. Aí, eles levavam para casa de farinha, que era num lugar lá no fundo do quintal. Aí convidavam os vizinhos para vir ajudar a descascar a mandioca. Então, todo mundo...

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Projeto Aché

Realização Instituto Museu da Pessoa

Entrevista de Maria Valderez dos Santos

Entrevistada por Immaculada Lopes e Eliana Reis

São Paulo, 25 de fevereiro de 2002.

Entrevista Aché 014

Transcrito por Denise Boschetti

Revisão de Marcília Ursini

Revisão Valdir Canoso Portásio

P/1 – Immaculada Lopes

P/2 – Eliana Reis

R – Maria Valderez dos Santos

P/1 – Bom, Valderez, para começar eu queria que você dissesse para gente seu nome completo, data e local de nascimento.

R – Então, meu nome é Maria Valderez dos Santos, nasci no dia 1 de agosto de 1956, numa cidadezinha com o nome de Campo Alegre, lá em Alagoas. Foi uma infância gostosa que, pelo menos, pelo que eu lembro, era numa casinha de sapê, que a gente morava, com as paredes de barro. Os colchões eu lembro até do barulho colchão... A minha mãe fazia aquele saco de estopa e enchia de palha de milho, né? A gente deitava e ficava fazendo aquele barulhão no colchão, era tão gostoso! Então, a minha infância até os quatro, cinco anos foi aí, um lugar assim, onde eu vivia bem à vontade, era mato, não conhecia o que era sapato nem nada, andava todo mundo à vontade mesmo, era muito bom!

P/1 - Uma família de muitos irmãos, Valderez?

R – Ah, eu tenho cinco irmãos. Na época éramos em três.

P/1 - Como é que eles se chamam?

R - José Romildo dos Santos, que é meu irmão mais velho, depois eu, Maria Valderez, e a minha irmã, Maria Aparecida. Esses aí nasceram lá em Campo Alegre. Nós estávamos morando lá e aí as coisas começaram a ficar difíceis. Os pais não conseguiam... Lavoura não conseguia dar por causa da seca. A nossa vida lá era assim, de trabalhar na lavoura, de plantar mandioca. Então, lá plantava-se a mandioca, era daquilo dali que saía o pão de cada dia para nós. Então, o meu pai tinha roça, o irmão dele tinha outra. Aí, eles plantavam aquela mandioca, depois arrancavam, aí colocavam dentro de uns caçuás, que é...

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