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Personagem: Adélia Lucia Borges
Por: Museu da Pessoa, 18 de maio de 2011

Muito além da serra

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Muito além da serra

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Nasci em Cássia, Minas Gerais, uma cidadezinha esquecida no sudoeste das Gerais, relativamente próximo a São Paulo. Cresci, no entanto, em Ribeirão Preto, o que fez toda a diferença. Fui a última da prole, substituindo um irmãozinho que aqui permaneceu por um dia apenas. Assim, cheguei, como caçula de sete filhos, em 17 de setembro de 1951. Dado que vivi em Cássia somente os três primeiros anos, minhas lembranças de lá são escassas; curiosamente, lembro-me de um acidente que alguém lá de cima não deixou acontecer: um caminhão desembestado e eu, inocentemente, atravessando a rua.

Por toda a infância, tenho lembranças de retornos a Cássia, mas apenas para visitar os avós. E, tanto o avô materno como o paterno, são pontos centrais dessas lembranças. O materno, pelo hábito de “quentar o fogo”, como ele dizia: ficar de cócoras diante do fogão a lenha, como autêntico caipira. O paterno, ao contrário, era um homem vaidoso - desenhava as próprias roupas, o cinto de couro - para quem “uma morena e uma canoa” era o quanto bastava. Meu pai, nesse aspecto, tinha muito dele: o curtir a vida - ao contrário da minha mãe, que era mais responsabilidade. Tanto assim que, nos anos 40, analfabeto, andava de moto e tocava bandolim no “Deixa Falar”, um grupo de jazz daquela lonjura.

Esse meu avô foi, assim, a maior influência que eu tive dos que vieram antes de mim, pelo gosto pelo belo, pela estética.

Era trabalhador, empreendedor e um tanto visionário, o meu pai: indo de avião para Belo Horizonte, lá do alto avistou a “terra rossa” de Ribeirão, deixando antever a fartura e o progresso, e falou: “Não, é para lá que eu tenho que levar os meus filhos”.

Foi uma mudança completa. Não apenas de tralhas, a filharada, cachorro, papagaio, e tal. Foi, principalmente, de perspectivas e oportunidades para nós, os filhos. De início, acomodamo-nos como foi possível, e, pobres, tínhamos mais...

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