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Por: Museu da Pessoa, 7 de abril de 2022

Ligeiramente atrasado e totalmente desarmado

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Ligeiramente atrasado e totalmente desarmado

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P/1 – Senhor Roberto, obrigado por estar aqui. Fala pra mim o seu nome completo, a cidade que você nasceu e a data, por favor.

R – Meu nome completo, Roberto Donizete Buzzo, nasci em Guaraci, interior do estado de São Paulo, no dia 12/08/1956.

P/1 – E qual é o nome do seu pai e da sua mãe?

R – Nome do meu pai, Idalino Buzzo, e o nome da minha mãe é Aparecida Boina Buzzo.

P/1 – O seu pai é da mesma cidade, de onde veio a família dele?

R – Bom, a minha família, tanto do meu pai, quanto da minha mãe, são todos descendentes de Italianos. Agora, eles se conheceram no interior, naquela mesma região do estado de São Paulo, ali onde eu nasci, nas proximidades, porque naquele tempo as famílias moravam só três anos em cada lugar, depois se mudavam.

P/1 – Por que?

R – É porque havia uma instituição, eles eram agricultores, e não tinham terra. E aí, eles arrendavam a terra por três anos, porque o fazendeiro dono da terra, reformava o pasto, que chamava, pra criar gado, então, ele contratava alguém pra plantar no pasto já degradado, plantar capim de novo, e formar um pasto novo, esse processo durava três anos, aí a família vencia o contrato de arrendamento e tinha que se mudar pra outro lugar.

P/1 – Eles se mudaram muito, eles contaram pra você?

R – Bom, depois que eu nasci, foi duas, três vezes. É que, quando eu tinha quatro anos, eles conseguiram comprar uma terra (risos). Então, eles saíram desse processo.

P/1 – Eles plantavam pra sobrevivência deles também? O que eles sabiam fazer, o que eles faziam?

R - Não, era uma agricultura…eles eram os precursores desse sistema que tem agora, do Agronegócio, plantar grãos para vender, plantar em grande quantidade pra situação deles, o que eles conseguiam, a mão de obra era própria, não tinha empregado, nada, e não tinha máquina também. Então, plantava uma parte pra colher,...

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Dados de acervo

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Projeto Cotidianos Invisíveis da Ditadura

Entrevista de Roberto Buzzo

Entrevistado por Lucas Torigoe (P/1) e Luis Ludmer (P/2)

São Paulo, 07 de abril de 2022.

Entrevista número COIND_HV003

Transcrita por Monica Alves

Revisada por Nataniel Torres

P/1 – Senhor Roberto, obrigado por estar aqui. Fala pra mim o seu nome completo, a cidade que você nasceu e a data, por favor.

R – Meu nome completo, Roberto Donizete Buzzo, nasci em Guaraci, interior do estado de São Paulo, no dia 12/08/1956.

P/1 – E qual é o nome do seu pai e da sua mãe?

R – Nome do meu pai, Idalino Buzzo, e o nome da minha mãe é Aparecida Boina Buzzo.

P/1 – O seu pai é da mesma cidade, de onde veio a família dele?

R – Bom, a minha família, tanto do meu pai, quanto da minha mãe, são todos descendentes de Italianos. Agora, eles se conheceram no interior, naquela mesma região do estado de São Paulo, ali onde eu nasci, nas proximidades, porque naquele tempo as famílias moravam só três anos em cada lugar, depois se mudavam.

P/1 – Por que?

R – É porque havia uma instituição, eles eram agricultores, e não tinham terra. E aí, eles arrendavam a terra por três anos, porque o fazendeiro dono da terra, reformava o pasto, que chamava, pra criar gado, então, ele contratava alguém pra plantar no pasto já degradado, plantar capim de novo, e formar um pasto novo, esse processo durava três anos, aí a família vencia o contrato de arrendamento e tinha que se mudar pra outro lugar.

P/1 – Eles se mudaram muito, eles contaram pra você?

R – Bom, depois que eu nasci, foi duas, três vezes. É que, quando eu tinha quatro anos, eles conseguiram comprar uma terra (risos). Então, eles saíram desse processo.

P/1 – Eles plantavam pra sobrevivência deles também? O que eles sabiam fazer, o que eles faziam?

R - Não, era uma agricultura…eles eram os precursores desse sistema que tem agora, do Agronegócio, plantar grãos para vender, plantar em grande quantidade...

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