P - Primeiro eu quero que você diga o seu nome, data e local de nascimento.
R –Maria de Lurdes Lopes de Souza, 9 de junho, Buenos Aires , Pernambuco, Brasil.
P - Qual é o local onde você trabalha e qual a sua função?
R - Hoje eu trabalho na Secretaria de Educação do Estado, na Superintendência de Tecnologia da Informação e minha função é de gestora de tecnologia educacional.
P - Você trabalha em que cidade mesmo?
R - Em Recife.
P - Me diz uma coisa, quais são os maiores desafios que você tem na sua vida profissional?
R - O grande desafio é sensibilizar os professores para fazer o uso de tecnologias, para dar uma qualidade melhor de educação, então a tecnologia está posta, a sociedade já faz uso, ainda se a escola não fizer o uso dela, a sociedade o fará, então a escola tem que estar antenada com a realidade do momento e a realidade do momento é a tecnologia da comunicação, da informação. Então, o grande desafio é sensibilizar professores para que primeiro saibam fazer uso e depois saibam fazer uso pedagógico dessas tecnologias.
P - Você não trabalha diretamente com alunos, né?
R - Não, diretamente não, trabalho com os professores e eles com outros professores para chegarem no aluno.
P - Como você vê a sua relação com os professores?
R - Eu vejo muito tranqüila porque eu fiz o caminho de lá pra cá, então eu fui professora de sala de aula, depois eu fui professora de núcleo de tecnologia, professora multiplicadora, mais tarde eu fui para a assessoria na superintendência e hoje eu sou a gestora, então, eu percorri essas instâncias todas.
P - E hoje, nesse lugar que você ocupa, como é que você vê esse trabalho de inclusão digital e inclusão social do aluno e do professor? Como é que você está vendo isso?
R - Eu acho que é hoje um trabalho muito importante, a inclusão digital permite a inclusão social de uma maneira bem diferente das outras tecnologias que a gente já usou. Quando um menino...
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P - Primeiro eu quero que você diga o seu nome, data e local de nascimento.
R –Maria de Lurdes Lopes de Souza, 9 de junho, Buenos Aires , Pernambuco, Brasil.
P - Qual é o local onde você trabalha e qual a sua função?
R - Hoje eu trabalho na Secretaria de Educação do Estado, na Superintendência de Tecnologia da Informação e minha função é de gestora de tecnologia educacional.
P - Você trabalha em que cidade mesmo?
R - Em Recife.
P - Me diz uma coisa, quais são os maiores desafios que você tem na sua vida profissional?
R - O grande desafio é sensibilizar os professores para fazer o uso de tecnologias, para dar uma qualidade melhor de educação, então a tecnologia está posta, a sociedade já faz uso, ainda se a escola não fizer o uso dela, a sociedade o fará, então a escola tem que estar antenada com a realidade do momento e a realidade do momento é a tecnologia da comunicação, da informação. Então, o grande desafio é sensibilizar professores para que primeiro saibam fazer uso e depois saibam fazer uso pedagógico dessas tecnologias.
P - Você não trabalha diretamente com alunos, né?
R - Não, diretamente não, trabalho com os professores e eles com outros professores para chegarem no aluno.
P - Como você vê a sua relação com os professores?
R - Eu vejo muito tranqüila porque eu fiz o caminho de lá pra cá, então eu fui professora de sala de aula, depois eu fui professora de núcleo de tecnologia, professora multiplicadora, mais tarde eu fui para a assessoria na superintendência e hoje eu sou a gestora, então, eu percorri essas instâncias todas.
P - E hoje, nesse lugar que você ocupa, como é que você vê esse trabalho de inclusão digital e inclusão social do aluno e do professor? Como é que você está vendo isso?
R - Eu acho que é hoje um trabalho muito importante, a inclusão digital permite a inclusão social de uma maneira bem diferente das outras tecnologias que a gente já usou. Quando um menino está diante de um computador, ele está falando com o mundo, do outro lado ninguém está vendo ele. Nesse momento não importa se ele é preto ou branco, rico ou pobre, então é alguém que está se comunicando com o mundo e isso quebra inúmeras barreiras, então a escola hoje fazendo o uso da tecnologia está levando, sobretudo na escola pública, ela está levando a criança que não tem acesso a “n” coisas da sociedade, está dando a ela esse passaporte, então, é uma coisa fantástica.
P - E pensando em termos de PTE mesmo, como é que foi a chegada do PTE na comunidade, nos lugares onde vocês atuam? No estado, nas escolas que vocês atuam, nas comunidades onde têm as escolas, como foi a chegada do PTE, qual foi o impacto? Como você vê isso?
R - O PTE em Pernambuco é um pouco diferente das outras localidades porque a gente tem, no meu caso a secretaria, a gente forma o formador multiplicador junto com a Escola do Futuro e o formador é quem forma o professor da escola, que é o coordenador local; o coordenador local é quem vai trabalhar com o aluno na sua localidade, então para a gente é muito gratificante o aluno, em geral, ter recebido muito bem o projeto, então o projeto tem uma aceitação fantástica na nossa rede e para nós, enquanto secretaria, isso tem um outro papel, a gente tem hoje grandes parcerias no estado, dessas grandes parcerias, a gente faz com que elas se comuniquem dentro das ações da escola onde a parceria com o Instituto Telemar acaba sendo o projeto que abriga os outros. Como ele abriga? O PTE é um projeto efetivamente pedagógico, então o uso é o uso da tecnologia com uma feição mais pedagógica. Os outros projetos têm caráter tecnológico com o pedagógico, não é efetivamente pedagógico. Então o PTE chega para a gente como a consolidação dos outros projetos, então uma escola onde tenhamos professores capacitados em outras perspectivas, quando ele chega no PTE, ele já é alguém que está maduro para o uso da tecnologia, então hoje o PTE para a gente tem uma importância vital.
P - E quais as dificuldades que o projeto teve de se instalar, de ser implantado no estado?
R - Dificuldade eu vejo mais dentro da esfera logística, o estado tem uma geografia que não favorece, ele se alonga no sentido leste-oeste e as distâncias geográficas passam a ser problema para a gente, a gente não tem como capacitar todo mundo no Recife, então a gente descentralizou e temos formador nas 17 regionais de educação. Então, localmente a gente capacita, não é problema, mas a dificuldade fica quando esses computadores quebram, quando a gente fica sem internet e, dada a taxa de utilização desses laboratórios, é freqüente a gente precisar de manutenção, isso demanda um outro esforço e nem sempre permite que a escola que está participando do PTE consiga participar das atividades, dos ambientes virtuais com o Instituto com a Escola do Futuro, mas a gente faz um esforço enorme para poder mandar um técnico lá para fazer com que volte a funcionar, até porque a escola grita, se não está funcionando ela grita rápido e o formador também vai gritar muito rápido, então tem que se tomar providências. Essa basicamente é a dificuldade. Do ponto de vista de recursos humanos, a gente tinha um grupo de formadores pequeno e a gente ampliou o grupo de formador porque algumas pessoas se identificam mais com determinadas características de trabalho, outras não, e a maneira como a gente está conduzindo no estado é centrando na ação e na instituição e não no profissional. Então, se a gente vier a ter dificuldade com algum profissional, seja porque ele foi transferido, porque ele adoeceu, o projeto não pára, ele tem continuidade, então a gente tem hoje uma estrutura logística de recursos humanos que permite diversificar e ampliar. Já do ponto de vista de recursos materiais, são as limitações da própria tecnologia.
P - E como você vê a sua contribuição pessoal, mas no lugar que você ocupa, para que o projeto se desenvolva tanto no nível local, quanto no âmbito nacional? Porque é um projeto de âmbito nacional. Qual a sua contribuição pessoal?
R - Eu acho que o meu papel é simples, eu acho que tenho uma contribuição significativa como todos, eu não diferencio, eu acho que o professor que está na escola, ele tem um papel fundamental lá no trabalho dele com o aluno, o formador multiplicador, que está no NTE - Núcleo de Tecnologia Educacional- também tem um papel fundamental de formar, de incentivar, de manter essa chama acesa continuando, o meu na secretaria é de viabilizar para que tudo isso aconteça, então eu acho que tem a mesma importância dos outros que estão nas outras atividades, a diferença é a função, mas eu considero que o meu papel tem a mesma importância do multiplicador, do coordenador local, dos professores e alunos que estão ali, também a comunidade, acho que são papéis diferentes dentro de um mesmo trabalho.
P - E no nível nacional, como é que como você, como você articula, como você faz para que ele aconteça no âmbito nacional?
R - No âmbito nacional, como a gente tem atividades junto com o Ministério da Educação, e aí tem toda uma outra infra-estrutura, tem ambientes onde, a gente dialoga com multiplicadores do país inteiro, então a gente está sempre articulando, se informando, informando, então a ente sabe o que está acontecendo no resto do país e informa o que está acontecendo lá com a gente, então acho que dentro dessa estrutura, na perspectiva nacional, o MEC –Ministério da Educação tem um papel bem decisivo, que ele criou mecanismos, canais, e, dentro desses canais, eu acho que o país inteiro trafega e aí a gente também.
P - Uma última perguntinha, e pra você, como é que foi o impacto da questão tecnológica, da tecnologia e dos aspectos da vida moderna na sua vida pessoal e profissional?
R - Olha, eu sou geógrafa de coração e de formação, e fiz primeiro a licenciatura em geografia, depois fiz bacharelado e comecei minha vida profissional fazendo pesquisa. Mais tarde passo em um concurso e vou trabalhar com educação e era meu primeiro emprego formal, já concursada, nesse período eu trabalhava também para o PNUD – Programa das Nações Unidas de Desenvolvimento - e para a FAU – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo e, terminando a pesquisa que eu fazia para eles, eu já estava totalmente envolvida com sala de aula. Mais tarde eu já tinha a perspectiva de fazer um mestrado, quando eu concluí o bacharelado, eu tinha sido aprovado no mestrado e eu não pude cursar, eu optei por trabalhar em pesquisa para o PNUD e para a FAU, abandonei meu mestrado no segundo mês, não tinha como trancar e aí, mais adiante eu quero voltar para o mestrado, que eu havia abandonado e aparece a inscrição para especialização em informática, aí mudou tudo, aí deixei a geografia, hoje eu trabalho especificamente com tecnologia educacional, então desde que eu abandonei a tribo? Sou geógrafa de coração e de formação e, hoje também, de formação e coração na tecnologia. Acho que mais adiante eu volto para a geografia para fazer o gancho geografia e tecnologia, mas hoje acho que, as 24 horas do dia, eu penso e respiro tecnologia. Com relação à utilização no dia-a-dia, no cotidiano, acho que, pela própria curiosidade, eu sempre fiz uso; meu primeiro computador, eu usava em casa, comecei a usar ainda na universidade, depois comprei o meu usando em casa, aí democratizei o acesso, todo mundo usa, sobrinhos, etc, eu chegava da universidade o computador estava quebrado, aí, tendo que mexer nele, para arrumar, porque tinha alguma coisa da universidade para entregar no dia seguinte, acabei me familiarizando, hoje montar e desmontar um computador, fazer programação é coisa corriqueira para mim, então a curiosidade me leva a buscar o que está por trás da estrutura, então hoje eu faço um pouquinho de programação, um pouquinho de cada coisa, um pouquinho de banco de dados, acho que dentro do uso da tecnologia, especificamente computacional, eu acho que mexo um pouquinho com cada coisa que ela traz.
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