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Personagem: Carlos Andreu Ortiz
Por: Museu da Pessoa, 21 de setembro de 2006

Família, a retaguarda do militante

Esta história contém:

Família, a retaguarda do militante

P/1 – A gente vai começar pela identificação. Queria que você falasse o seu nome completo, local e data de nascimento.

R – Tá bom. bom, o meu nome é Carlos Andreu Ortiz. Eu nasci no dia 25 de outubro de 1952, Pacaembu, estado de São Paulo.

P/1 – Qual que é o nome de seus pais?

R – Meu pai, ele já é falecido, é Eugênio Andreu Munhoz, e minha mãe, Amélia Ortiz Lopes.

P/1 – Esse sobrenome, “Andreu”... Não é sobrenome...

R – “Andreu” é sobrenome do meu pai: Eugênio Andreu Munhoz. É que é uma salada, perdemos lá os documentos, então uns são “Andreu”, outro é “Andreo”, tal, mas o meu pai é Andreu Munhoz; e minha mãe, Amélia Ortiz Lopes. Então, o meu último sobrenome é da minha mãe, que os europeus, principalmente os espanhóis, eles têm por hábito o último sobrenome ser da mãe, porque eles dizem que a mãe tem como provar que o filho é dela e o pai, não. Então, antigamente tinha esse negócio, né? Então o último sobrenome é da mãe; “Ortiz” é da minha mãe.

P/1 – Como que a gente pode chamar: “você”, “senhor”?

R – “Você”, que é isso? Estou de barbinha branca, mas me considero menino.

P/1 – Então, eu queria que você falasse um pouco da sua infância. Como que eram as brincadeiras, o cotidiano da sua casa? Conta um pouco pra gente.

R – Olha, eu, pra ser sincero, eu não sei... Eu não posso nem dizer, assim, se eu tive infância, né, porque eu sou oriundo de uma família pobre. A minha mãe faleceu muito cedo, a minha mãe faleceu quando eu tinha dois anos e meio de idade, e eu era, logicamente, o caçula. Então eu com dois e meio, outro com quatro, outro com seis, outro com oito, outro com dez, outro com 12, outro com 16, e a minha irmã é a mais velha de todas com 17 pra 18 anos, né? Então, com o falecimento da minha mãe, nós viemos do...

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Dados de acervo

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Projeto DIEESE

Depoimento de Carlos Andreu Ortiz

Entrevistado por Carolina Ruy e Nadia Lopes

São Paulo 21 de Setembro de 2006

Realização Museu da Pessoa

Código Dieese_HV011

Transcrito por Lívia Oushiro

Revisado por Thais Cristina Montanari

P/1 – A gente vai começar pela identificação. Queria que você falasse o seu nome completo, local e data de nascimento.

R – Tá bom. bom, o meu nome é Carlos Andreu Ortiz. Eu nasci no dia 25 de outubro de 1952, Pacaembu, estado de São Paulo.

P/1 – Qual que é o nome de seus pais?

R – Meu pai, ele já é falecido, é Eugênio Andreu Munhoz, e minha mãe, Amélia Ortiz Lopes.

P/1 – Esse sobrenome, “Andreu”... Não é sobrenome...

R – “Andreu” é sobrenome do meu pai: Eugênio Andreu Munhoz. É que é uma salada, perdemos lá os documentos, então uns são “Andreu”, outro é “Andreo”, tal, mas o meu pai é Andreu Munhoz; e minha mãe, Amélia Ortiz Lopes. Então, o meu último sobrenome é da minha mãe, que os europeus, principalmente os espanhóis, eles têm por hábito o último sobrenome ser da mãe, porque eles dizem que a mãe tem como provar que o filho é dela e o pai, não. Então, antigamente tinha esse negócio, né? Então o último sobrenome é da mãe; “Ortiz” é da minha mãe.

P/1 – Como que a gente pode chamar: “você”, “senhor”?

R – “Você”, que é isso? Estou de barbinha branca, mas me considero menino.

P/1 – Então, eu queria que você falasse um pouco da sua infância. Como que eram as brincadeiras, o cotidiano da sua casa? Conta um pouco pra gente.

R – Olha, eu, pra ser sincero, eu não sei... Eu não posso nem dizer, assim, se eu tive infância, né, porque eu sou oriundo de uma família pobre. A minha mãe faleceu muito cedo, a minha mãe faleceu quando eu tinha dois anos e meio de idade, e eu era, logicamente, o caçula. Então eu com dois e meio, outro com quatro, outro com seis, outro com oito, outro com dez, outro com...

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