Facebook Informações Ir direto ao conteúdo
Personagem: Maria José dos Reis
Por: Museu da Pessoa, 2 de outubro de 2021

Dona Zezé guerreira

Esta história contém:

Dona Zezé guerreira

Vídeos (2)

Navegue horizontalmente pra acessá-los

P/1 - Dona Zezé, pra começar, eu queria que você falasse o seu nome todo.

R - Maria José dos Reis.

P/1 - Em que ano você... qual é a sua data de nascimento?

R - É vinte e seis de novembro de 1924.

P/1 - Em que cidade você nasceu?

R - Santa Rita do Passa Quatro.

P/1 - Agora, eu preciso que você faça uma viagem nas memórias. Qual é a sua primeira lembrança da sua vida, de pequenininha?

R - Bom, de pequenininha, eu vim com um ano de idade de Santa Rita, com a minha mãe. E minha mãe se instalou no Brás, comigo. Eu tinha um ano de idade, que ela veio de lá de Santa Rita. E fui me criando lá. Aí a minha mãe foi uma mulher que vendia verdura na rua, eu ainda pequena. Aí ela se instalou na - eu tenho que contar, já, tudo direitinho, né? - Rua Santa Clara, que é no Brás. E lá ela foi levando a vidinha dela, pra me criar. Depois, ela começou a vender verduras na rua. Ela me deixava, assim, em casa, fechada. Porque ela saía às quatro horas da manhã pra ir no Mercadão, que até hoje existe, pra comprar as coisas pra vender. E ela não me levava, ela me deixava lá. E foi assim, levando a vidinha dela. Depois, veio a Revolução de 1932. E ela morava na Santa Clara. E foi assim, me criando. Do jeito que ela podia. Depois veio essa Revolução de 1932. E ela pegou... agora eu já não lembro da Rua Santa Clara, pra que rua que ela foi. Eu já não lembro isso. E foi, assim, me criando, eu crescendo, indo pra escola. Foi a vida dela.

P/1 - E o seu pai veio junto?

R - Não. Porque a minha mãe foi assim... não sei se é pra contar a história da minha mãe. Ela trabalhava em Santa Rita e ela trabalhava, porque antigamente, era baronesa, que hoje é rei. Não. Naquele tempo era baronesa. E ela trabalhava na casa dessa baronesa. Mas ela me deixava com uma mulher lá. Aí a mulher não quis mais, porque ela tinha que ficar comigo, a baronesa não a quis mais. Foi aí que ela pegou e veio pra São Paulo, mas sozinha,...

Continuar leitura

Dados de acervo

Baixar texto na íntegra em PDF

Entrevista de Maria José dos Reis

Entrevistada por Luiza Gallo e Bruna Oliveira

São Paulo, 01/10/2021

Projeto Comunidade Zaki Narchi

Entrevista número: PCSH_HV1050

Realizado por: Museu da Pessoa

Transcrita por Selma Paiva

Revisado por Luiza Gallo

P/1 - Dona Zezé, pra começar, eu queria que você falasse o seu nome todo.

R - Maria José dos Reis.

P/1 - Em que ano você... qual é a sua data de nascimento?

R - É vinte e seis de novembro de 1924.

P/1 - Em que cidade você nasceu?

R - Santa Rita do Passa Quatro.

P/1 - Agora, eu preciso que você faça uma viagem nas memórias. Qual é a sua primeira lembrança da sua vida, de pequenininha?

R - Bom, de pequenininha, eu vim com um ano de idade de Santa Rita, com a minha mãe. E minha mãe se instalou no Brás, comigo. Eu tinha um ano de idade, que ela veio de lá de Santa Rita. E fui me criando lá. Aí a minha mãe foi uma mulher que vendia verdura na rua, eu ainda pequena. Aí ela se instalou na - eu tenho que contar, já, tudo direitinho, né? - Rua Santa Clara, que é no Brás. E lá ela foi levando a vidinha dela, pra me criar. Depois, ela começou a vender verduras na rua. Ela me deixava, assim, em casa, fechada. Porque ela saía às quatro horas da manhã pra ir no Mercadão, que até hoje existe, pra comprar as coisas pra vender. E ela não me levava, ela me deixava lá. E foi assim, levando a vidinha dela. Depois, veio a Revolução de 1932. E ela morava na Santa Clara. E foi assim, me criando. Do jeito que ela podia. Depois veio essa Revolução de 1932. E ela pegou... agora eu já não lembro da Rua Santa Clara, pra que rua que ela foi. Eu já não lembro isso. E foi, assim, me criando, eu crescendo, indo pra escola. Foi a vida dela.

P/1 - E o seu pai veio junto?

R - Não. Porque a minha mãe foi assim... não sei se é pra contar a história da minha mãe. Ela trabalhava em Santa Rita e ela trabalhava, porque antigamente, era baronesa, que hoje é rei. Não. Naquele tempo era...

Continuar leitura

O Museu da Pessoa está em constante melhoria de sua plataforma. Caso perceba algum erro nesta página, ou caso sinta falta de alguma informação nesta história, entre em contato conosco através do email atendimento@museudapessoa.org.

Histórias que você pode gostar

Eu gosto de desafiar aquilo que é impossível
Vídeo Texto
 A LINDA HISTÓRIA DE MÃE JÔ
Texto

Joana Benedita Candido

A LINDA HISTÓRIA DE MÃE JÔ
Sou persistente, quando falei que vinha, nasci
Vídeo Texto

Maria de Jesus Pereira Santana

Sou persistente, quando falei que vinha, nasci
Preta Rara além da dor
Vídeo Texto

Essa história faz parte de coleções

fechar

Denunciar história de vida

Para a manutenção de um ambiente saudável e de respeito a todos os que usam a plataforma do Museu da Pessoa, contamos com sua ajuda para evitar violações a nossa política de acesso e uso.

Caso tenha notado nesta história conteúdos que incitem a prática de crimes, violência, racismo, xenofobia, homofobia ou preconceito de qualquer tipo, calúnias, injúrias, difamação ou caso tenha se sentido pessoalmente ofendido por algo presente na história, utilize o campo abaixo para fazer sua denúncia.

O conteúdo não é removido automaticamente após a denúncia. Ele será analisado pela equipe do Museu da Pessoa e, caso seja comprovada a acusação, a história será retirada do ar.

Informações

    fechar

    Sugerir edição em conteúdo de história de vida

    Caso você tenha notado erros no preenchimento de dados, escreva abaixo qual informação está errada e a correção necessária.

    Analisaremos o seu pedido e, caso seja confirmado o erro, avançaremos com a edição.

    Informações

      fechar

      Licenciamento

      Os conteúdos presentes no acervo do Museu da Pessoa podem ser utilizados exclusivamente para fins culturais e acadêmicos, mediante o cumprimento das normas presentes em nossa política de acesso e uso.

      Caso tenha interesse em licenciar algum conteúdo, entre em contato com atendimento@museudapessoa.org.

      fechar

      Reivindicar titularidade

      Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”),  nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.