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Personagem: Antônio Lino Pinto
Por: Museu da Pessoa, 28 de março de 2019

Do alto da goiabeira ao ponto alto da história

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Do alto da goiabeira ao ponto alto da história

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Meu nome, Antônio Lino Pinto. Sou de uma cidade mineira – Visconde do Rio Branco – onde nasci em 1951. Herdei do meu pai o jeito quieto, a timidez. Quase nada fiquei sabendo da história dele e da minha mãe; o que sei foi através da minha irmã Duduca. O meu pai pouco falou dele mesmo, ainda que fosse um contador de história, mas só quando cismava. Minha mãe era faladeira, mas nunca teve a iniciativa de contar, de mostrar. O que sei é que todos eram daquela região ali. E a minha mãe dizia que o meu pai havia se mudado quinze vezes em vinte anos. Só que eram distâncias muito pequenas, dependendo do fazendeiro a quem ele ia prestar serviço. E eu fiz um extenso trabalho de resgate de toda a história, contando com a memória de um, de outro, mas principalmente da Duduca, irmã mais velha. Isso resultou em livro. Foram algumas viagens, muito garimpo, muita pesquisa, persistência, sendo um grande fuçador. Lembranças desde 1938. Recordações bonitas, outras tristes, todas emocionantes. Em determinado momento, fomos para São Pedro dos Ferros – lá moramos em quatro lugares, cujos restos das casas eu encontrei. Depois, o retorno para Rio Branco, a ida para São Paulo, a ida para o Paraná, a volta para São Paulo novamente.

(A minha mãe)… O meu irmão, com sessenta anos, ela saía de casa e ia lá para saber se ele já tinha ido trabalhar (…) não era um domínio de possessão, era um domínio de cuidado, de carinho (…)

O relato acima é para concluir o retrato da mãe dedicada que ela foi, suportando o ônus de trabalhar na roça, costurando, cuidando da casa e dos onze filhos, nas situações mais adversas, e sem paradeiro. Mas, ainda falando dos meus pais e das recordações que eu trago da infância, nem tudo era harmonia. Havia uma situação de enfrentamento entre eles, muito motivada pelo álcool. De parte a parte. Era uma época em que a mulher existia para procriar, e só. E minha mãe...

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