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Coração militante

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Coração militante

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Meu nome é Mário Soares Lima, sempre chamado de Mário Lima. Eu nasci numa pequena cidade nas margens do São Francisco, no norte da Bahia, chamada Glória, em 19 de fevereiro de 1935. Exatamente há 68 anos.

FAMÍLIA

Meu pai era pernambucano, foi seringueiro no Acre e se chamava Manoel de Souza Lima. Minha mãe, baiana, prendas doméstica, filha de portugueses, chamava-se Emilia Soares. Meus avós também eram nascidos no Brasil, mas filhos de portugueses, educação portuguesa. O nome deles era Francelina e Manoel. Avó de pai era Ana, e o avô era... A memória me traiu um pouco agora. A origem da minha família não é toda portuguesa. Meu pai era filho de negro com índio. Minha mãe que era portuguesa. Meu pai era negro, minha mãe era branca. Tenho mais quatro irmãos, um irmão e três irmãs.

MIGRAÇÃO

Naquela época, quando eu nasci, ainda havia a presença do Lampião e o pessoal dele. Havia muita insegurança, e por perseguição política tiraram meu pai de lá e mandaram para o sul da Bahia, para Canavieiras. Eu tinha uns 3 anos, coisa assim. Depois eu voltei para lá quando acabou a perseguição política e por último eu fui para Salvador, porque naquela época no sertão da Bahia só tinha o curso primário, nem o segundo grau. O ginásio daquela época, que hoje é a quinta, a sexta e a oitava série, não havia, então a gente tinha que ir para Salvador. Uma parte da minha infância foi em Canavieira, e depois vim para Salvador. Uma irmã minha casou-se e foi para Salvador e fui para lá estudar. Com 12 anos eu fui para Salvador.

COSTUMES

Me lembro muito bem da minha infância. Minha mãe era uma pessoa muito meiga, com aquela educação. Ela falava ainda com sotaque, ela pronunciava os erres e os eles. Meu pai chamava-se Manoel e ela pronunciava o l final, Manuele. Ela não dizia: “Menino vai ali vê aquilo.” Ela dizia: “Vai acolá.” E gostava de tomar um vinhozinho do Porto e cedo nos ensinava que...

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