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Construir pela fé

Esta história contém:

Construir pela fé

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P/1 - Vou bater a claquete depois, tá? Bom, eu ia começar perguntando pela coisa mais simples: o seu nome completo, o local e a data de seu nascimento.

R – Olhe, meu nome secular é Gertrude Maria Reneberg.

P/1 – E a senhora nasceu onde?

R – Eu nasci em Unterfranken, Würzburg, é Franconia.

P/1 – E quando foi?

R – Mil novecentos e quarenta.

P/1 – Então a senhora nasceu no meio da Guerra?

R – Sim, no meio... no início, né? Trinta e nove começou.

P/1 – A senhora lembra de alguma coisa da Guerra?

R – Eu me lembro, me lembro de muita coisa. Nossa cidade, Würzburg, foi 95% destruída.

P/1 – Ela fica perto de que cidade grande lá na Alemanha?

R – Frankfurt. Perto eu acho que 90 quilômetros.

P/1 – O seu pai estava na Guerra?

R – Meu pai devia entrar na Guerra quando eu tinha cinco dias de idade.

P/1 – E ele entrou?

R – Devia, fora obrigado. E ele chegou da Guerra... ele sempre chegou, eles tinham tempo livre e ele chegava... diversos tempos, ficou meio ano assim, né? Em 44 foi para a Rússia e voltou da Rússia em 56.

P/1 – Por que ele ficou dez anos na Rússia?

R – Eles ficaram presos, como prisioneiro.

P/1 – A senhora era a única filha?

R – Não. Tinha três irmãos.

P/1 – E como vocês sobreviveram com sua mãe e seu pai... vocês tinham notícias se ele estava vivo?

R – Sim. De tempo em tempo, eu acho que só em 45 ou 46 é que recebemos notícias. E ele até escrevia que ia chegar, sempre prometiam que eles iam ser liberados, iam ser mandados para casa. E ele disse que em vez de ir para a Alemanha, eles iam mais para dentro da Rússia.

P/1 – Ele chegou a ir para a Sibéria?

R – Para a Sibéria, estavam como prisioneiros. Deviam trabalhar, construíam grandes estradas, eles ficaram como profissionais.

P/1– O seu pai tinha uma profissão antes de ir para a Guerra?

R– Meu pai...

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