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Por: Museu da Pessoa, 25 de maio de 2007

Capoeira carioca

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Capoeira carioca

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Barbosa da Silva. Nasci em Recife, em 1 de novembro de 1945. Meus pais são nordestinos. A mamãe nasceu em Paraíba, e meu pai em São Lourenço da Mata, em Pernambuco. Ela era dona de casa e meu pai, funcionário da prefeitura de Recife. Diz ela que ele passava com os cavalos, e ela no rio espiava e acabaram tendo só onze filhos. Todo dia tinha briga mas era bom. É briga amável, porque a gente tinha muito a fazer. Papai parado, mamãe no rio e a gente pegando cabra. Eu que era o primeiro, que mais sofri, plantando arroz para os outros, para levar qualquer coisa para a casa.

Eu fiquei lá em Recife até treze anos. Depois fui pra São Paulo. Não saía da casa da minha tia. Com quinze anos, eu fugi e vim parar no Rio de Janeiro. Fugi porque eu jogava muita bola, queria jogar bola de dia de sábado e de domingo e ela não deixava. Até hoje ainda jogo. Trabalhava para minha tia, que tinha uma pensão. Ela foi me dando e eu fui guardando. Não gastava nada. O meu problema com ela era sábado e domingo, para jogar minha bola, que ela não deixava.

Minha tia me botou no colégio. Aí viu um estágio na padaria, até chegar a tapeçaria em Copacabana, fui office boy, e de lá para o quartel. Quando eu completei 17 anos, me alistei na aeronáutica. Na polícia da aeronáutica. E da aeronáutica para a capoeira. A capoeira é outra atividade diversa aqui, ali, acolá. No quartel eu fiquei dois anos. Mas fiquei mais dois anos, em outra situação, no quartel. Você não pode saber, nem precisa saber.

Trabalhei cinco anos com papel de parede. Fui instrutor de capoeira. Vai fazer 40 anos, filho. Quer dizer, na capoeira com a minha associação. Associação de Capoeira Zum Zum Zum. A associação foi fundada em 1970. Só que ainda era final de AI 5, e não deixava nenhuma associação ser fundada. E quando se pergunta para mim assim: a capoeira tem 400 anos, como foi o caso lá na ___, dia 14 de abril que o mestre afirmou, com o auditório quase sempre todo lotado,...

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