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Por: Museu da Pessoa, 14 de setembro de 2011

Branco adega

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Branco adega

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“Quando eu comecei com a adega, tinha muita casa residencial na Rua dos Pinheiros. Eu lembro que ela era de duas mãos e toda coberta de paralelepípedo; subia e descia a rua.Acho que eu vi nascer a maioria dos prédios ali. E hoje é uma rua em que não falta nada, apesar de que eu acho tudo caro ali. No início, o Barricão era uma adega mesmo, mas um tempo atrás uma amiga que trabalhava na prefeitura me orientou: “O metrô vai passar na Rua dos Pinheiros”. E eu falei: ‘Bom, tenho que aumentar minha receita, porque só a loja, o metrô vai passar aqui.’ Nós passamos um período difícil quando estavam fazendo a parte mais complicada da obra. Nós até fomos falar com o vice-prefeito, porque o movimento caiu 50%, 60%. Eram muitos comerciantes passando por dificuldades e nós queríamos saber se seria possível que os impostos fossem parcelados Teve gente até que fechou. Aí o que ele nos disse foi que seriam 90 mil pessoas circulando por ali diariamente e que isso ia representar muito para os negócios. Nós estamos com essa esperança agora, a de que o movimento aumente bastante e nos ajude a crescer. Até aqui foram muitas mudanças e, junto com elas, muitas histórias. Você conhece muita gente e essa é a parte divertida do trabalho. Uma vez, um dos clientes fez aniversário. Ele era, inclusive, assessor do governo. E eu tenho um hábito: eu procuro marcar as datas dos aniversários para ligar cobrando, ‘Ó, não compra em outro lugar não. Eu tenho uma oferta para o senhor’, tal. E... bom, eu não me lembro de ter sido convidado, mas fui entregar a bebida na casa dele. Ali de manhã, conversando com a minha esposa, eu falei: ‘Poxa, a gente podia levar um presente para o seu Arlindo.’‘Ah, mas você foi convidado?’‘Claro que fui.’ Só que realmente eu não lembrava direito. Pois bem, peguei uma garrafa de vinho e fomos. Chegando lá, nego, um apartamento, uns cem metros só...

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P/1 – Bom, seu Ricardo, primeiramente eu gostaria de agradecer a sua participação nesse projeto. E para começar eu gostaria que o senhor dissesse para gente o seu nome completo, local e data de nascimento.

R – Meu nome é Ricardo Wagner Tavares, nasci em São Paulo em 1946, 13 de agosto. Estou à disposição.

P/1 – O senhor poderia dizer para gente o nome dos seus pais?

R – Guilherme Tavares e Nair Tavares.

P/1 – O senhor pode descrever um pouquinho eles para gente?

R – Ahhhmm, meu pai faleceu muito cedo, com 46 anos. Ele era jornalista, trabalhava também como gerente de um cinema e era redator das partes amadoras da seção Esportes da Gazeta Esportiva. Faleceu muito cedo, e com isso, com 17, 18 anos eu fui obrigado a ir para luta mais cedo porque até essa época eu só estudava. Minha mãe, professora, parou de trabalhar, principalmente depois que papai faleceu, e foi a que cuidou da luta. Uma baixinha guerreira mesmo. Nos meus livros eu escrevo muito sobre ela.

P/ - E o senhor tem lembranças dos seus avós?

R – Sim. Por coincidência, a vó Lúcia faleceu na minha casa. Gozado, eu ficar falando só de morte, em vez de falar coisas boas deles, mas foi uma coisa marcante para mim porque eu tava próximo quando do último suspiro dela, então, me marcou muito. Meu avô, João Tavares, era esse português bem tradicional. Eu convivi pouco com ele, mas eu lembro que ele dava broncas terríveis em todo mundo da família, principalmente em horário de almoço. Não podia atrasar! Aquela coisa bem típica, lusitana. E gostava de um vinho (risos). E é isso. Sobre os avós maternos, eu não os conheci, são de família italiana, mas eu não os conheci, foi mais o lado do meu pai.

P/1 – E você tem conhecimento da origem da família, de onde vieram, de quando vieram?

R – Não. Se não me engano vieram de Porto, meus avós paternos, o sobrenome Tavares, talvez por isso. Aliás, Tavares tem uma família muito grande, viu? Eu nunca vi igual,...

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