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Por: Museu da Pessoa, 19 de setembro de 2019

A travessia reversa

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A travessia reversa

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Teve um projeto que fizeram para poder levar a mamãe à África. Por quê? Porque o povo da capoeira, quando a mamãe chegava, cantava para ela, "E lê lê lê ô, a Rainha Nzinga chegou, a Rainha Nzinga chegou, a Rainha Nzinga chegou". A mamãe dançava ali no meio deles e sentava. Por isso que o nome do filme é: "A rainha Nzinga chegou". Por essa música que deu a vontade na menina de fazer esse projeto para ajudar a levar a mamãe. A mamãe tinha muita vontade de conhecer a África, os países africanos, ir um pouquinho na Angola, tomar banho naquele mar, aquelas coisas todas, então ela foi na frente, foi primeiro. A princípio, pensou que iria acabar o projeto, mas não tinha como parar. Mamãe não queria que parasse nada, mamãe gostava de: "começou, faz até o fim". Ela era dessas. Nós pegamos o projeto e fomos fazendo a duras penas, porque a mamãe foi embora em junho e a viagem foi em julho, Nossa, triste demais. Fomos fazendo o que a gente dava conta. A gente dava crise de choro, a gente dava crise de tristeza, mas fomos firmes, porque todo mundo é humano. A gente dava aquela baqueada e, de repente, firmava novamente. Fomos pedindo proteção. O filme foi se fazendo, à medida que o guia ia apresentando para a gente os lugares, nós íamos fazendo as perguntas e muitas perguntas já eram de nossas cabeças de muito tempo, que tínhamos vontade de saber. Fomos perguntando o que era verdade e o que não era, os cantos… Os nossos tatas tiveram a sutileza de colocar palavras africanas nos cantos em Português, então, mesmo que a gente não soubesse o significado daquela palavra, a gente sabia que era sagrado, a gente sabe que é sagrado. É como quando você vai em outra matriz, que estão cantando em outra linguagem africana. Você pode não entender nenhuma palavra, que sabe que é tudo sagrado. Então, você não canta fora de hora, não canta fora do contexto, você canta pedindo ajuda, pedindo proteção, invocando quem pode te ajudar, que é...

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