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Por: Museu da Pessoa, 16 de setembro de 2020

A potência de se perceber capaz

Esta história contém:

A potência de se perceber capaz

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Meu nome é Franciele Purcina do Nascimento, eu nasci na cidade de Ubaíra, em Salvador, Bahia, em 1998.

Todo mundo já me conhece, deixo escancarado a minha opinião, cheguei, não disfarço, não minto, não escondo, pode custar o emprego, como já custou, mas eu defendo com tudo; se eu acreditar, eu defendo. E isso é tudo, é com feminismo, é em questão do empoderamento negro, é em questão da maternidade também, tudo. Tudo mesmo. Dou assim, a alma, coração, tudo.

Comecei a vender uns pudins na marmitinha ainda na gestação. Estava em casa, falava: “Estou sem fazer nada e também preciso ajudar em casa”. Queria ajudar em casa o marido, então falei: “Vou fazer alguma coisa”. Aí fiz os pudins e falei: "Quero fazer algo que ninguém faz”. Coloquei a placa lá do pudim e todo mundo comprava os pudins.

Após o parto do meu filho eu estava muito mal, porque teve também alteração da questão de auto-estima, como passei a me ver… Foi um baque enorme, mas essa questão do psicológico nem foi tanto pela maternidade, foi por questões do relacionamento mesmo que me feriu, me machucou, então fiquei nessa casinha por uns dois anos, me reconstruindo como mulher, [então parei de vender pudins] ai fiquei sem fazer nada e daí eu estava vendo sobre sex shop; vi vídeos no Youtube, procurei no Brás: “O que você pode achar no Brás para vender” e ai vi uns vídeos de sex shop, as mulheres mostrando as lojas, o preço das coisas, e eu falei: “Caramba! Eu acho que dá para fazer isso”. E a minha amiga, a madrinha do meu filho, super apoiou. Ela falou: “É super a sua cara, porque você não tem vergonha de falar, você sabe falar com as pessoas, ninguém fica com vergonha perto de você”.

Ai chegou e transformei 190 reais em seiscentos. Foi um primeiro investimento.

Comecei a sair desse estado nesse momento, quando eu comecei com as vendas, porque daí meu filho fez a...

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P/1- Franciele, queria que você começasse se apresentando, dizendo seu nome completo, data e local de nascimento.

R- Meu nome é Franciele Purcina do Nascimento, eu tenho 22 anos e eu nasci na cidade de Ubaíra, em Salvador, Bahia.

P/1- E qual foi o dia que você nasceu?

R- Vinte sete de janeiro de 98.

P/1- E quais são os nomes dos seus pais?

R - O nome da minha mãe é Elisângela e o nome do meu pai é Antônio.

P/1- E onde eles nasceram?

R- Minha mãe nasceu em Itagi, na Bahia, e meu pai provavelmente nasceu em Salvador, não tive muito contato com ele, mas sei que ele é de lá, dessa cidade de Ubaíra onde eu nasci.

P/1- E você sabe como eles se conheceram?

R- Eu não sei muito bem como eles se conheceram, não. (risos)

P/1- E o que eles faziam ou ainda fazem de atividade profissional?

R- O meu pai é autônomo, eu não sei muito bem qual profissão ele exerce, mas eu sei que ele sempre trabalhou como autônomo, e a minha mãe é diarista.

P/1- E eles se separaram?

R- Quando eu tinha em torno de dois anos (pausa).

P/1 - Franciele, você estava me contando que não sabe como seus pais se conheceram, certo?

R- Sim.

P/1- E aí seu pai se separou de sua mãe quando você era novinha. Eu não ouvi quantos anos você tinha.

R- Aproximadamente dois anos.

P/1- E você tem irmãos?

R- Tenho três irmãos.

P/1- E em que escala você está?

R- Eu sou a irmã mais velha.

P/1- E qual é a sua relação com eles?

R- São boas. A gente mora, todos, próximos, convive diretamente e moramos todos com a minha mãe. Exceto eu e minha outra irmã, que nós já temos a nossa residência.

P/1- E você lembra da sua casa de infância?

R- Lembro.

P/1- Como ela é? Conta um pouquinho.

R- A minha mãe foi morar em uma cidade vizinha, na verdade eu fui criada na cidade de Itajuru, também na Bahia, e também fui criada pela minha avó, pela minha bisa, até aproximadamente os dez anos. E a minha casa de infância é uma casa bem grande de roça, a...

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