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Personagem: Ricky Ribeiro
Por: Museu da Pessoa, 26 de julho de 2022

“Prefiro viver vinte anos a cem por hora do que cem anos a vinte por hora”

Esta história contém:

“Prefiro viver vinte anos a cem por hora do que cem anos a vinte por hora”
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Infância em Campos de Jordão

Nesta foto Ricky, o mais novo, está acompanhado de Cris, sua mãe, e sua irmã Lili.

local: Brasil / São Paulo / Campos De Jordão
imagem de: Ricky Ribeiro
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Fotografia

Celebração de uma etapa da vida

Ricky formou-se em Administração Pública na Fundação Getúlio Vargas. Esta foto foi tirada no dia da sua formatura. Ele estava acompanhado de seu pai, Márcio, sua mãe, Maria Cristina e de sua irmã, Liliana.

local: Brasil / São Paulo / São Paulo
imagem de: Ricky Ribeiro
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Fotografia

Meio de transporte

Esta foto foi tirada em uma ciclovia de Barcelona. Aos 24 anos Ricky foi morar em Barcelona, onde ficou por 2 anos e meio. Ele conta que esta cidade e o mestrado em Sustentabilidade foram responsáveis por uma profunda transformação em sua forma de ver o mundo e principalmente as cidades. Sua vida mudou para melhor, muito por causa da disposição urbana da cidade e da grande oferta de mobilidade. O seu principal meio de transporte em Barcelona era a bicicleta. Esse hábito fez com que ele ficasse mais saudável, com muita disposição e principalmente mais feliz. Ricky voltou de Barcelona querendo que todos tivessem a oportunidade de vivenciar os mesmos benefícios e estilo de vida que tinha experimentado durante dois anos e meio, por isso, sempre que andava pelas ruas do Brasil, fosse em São Paulo, Recife, Rio ou em outra cidade, de bicicleta, ônibus ou a pé, ia projetando mentalmente as ciclovias, estruturas para transporte coletivo e calçadas.

período: Ano 2004
local: Espanha / Barcelona
imagem de: Ricky Ribeiro
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Fotografia

Associação Abaporu

A Associação Abaporu foi fundada em janeiro de 2003 por Ricky e mais dois amigos, também recém graduados em Administração Pública pela FGV, Luiz Covo e Eduardo Rossi. A Associação é fruto das inquietações deste grupo de amigos frente às desigualdades sociais existentes no país. Na foto Ricky e Luiz estavam em uma reunião, provavelmente na instituição AGAM, de Guarulhos, onde implementaram uma biblioteca lúdica e desenvolveram um projeto de incentivo à leitura com crianças e adolescentes.

período: Ano 2008
imagem de: Ricky Ribeiro
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Fotografia

Próximo ao mar

Foto tirada em uma praia de Recife. Ricky mudou-se para esta cidade aos 27 anos. Na época estava trabalhando na empresa Ernst & Young, e foi também neste período que começou a sentir os primeiros sintomas da doença e ter algumas quedas.

período: Ano 2008
local: Brasil / Pernambuco / Recife
imagem de: Ricky Ribeiro
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Fotografia

Quem sabe deixar um legado?

Foto de Ricky, em seu quarto, vendo o Portal Mobilize. Ricky, ao ser diagnosticado com ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica) passou alguns anos afastado do trabalho e se dedicando aos tratamentos. Como, teoricamente, lhe restava pouco tempo de vida, ele resolveu deixar um legado e em 2011 fundou o Mobilize, portal sobre mobilidade urbana sustentável. Na virada do ano de 2010 para 2011 ele parou para refletir sobre o que desejava fazer com a sua vida. Percebeu que queria fazer algo que fizesse sentido, queria sentir-se útil para a sociedade novamente, e, portanto, passou a pesquisar bastante sobre mobilidade urbana. Com dificuldade motora nas mãos fazia um esforço enorme para buscar conteúdo espalhado pela internet. Ao deparar- se com muitas informações dispersas, surgiu a ideia de criar um portal para agregar, produzir e disseminar conteúdo relacionado à mobilidade urbana sustentável. Na hora também teve a ideia do nome, seria Mobilize, palavra que juntava mobilidade e mobilização.

período: Ano 2014
local: Brasil / São Paulo / Santana De Parnaíba
imagem de: Ricky Ribeiro
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Fotografia

Uma tarde magnífica

Esta foto foi tirada no dia em que Rick passeou na Avenida Paulista num domingo. Logo que a cadeira de rodas motorizada chegou ele disse que queria passear nesta avenida, pois a Paulista aberta à população, aos pedestres, bicicletas e livre dos carros havia sido uma luta dele e do Mobilize, ao lado de tantas outras organizações em prol da mobilidade urbana sustentável. Ele conta que pisar naquele chão, naquele dia, o fez perceber que, por menor que fosse aquela ação, o Mobilize havia dado o seu primeiro grande passo em direção ao futuro. Sentiu uma realização indescritível ao circular com a sua cadeira motorizada na ciclovia que se tornou um símbolo de São Paulo e ficou feliz da vida ao ver sua sobrinha Nicole, então com quatro anos, explorar tudo quanto é lugar com sua pequena bicicleta. Andaram lentamente, curtindo o momento, por mais de três horas até o final da avenida. Foi uma tarde magnífica, ele voltou radiante pra casa.

período: Ano 2017
local: Brasil / São Paulo / São Paulo
imagem de: Ricky Ribeiro
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Fotografia

História que também é legado

Foto de Ricky com o seu livro “Movido pela mente: sem se mover, ele criou o maior portal de mobilidade urbana do Brasil”, em sua casa. Ricky conta que desde que fundou o Mobilize inúmeras pessoas falaram que ele deveria escrever um livro sobre sua vida e sobre a forma como encara a doença. Durante muitos anos ele rejeitou a ideia, até ler o livro “Homem Livre”, sobre o Danilo Perrotti que deu a volta ao mundo de bicicleta. O livro foi escrito por sua esposa, Gisele, e ele adorou a forma como ela escreveu. Aos poucos Ricky foi amadurecendo a ideia de escrever um livro. Ele tinha dois grandes desejos para que fosse realizado o livro: gerar receita para o Mobilize e conscientizar os leitores para temas como mobilidade urbana e sustentabilidade. Dito e feito. Ricky escreveu o livro e a renda obtida com a venda dos livros é destinada ao Mobilize Brasil.

período: Ano 2017
local: Brasil / São Paulo / Santana De Parnaíba
imagem de: Ricky Ribeiro
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Fotografia

A liberdade de voar

Ricky ama voar de todas as formas e desde que tinha andado de ultraleve aberto no Rio Araguaia, em 2001, ele passou a buscar diferentes maneiras de voar. Por isso pesquisou sobre passeio de balão e vôos de asa delta ou paraglider, chamou amigos e foi voar.

período: Ano 2003
local: Brasil / Rio De Janeiro / Rio De Janeiro
imagem de: Ricky Ribeiro
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

Salto de paraglider

Nesta época Ricky já tinha sido diagnosticado com ELA e andava com dificuldade, mas nada o impediu de saltar de paraglider.

período: Ano 2008
local: Brasil / São Paulo / Campos Do Jordão
imagem de: Ricky Ribeiro
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Fotografia

Bloco de carnaval

Um pouco antes da pandemia Ricky foi ao bloco “Doentes da Sapucaí” curtir o carnaval. Um dos fundadores é seu amigo.

período: Ano 2020
imagem de: Ricky Ribeiro
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Fotografia

Dados de acervo

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Entrevista de Luiz Henrique da Cruz Ribeiro (Ricky Ribeiro)

Entrevistado por Luiza Gallo

Santana de Parnaíba, 26/07/2022

Projeto: Inclusão e Diversidade - Ernst & Young

Entrevista número: PCSH_HV1222

Realizado por: Museu da Pessoa

Transcrita por Selma Paiva

Revisado por Luiza Gallo

P/1 – Primeiro eu quero te agradecer demais por você ter topado estar aqui com a gente e rememorar algumas partes da sua vida, e quero que você comece contando, se apresentando, seu nome completo, a data e o local de nascimento.

R – Meu nome é Luiz Henrique da Cruz Ribeiro, eu nasci dia 27 de fevereiro de 1980, na Maternidade São Paulo, em São Paulo, capital.

P/1 – E te contaram como foi o dia do seu nascimento? Você sabe como escolherem seu nome?

R – Sim. Me contaram como foi o dia do meu nascimento algumas vezes, até porque é uma história curiosa. Minha mãe fala que eu não nasci, fui espirrado. Naquela noite meu pai preparava em casa uma palestra para um congresso médico, que apresentaria no dia seguinte. Ao escutar minha mãe, foi até o quarto e ouviu-a dizer que estava com pressentimento de que o bebê iria nascer. Ela, então, pediu pra o meu pai ligar para o médico, o Doutor Paulo Goffi, chefe de obstetrícia na Faculdade de Medicina da USP. Antes de telefonar, porém, meu pai perguntou se ela sentia alguma dor, ao que minha mãe respondeu negativamente. “E como eu vou ligar para o meu professor, por causa de um pressentimento?”, quis saber meu pai. Assim, eles foram dormir e às duas da manhã, como minha mãe não parava de virar de um lado para o outro, meu pai perguntou mais uma vez se ela sentia dor ou se havia perdido água, sinais de trabalho de parto. Como a resposta foi, novamente, de que se tratava apenas de um pressentimento, ele então insistiu pra que ela tentasse dormir, pois precisava acordar cedo pra dar palestra na manhã seguinte, até que, antes das cinco da manhã, diante da inquietação da minha mãe, ele não pôde mais...

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Título: “Prefiro viver vinte anos a cem por hora do que cem anos a vinte por hora”

Data: 26 de julho de 2022

Local de produção: Brasil / São Paulo / Santana De Parnaíba

Personagem: Ricky Ribeiro
Autor: Museu da Pessoa

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