Preciso sair de casa buscar uma receita de medicamentos com uma médica conhecida, me dirijo ao prédio do seu consultorio, lugar que concentra boa parte dos serviços de saúde da minha cidade, e quando chego lá me dou conta que está lotado de gente. Preciso esperar no lado de fora, no lobby, até que ela chegue para autorizar minha subida. As pessoas se chocam em mim e eu tento, desesperadamente, me afastar. Uma moça que vende alguma coisa me segura pelo braço, imploro que ela me largue, ela ri e continua me seguindo; o caminho em direção à portaria não é menos tumultuado. Quando finalmente encontro a médica, ela me olha nos olhos e diz: é isso, eles não conseguem compreender.
Que associações você faz entre seu sonho e o momento de pandemia?
No dia anterior eu havia saído de casa à tarde em busca de algumas coisas necessárias que haviam acabado, e me deparado com a triste constatação de que a cidade havia voltado a seu funcionamento (quase) normal. Carros e gente se deslocando livremente, como se não estivéssemos em quarentena. À noite tive esse sonho, meu primeiro pesadelo diretamente relacionado ao vírus.