Eu sonhei que deixava minha mochila nas cadeiras da frente de uma sala de aula (estilo anfiteatro) e, quando eu retornava (após o almoço), ela não estava mais lá. Com a sala cheia para a próxima aula, eu começo a procurar a mochila e perguntar para as pessoas se elas haviam visto quem a pegou. Então, eu avisto duas câmeras de segurança na frente da sala, apontadas para as cadeiras, e penso que talvez elas tenham capturado quem pegou minha mochila. Nesse momento, eu vejo um homem fardado (sentando próximo à tela de projeção/lousa, na lateral esquerda da sala) e penso ser da polícia, o que me anima, mas, quando eu o abordo, percebo que ele é um bombeiro (""Ah, você é bombeiro"", eu digo, desapontada; ele tinha algo diferente na íris dos olhos, como se houvesse o reflexo de uma lâmpada circular - dessas usadas para iluminar gravações de lives - e seus olhos tinham um tom meio alaranjado). Nesse momento, a professora (que eu tenho a sensação de ser familiar; quando eu a vejo no sonho, me vem à mente uma professora de microbiologia que eu tive na graduação, mas, fisicamente, elas se parecem apenas na estatura, peso corporal e cor de cabelo - louros) entra na sala e começa a distribuir uma folha de papel. A princípio ela não me vê (eu estou próxima ao ponto mais baixo da escadaria lateral aos assentos), mas ela me entrega a folha e eu acho inútil e, também, que ninguém ali está dando atenção para o fato de que alguém roubou minha mochila. Nesse momento, eu começo a ficar preocupada, porque eu entendo que não vou recuperar minha mochila, já que ninguém quer me ajudar. Eu me lembro que dentro da mochila havia o meu laptop e fico pensando que não vou ter dinheiro para comprar outro.
Que associações você faz entre seu sonho e o momento de pandemia?
Como possível interpretação, posso elencar duas: ontem, antes de dormir, eu encontrei a matéria da Folha, que falava sobre este projeto, e achei muito interessante como os...
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Eu sonhei que deixava minha mochila nas cadeiras da frente de uma sala de aula (estilo anfiteatro) e, quando eu retornava (após o almoço), ela não estava mais lá. Com a sala cheia para a próxima aula, eu começo a procurar a mochila e perguntar para as pessoas se elas haviam visto quem a pegou. Então, eu avisto duas câmeras de segurança na frente da sala, apontadas para as cadeiras, e penso que talvez elas tenham capturado quem pegou minha mochila. Nesse momento, eu vejo um homem fardado (sentando próximo à tela de projeção/lousa, na lateral esquerda da sala) e penso ser da polícia, o que me anima, mas, quando eu o abordo, percebo que ele é um bombeiro (""Ah, você é bombeiro"", eu digo, desapontada; ele tinha algo diferente na íris dos olhos, como se houvesse o reflexo de uma lâmpada circular - dessas usadas para iluminar gravações de lives - e seus olhos tinham um tom meio alaranjado). Nesse momento, a professora (que eu tenho a sensação de ser familiar; quando eu a vejo no sonho, me vem à mente uma professora de microbiologia que eu tive na graduação, mas, fisicamente, elas se parecem apenas na estatura, peso corporal e cor de cabelo - louros) entra na sala e começa a distribuir uma folha de papel. A princípio ela não me vê (eu estou próxima ao ponto mais baixo da escadaria lateral aos assentos), mas ela me entrega a folha e eu acho inútil e, também, que ninguém ali está dando atenção para o fato de que alguém roubou minha mochila. Nesse momento, eu começo a ficar preocupada, porque eu entendo que não vou recuperar minha mochila, já que ninguém quer me ajudar. Eu me lembro que dentro da mochila havia o meu laptop e fico pensando que não vou ter dinheiro para comprar outro.
Que associações você faz entre seu sonho e o momento de pandemia?
Como possível interpretação, posso elencar duas: ontem, antes de dormir, eu encontrei a matéria da Folha, que falava sobre este projeto, e achei muito interessante como os sonhos servem como um meio de digerir emoções que, no contexto da pandemia, não podem ser vividas por completo - como o luto. Eu gostei bastante dessa interpretação, pois sou nutricionista e, também, sofro com psicossomatizações. Em paralelo, entra o fato de que eu moro no Nordeste, mas eu e minha família somos de São Paulo. Meus pais moram lá e são grupo de risco. Ontem à noite, eu falei com eles por uma vídeo chamada e, ao mesmo tempo que eu pude ver que eles estão bem e matar um pouco da saudade, a saudade aumentou ainda mais - eu viajei para vê-los em janeiro deste ano e agora não sei quando poderei visitá-los novamente. Eu fiquei pensando se algo acontecesse com eles e como seria inviável eu ir para o funeral. Talvez o roubo da mochila que continha o laptop seja um pouco sobre isso: como eu perderia a via de contato com eles se algo acontecesse.
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