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Personagem: Maitê Lourenço
Por: Museu da Pessoa, 8 de outubro de 2021

A força da coletividade rompe barreiras

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A força da coletividade rompe barreiras

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P/1 – Vamos lá! Maitê, primeiro eu queria que você começasse se apresentando, dizendo seu nome completo, a data e o local do seu nascimento.

R – Ok. Bom, prazer estar aqui com vocês. Meu nome é Maitê Lourenço Raimundo, eu tenho 37 anos, nasci no dia 08 de junho de 1984, no Hospital do Brás, na zona leste de São Paulo, sou oriunda da zona leste também e é isso.

P/1 – E quais os nomes dos seus pais?

R – Meu pai, falecido, Valter José Raimundo e minha mãe, Ivete Lourenço Raimundo.

P/1 – E o que eles faziam?

R – Meu pai, segurança da Sabesp, funcionário público, se aposentou e, infelizmente, faleceu logo na sequência. E a minha mãe, do lar, anteriormente era governanta, empregada doméstica e aí, depois, casou-se com meu pai e, como consequência, se tornou dona de casa.

P/1 – Como você descreveria, tanto seu pai quanto sua mãe?

R – Meu pai [foi] quem me ensinou a empreender, meu pai quem construiu toda uma estrutura, para que a gente pudesse se concentrar na educação. E minha mãe, a pessoa mais estratégica que eu já conheci na minha vida, que fez com que as filhas dela não perpetuassem o único trabalho que é lido como para uma mulher negra, que é o de empregada doméstica. E ela, muito sagaz, fez com que eu e minha irmã, a gente estudasse e não aprendesse a cuidar de casa, né? (risos) Para, justamente, evitar que a gente tivesse qualquer tipo de contato com essa profissão, que é muito importante, que é muito respeitosa. Meus pais, meus avós, minhas tias, minhas primas têm essa profissão, mas minha mãe quis que a gente não seguisse esse caminho e a gente sabe o quanto que o racismo está arraigado nessa estrutura de promover só cargos operacionais. Então, tê-la, estrategicamente, fazendo com que a gente só estudasse e não cuidasse da casa, foi muito sagaz e fez com que eu e minha irmã - tenho uma irmã de 39 anos, mais velha - atuássemos fora da linha de...

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Entrevista de Maitê Lourenço

Entrevistada por Bruna Oliveira

São Paulo, 05/10/2021

Projeto Mulheres Empreendedoras - Ernst & Young

Realizado por Museu da Pessoa

Entrevista n.º PCSH_HV1014

Transcrita por Selma Paiva

Revisado por Bruna Ghirardello

P/1 – Vamos lá! Maitê, primeiro eu queria que você começasse se apresentando, dizendo seu nome completo, a data e o local do seu nascimento.

R – Ok. Bom, prazer estar aqui com vocês. Meu nome é Maitê Lourenço Raimundo, eu tenho 37 anos, nasci no dia 08 de junho de 1984, no Hospital do Brás, na zona leste de São Paulo, sou oriunda da zona leste também e é isso.

P/1 – E quais os nomes dos seus pais?

R – Meu pai, falecido, Valter José Raimundo e minha mãe, Ivete Lourenço Raimundo.

P/1 – E o que eles faziam?

R – Meu pai, segurança da Sabesp, funcionário público, se aposentou e, infelizmente, faleceu logo na sequência. E a minha mãe, do lar, anteriormente era governanta, empregada doméstica e aí, depois, casou-se com meu pai e, como consequência, se tornou dona de casa.

P/1 – Como você descreveria, tanto seu pai quanto sua mãe?

R – Meu pai [foi] quem me ensinou a empreender, meu pai quem construiu toda uma estrutura, para que a gente pudesse se concentrar na educação. E minha mãe, a pessoa mais estratégica que eu já conheci na minha vida, que fez com que as filhas dela não perpetuassem o único trabalho que é lido como para uma mulher negra, que é o de empregada doméstica. E ela, muito sagaz, fez com que eu e minha irmã, a gente estudasse e não aprendesse a cuidar de casa, né? (risos) Para, justamente, evitar que a gente tivesse qualquer tipo de contato com essa profissão, que é muito importante, que é muito respeitosa. Meus pais, meus avós, minhas tias, minhas primas têm essa profissão, mas minha mãe quis que a gente não seguisse esse caminho e a gente sabe o quanto que o racismo está arraigado nessa estrutura de promover só cargos operacionais. Então,...

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