Correios – 350 anos aproximando pessoas
Depoimento de Maria Piedade Rodrigues de Oliveira
Entrevistado por Edgar Léda
São Paulo, 13 de Junho de 2013.
Realização Museu da Pessoa
CM_CB013_Maria Piedade Rodrigues de Oliveira
Transcrito por Cristiana Sousa
MW Transcrições
P/1 – Dona Maria...
R – Oi.
P/1 –... Pra gente começar, eu vou pedir pra senhora dizer o seu nome completo, a data e o local de nascimento.
R – O meu nome é Maria Piedade Rodrigues de Oliveira, nasci em 13 de Junho de 1957 em São Paulo, capital.
P/1 – Parabéns, hoje é o seu aniversário (risos)!
R – É (risos), obrigada!
P/1 – Qual o nome dos seus pais dona Maria?
R – O meu pai é João Ribeiro, a minha mãe Rita da Silva, eles são imigrantes portugueses.
P/1 – E quais histórias você lembra? Como eles se conheceram, os seus pais?
R – Como eles se conheceram? Bom na verdade eles vieram casados de Portugal, eles viviam numa mesma aldeia e acabaram se conhecendo, casaram, tiveram dois filhos lá já, aliás duas filhas né, as minhas irmãs e depois vieram pro Brasil tentar uma vida melhor, eu nasci no Brasil, sou a filha brasileira.
P/1 – E quais são as primeiras lembranças do bairro onde a senhora nasceu e da casa?
R – É, eu acho que a primeira lembrança na verdade se relaciona mais quando eu estou na escola, assim, tem uma memória melhor porque assim quando é muito pequeno a gente tem flashes, na verdade eu lembro da escola que eu fui, eu tinha seis anos e depois com sete eu mudei pra uma outra escola que foi inaugurada e eu lembro muito bem, do Adhemar de Barros que inclusive ele pousou de helicóptero nessa escola e era bem perto da minha casa, eu lembro do helicóptero chegando...
P/1 – Quantos anos a senhora tinha?
R – Então, aí eu já tinha sete...
P/1 – Sete.
R –... Porque aí eu ia para o segundo ano, na época chamado primário né e essa é uma lembrança muito forte, dessa (risos) inauguração, muita gente e tal, é Grupo Escolar...
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Correios – 350 anos aproximando pessoas
Depoimento de Maria Piedade Rodrigues de Oliveira
Entrevistado por Edgar Léda
São Paulo, 13 de Junho de 2013.
Realização Museu da Pessoa
CM_CB013_Maria Piedade Rodrigues de Oliveira
Transcrito por Cristiana Sousa
MW Transcrições
P/1 – Dona Maria...
R – Oi.
P/1 –... Pra gente começar, eu vou pedir pra senhora dizer o seu nome completo, a data e o local de nascimento.
R – O meu nome é Maria Piedade Rodrigues de Oliveira, nasci em 13 de Junho de 1957 em São Paulo, capital.
P/1 – Parabéns, hoje é o seu aniversário (risos)!
R – É (risos), obrigada!
P/1 – Qual o nome dos seus pais dona Maria?
R – O meu pai é João Ribeiro, a minha mãe Rita da Silva, eles são imigrantes portugueses.
P/1 – E quais histórias você lembra? Como eles se conheceram, os seus pais?
R – Como eles se conheceram? Bom na verdade eles vieram casados de Portugal, eles viviam numa mesma aldeia e acabaram se conhecendo, casaram, tiveram dois filhos lá já, aliás duas filhas né, as minhas irmãs e depois vieram pro Brasil tentar uma vida melhor, eu nasci no Brasil, sou a filha brasileira.
P/1 – E quais são as primeiras lembranças do bairro onde a senhora nasceu e da casa?
R – É, eu acho que a primeira lembrança na verdade se relaciona mais quando eu estou na escola, assim, tem uma memória melhor porque assim quando é muito pequeno a gente tem flashes, na verdade eu lembro da escola que eu fui, eu tinha seis anos e depois com sete eu mudei pra uma outra escola que foi inaugurada e eu lembro muito bem, do Adhemar de Barros que inclusive ele pousou de helicóptero nessa escola e era bem perto da minha casa, eu lembro do helicóptero chegando...
P/1 – Quantos anos a senhora tinha?
R – Então, aí eu já tinha sete...
P/1 – Sete.
R –... Porque aí eu ia para o segundo ano, na época chamado primário né e essa é uma lembrança muito forte, dessa (risos) inauguração, muita gente e tal, é Grupo Escolar de Vila Esperança o nome da escola, hoje já é outro nome, Almirante alguma coisa que eu não lembro agora.
P/1 – E as brincadeiras de infância, como eram?
R – Ah, era bem coisa de rua, a gente brincava de amarelinha, de pique esconde, pular corda, eram coisas bem assim, vamos dizer, artesanais, coisas que a gente fabricava, montava, era tudo, qualquer coisa virava brinquedo né, diferente de hoje em dia né, era bem legal.
P/1 – Tem alguma história da sua infância que marcou bastante?
R – Bom, olha, pega assim de surpresa, é difícil sabe, como eu te falei né, sempre relacionado com escola né porque assim, a minha família era muito pequena, os meus pais foram imigrantes né, vieram com as minhas irmãs, eu não tinha assim tios, era só esse núcleo familiar né, então éramos uma família muito simples, mas assim realmente uma coisa da infância assim, só se, agora nesse momento eu não tô lembrando (risos).
P/1 – E qual foi a sua primeira lembrança com o Correios? Cartas, caixa postal, carteiro?
R – Correio, “peraí”. Ah, sim, como os meus pais eram portugueses né, eles eram imigrantes, então a gente recebia cartas de Portugal, eu lembro daqueles envelopes que tinham aqueles desenhinhos em volta, então essa era a nossa ligação com outro país, era através de cartas e eram cartas assim, demorava pra chegar e né, mas era assim, era a nossa comunicação, não tinha telefone, não tínhamos telefone e era muito raro, então a comunicação assim era, o que era? Era anos 60, 63, 64, eu lembro de cartas que vinham de Portugal e o meu pai respondendo pra eles, essa é a minha primeira lembrança.
P/1 – E alguma dessas correspondências marcou a sua família ou senhora?
R – Olha, na verdade, é engraçado, as cartas elas tinham uma sinalização, quando morria alguém ela vinha com uma tarja preta do lado de fora, então você olhando aquela carta, eu me lembro do meu pai recebendo e falava: “Hum, morreu alguém” então essa é uma coisa que marca bastante porque era sinalizado no próprio envelope que alguma coisa não tava legal, é isso que me marcou bastante.
P/1 – E hoje em dia, qual é a relação da senhora com o Correios? Cartas, encomendas?
R – É, infelizmente, hoje em dia exatamente, eu acho assim, a parte do Correio, virou assim, cobrança de banco (risos), assim mensagens de feliz aniversário de magazines, de lojas né, mas assim, uma coisa que assim pouco, pegando um pouco atrás, quando eu namorava em 1980 com o meu marido, a gente se via praticamente todo dia, mas às vezes eu tava no trabalho, eu trabalhava perto de uma agência de Correios, eu no meio da, assim, eu pegava escrevia alguma coisinha e punha no Correio, eu achava bacana essa coisa do Correio, ele também me mandava, apesar que a gente se via toda hora, mas era gostoso você receber uma carta e eu as guardo até hoje...
P/1 – (risos)
R – ... Eu tenho uma caixa e ele também das que eu recebi dele e do que ele me mandou, é muito legal essa surpresa do Correio e tive uma amiga também que morou no Japão durante 17 anos, ela já voltou, ela foi lá por causa de trabalho e ela me mandava cartas e era muito gostoso sabe? Vinha com foto, a gente não tinha, ela não tinha e-mail né, então a gente se correspondia por cartas e eu guardo até hoje, são lembranças, são memórias, eu acho que a carta tem essa coisa legal, ela mantém uma memória, é isso.
P/1 – Que legal! Pô, bacana o seu depoimento, obrigado! Ah, eu queria perguntar, o que a senhora achou de contar a sua história, de lembrar essas coisas da infância?
R – Ah, eu achei legal, eu até gostaria de ter, por exemplo, mais tempo, como você falou, quais foram as suas memórias da infância, de repente você né, não tô lembrando assim, mas também eu acho que essa coisa da surpresa, da resposta rápida também tem a sua magia né porque se você pensar muito, você elabora muito não é legal, então eu achei legal, muito bacana, gostei da ideia! E eu adoro falar (risos).
P/1 – Verdade! (risos) valeu, obrigado! Agradecemos muito!
R – Tá legal, acabou? Então tá bom!
FINAL DA ENTREVISTA
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