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Por: Museu da Pessoa,

O engenheiro e o trem

Esta história contém:

P/1 – Bom dia, senhor José.

R – Bom dia.

P/1 – Primeiro, eu gostaria de agradecer ao senhor por a gente poder vir aqui fazer essa entrevista.

R – Eu é que peço desculpas para vocês de não poder ir lá, viu?

P/1 – Imagina! Eu queria começar perguntando para o senhor o seu nome completo, o local e a data de nascimento.

R – José Joaquim Dias Fernandes Neto. Nasci em 27 de junho de 1921, em Recife, Pernambuco.

P/1 – O senhor estava dizendo que essa era data oficial?

R – É a oficial, vamos deixar.

P/1 – E o nome dos seus pais?

R – É José Joaquim Dias Fernandes Filho. Marieta Barbosa Fernandes.

P/2 – O seu pai era comerciante, senhor José?

R – Comerciante.

P/1 – Que tipo de comércio que ele tinha?

R – De açúcar. Armazém. Naquele tempo, era só o que tinha aqui, era só comércio. Ainda hoje é muito grande, até há pouco tempo. É como eu digo: o grande divisor daqui do Nordeste do Brasil e do mundo todo, foi a Segunda Guerra. A Segunda Guerra foi um verdadeiro divisor.

P/2 – O senhor se lembra bem, não é? O senhor estava com o quê? Uns vinte anos?

R – Exatamente.

P/2 – Como é que foi, seu José?

R – Veja bem, a guerra lá pela Europa, aquela confusão. Foi bom você ter perguntado, porque é um ponto que eu gostaria de dizer. Nós aqui todos, de um modo geral, não éramos só pobre, tínhamos a falta de infraestrutura. Tanto que uma das coisas que fez o presidente Getúlio Vargas fazer um acordo com os Estados Unidos para o Brasil entrar na guerra, foi a Companhia Siderúrgica Nacional [CSN]. Todo o material metálico das construções daqui vinha de fora. Ponte, edifício, os mercados, as estações da Rede, todo aquele material vinha de fora. E uma das exigências de Getúlio para o Brasil entrar na guerra foi a Siderúrgica Nacional, compreendeu? A primeira grande modificação...

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Projeto Um trem de histórias

Registro e Disseminação dos Saberes e Ofícios da Rede Ferroviária do Nordeste - Módulo Pernambuco

Depoimento de José Joaquim Dias Fernandes Neto

Entrevistado por Fernanda Prado e Claudia Fonseca

Recife, 17/04/2010

Realização: Museu da Pessoa

Entrevista número: MRFP_HV026

Transcrito por Karina Medici Barrella

Revisado por Natália Ártico Tozo

P/1 – Bom dia, senhor José.

R – Bom dia.

P/1 – Primeiro, eu gostaria de agradecer ao senhor por a gente poder vir aqui fazer essa entrevista.

R – Eu é que peço desculpas para vocês de não poder ir lá, viu?

P/1 – Imagina! Eu queria começar perguntando para o senhor o seu nome completo, o local e a data de nascimento.

R – José Joaquim Dias Fernandes Neto. Nasci em 27 de junho de 1921, em Recife, Pernambuco.

P/1 – O senhor estava dizendo que essa era data oficial?

R – É a oficial, vamos deixar.

P/1 – E o nome dos seus pais?

R – É José Joaquim Dias Fernandes Filho. Marieta Barbosa Fernandes.

P/2 – O seu pai era comerciante, senhor José?

R – Comerciante.

P/1 – Que tipo de comércio que ele tinha?

R – De açúcar. Armazém. Naquele tempo, era só o que tinha aqui, era só comércio. Ainda hoje é muito grande, até há pouco tempo. É como eu digo: o grande divisor daqui do Nordeste do Brasil e do mundo todo, foi a Segunda Guerra. A Segunda Guerra foi um verdadeiro divisor.

P/2 – O senhor se lembra bem, não é? O senhor estava com o quê? Uns vinte anos?

R – Exatamente.

P/2 – Como é que foi, seu José?

R – Veja bem, a guerra lá pela Europa, aquela confusão. Foi bom você ter perguntado, porque é um ponto que eu gostaria de dizer. Nós aqui todos, de um modo geral, não éramos só pobre, tínhamos a falta de infraestrutura. Tanto que uma das coisas que fez o presidente Getúlio Vargas fazer um acordo com os Estados Unidos para o Brasil entrar na guerra, foi a Companhia Siderúrgica Nacional [CSN]. Todo o material metálico...

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