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Por: Museu da Pessoa, 15 de junho de 2018

Construindo a história do Metrô e dos transportes públicos em São Paulo

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Construindo a história do Metrô e dos transportes públicos em São Paulo

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Ailton Brasiliense Pires nasceu em São Paulo, no dia 02 de agosto de 1946, na maternidade do Brás, é neto de portugueses e filho de pai paulistano, a mãe de origem portuguesa era tecelã de seda e veio para o Brasil em 1912.

O avô materno era analfabeto e trabalhou como assentador de trilhos na São Paulo Railway que é precursora da CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos. O seu avô paterno morava no Brás, falava cinco línguas e foi um dos primeiros pilotos da Força Pública em São Paulo. O seu padrinho de batismo, era um vizinho que trabalhava na Light, assim, além do pai que também foi da Força Pública, os seus avós e o seu padrinho, tiveram grande influência na sua formação e nas suas escolhas.

Cursou os primeiros anos em escola católica, e a partir do terceiro ano, até o término do colégio, estudou em escola pública. Foi nesse período que conheceu Sirinha, com quem namorou e está casado há 46 anos. Do casamento, nasceram a filha Patrícia, que é odontóloga, e o filho Maurício, que é advogado.

Ailton conquistou duas graduações, a primeira de Matemática em um curso complementar ao de Engenharia Elétrica, que cursava na Escola de Engenharia Mauá, e que foi concluído em 1972. Nessa época havia carência de professores e ele aproveitando a oportunidade dos cursos criados pelo MEC na Universidade Federal de Itajubá, viajava as sextas-feiras à tarde para estudar à noite e no sábado em período integral. Foi nessa época que montou um cursinho para ajudar as pessoas. Fala com orgulho da aluna Angélica que superou as dificuldades e se formou em matemática.

Seu primeiro emprego, em 1973, foi como Engenheiro Eletricista Júnior na Light, empresa contratada para prestar serviços principalmente na área de transporte e energia elétrica. Ailton nos conta como a Light participou na construção da lógica da cidade, propondo à Prefeitura os loteamentos. Foi em 1974, época em que cursava o mestrado na Poli, que...

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Depoimento de Ailton Brasiliense Pires

Entrevistado por Lúcia Pedrosa e Mônica Braga

São Paulo 15 de junho de 2018

Entrevista nº MET_HV011

Realização: Museu da Pessoa

P/1 - Bom, boa tarde, é um prazer estar aqui entrevistando o senhor. Nós vamos começar falando um pouquinho da identificação e alguns fatos relacionados à sua história de vida, família, infância, juventude. Então, a primeira coisa, eu gostaria que o senhor me dissesse o seu nome completo, data e local de nascimento.

R - Ailton Brasiliense Pinto, eu nasci em São Paulo, no dia 02 de agosto de 1946, na maternidade do Brás.

P/1 - Na maternidade do Brás. Muito bem. Eu gostaria de saber um pouco da origem da sua família, já me chamou atenção o nome, Brasiliense, já fiquei tentando saber que história tem por trás desse nome. Então, gostaria que o senhor falasse um pouco dos seus avós maternos, paternos, o nome do seu pai, da sua mãe, se o senhor sabe como eles se conheceram, então, contasse um pouquinho da origem da sua família.

R - Os meus quatro avós eram portugueses, minha mãe era portuguesa e meu pai era paulistano. Meu avô veio para o Brasil, o paterno, em 1900, meu avô materno em 1902. Meu pai nasceu em 1906, também em São Paulo. Minha mãe nasceu em Figueira da Foz, Portugal, ela veio para o Brasil em 1912, ela já veio órfão, a mãe morreu em Portugal. Como é que eles se conheceram? Eles eram vizinhos, meu avô um português normal, proibia minha mãe de namorar antes dos 20 anos, critérios portugueses. Então, ele ficava no portão da frente tomando conta da casa, esqueceu que meu pai e minha eram vizinhos, então eles iam lá no fundo do quintal, muro baixo, fácil. Um dos dois avós que eu tenho tem muito a ver com a história que eu acabei passando depois, e são bem diferentes, meu avô materno era analfabeto, trabalhou como assentador de trilhos na São Paulo (Reigory) [00:02:46], que é precursor na CPTN. Meu avô paterno ele falava cinco...

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