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Por: Museu da Pessoa, 25 de maio de 2007

O morro também foi feito de jongo

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O morro também foi feito de jongo

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Foi em 47. Estava casada, com uns 30 e tantos anos já. Meus irmãos, nós saíamos, tinha uma escola de lá. Às vezes, tinha uma escola de samba, trazendo a Serrinha. Mas essa escola de samba, a Serrinha, só tirava em décimo, em quarto, em quinto, décimo [lugar]. Teve um ano em que ela foi para décimo oitavo, meu irmão se revoltou. “Mas não quero mais gastar dinheiro na Serrinha, e a Serrinha só perdendo, perdendo.” “Vamos fazer uma escola de samba, meu irmão João, vamos, meu irmão, fazer uma escola de samba.” Aí, o João ficou: “Ah, mas escola de samba não se faz com conversa, não; tem que saber, tem que conhecer. Mas vamos fazer, vamos chamar Seu Elói.” Seu Elói era o sogro dele, Seu Elói tinha uma escola de samba lá no Largo da Segunda-Feira. A escola do Seu Elói tinha terminado fazia pouco tempo. Meu irmão falou com o sogro, e ele disse: “Vamos fazer, eu vou ajudar vocês assim que eu puder.” Tinha acabado a escola de samba dele, veio geladeira, veio panela, veio mastro de bandeira. Ele trouxe o que pôde trazer para a gente. E eu tinha uma irmã, a Eulália, que ela era ativa: “Ah, vamos fazer.” Aí, pronto: formou o Império Serrano, em 47. Quarenta e oito, nós já botamos Carnaval, foi uma coisa. Antônio de Castro Alves, Império Serrano, primeiro lugar, quase morri. Eu nunca chorei tanto na minha vida como eu chorei aquele dia. Minha mãe me consolou: “Mas que é isso, todo mundo vibrando, rindo, bebendo, cantando e você...” Que nada, eu não tive mais graça! Porque, desde mocinha desfilando na Serrinha, só perdendo, perdendo, perdendo. Ah, quando falou que o Império Serrano ganhou o Carnaval... Eu tive aquela crise de choro que eu nunca mais esqueci. Aí foi o segundo, o terceiro, o quarto. E a gente saía.

O jongo sempre existiu na Serrinha. Eu era criança ainda. Quando minha mãe veio aqui para o Rio, em 1910, ela trouxe o jongo de Minas e encontrou...

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