Facebook Informações Ir direto ao conteúdo
Por: Museu da Pessoa, 26 de maio de 2007

Jongueira do Pinheiral

Esta história contém:

Jongueira do Pinheiral

Vídeo

Os negros trabalhavam de sol a sol, né, eles não podiam se comunicar, era, né, eles já trabalhavam a questão de misturar, né, as etnias prá que não houvesse, né, os dialetos eram diferentes, então, eu costumo até falar, a gente vive até hoje porque o nosso povo foi muito guerreiro mesmo, porque tudo era contra. E o único momento que eles tinham era à noite, então, né, sempre acendia uma fogueira em frente à senzala e eles batiam os tambores. Esses tambores são confeccionados em tronco de árvores, né, o nosso inclusive é feito de imbaúba e nesse momento é que eles se comunicavam. Então eles armavam as fugas, ataques às fazendas, sabe, tudo através da música e, né, através da dança. Então pro feitor ou pro fazendeiro eles tavam dançando, bebendo aguardente, né, também aguardente realmente bebiam, né, porque, é, é, bebia mesmo, porque descobriu lá que a cachaça aquecia o corpo, fazia esquecê, né, muitas coisas, então e eles comunicavam através dos pontos que a gente fala, um jongueiro, no caso, o escravo, né, ele cantava um ponto pro outro e o outro respondia. Ele tem que entender, um exemplo assim, eu tô vendo uma coisa em você, ou eu sei alguma coisa da pessoa, de você, alguma coisa assim, eu canto um ponto prá você, você fala “tá cantando isso prá mim”, entendeu? Aí eu tenho que te dá a resposta, sabe, é como se fosse um desafio, entendeu? Aí eu tenho que te dá a resposta, é muito bonito, muito legal mesmo. E tem também, e tem assim, né, na parte da brincadeira, né, igual eu falei, ai, eu tô vendo a sua blusa azul, então eu vou cantá um ponto porque você tá de blusa azul, mas tem também a questão, eles falam dormenta, sabe, que é um jongueiro debatendo com o outro, quem canta o ponto mais forte, sabe, aí também, é legal também que, sabe, ficá, é bacana a disputa e o coro, né, as pessoas que estão em volta fazem o coro, né, repete, normalmente a gente repete a parte final do...

Continuar leitura

Dados de acervo

O Museu da Pessoa está em constante melhoria de sua plataforma. Caso perceba algum erro nesta página, ou caso sinta falta de alguma informação nesta história, entre em contato conosco através do email atendimento@museudapessoa.org.

Histórias que você pode gostar

O morro também foi feito de jongo
Vídeo Texto

Maria de Lourdes Mendes

O morro também foi feito de jongo
Paulo Rogério da Silva
Texto

Paulo Rogério da Silva

Paulo Rogério da Silva
Sou Liberto
Vídeo Texto

Liberto Solano Trindade

Sou Liberto

Essa história faz parte de coleções

fechar

Denunciar história de vida

Para a manutenção de um ambiente saudável e de respeito a todos os que usam a plataforma do Museu da Pessoa, contamos com sua ajuda para evitar violações a nossa política de acesso e uso.

Caso tenha notado nesta história conteúdos que incitem a prática de crimes, violência, racismo, xenofobia, homofobia ou preconceito de qualquer tipo, calúnias, injúrias, difamação ou caso tenha se sentido pessoalmente ofendido por algo presente na história, utilize o campo abaixo para fazer sua denúncia.

O conteúdo não é removido automaticamente após a denúncia. Ele será analisado pela equipe do Museu da Pessoa e, caso seja comprovada a acusação, a história será retirada do ar.

Informações

    fechar

    Sugerir edição em conteúdo de história de vida

    Caso você tenha notado erros no preenchimento de dados, escreva abaixo qual informação está errada e a correção necessária.

    Analisaremos o seu pedido e, caso seja confirmado o erro, avançaremos com a edição.

    Informações

      fechar

      Licenciamento

      Os conteúdos presentes no acervo do Museu da Pessoa podem ser utilizados exclusivamente para fins culturais e acadêmicos, mediante o cumprimento das normas presentes em nossa política de acesso e uso.

      Caso tenha interesse em licenciar algum conteúdo, entre em contato com atendimento@museudapessoa.org.

      fechar

      Reivindicar titularidade

      Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”),  nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.