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“Casas, ruas e almas

sucumbem à desolação

das tardes enfumaçadas.”

(Carlos Drummond de Andrade: Desolação)

Nem recordo mais quando deixei de ser neutro para tomar partido contra a idéia de se batizar ruas com nomes de pessoas. Vivas ou Mortas. Certamente, a memória dos grandes vultos da História deve ser preservada. Porém, há mil e uma maneiras de se fazer isto sem comprometer a tradição. Com efeito, os antigos costumavam dar aos logradouros, originais e lindos nomes. Com a vantagem de não incorrerem no despropósito de prestar homenagens imerecidas.

Hoje estive recordando os nomes das ruas da minha aldeia. Começando por aquelas onde residi durante os primórdios da minha interinidade neste planeta.

Nasci na rua do Tamanduá. Aliás, a rua do Tamanduá, propriamente dita, ficava um pouco mais para levante. Era constituída por um diminuto renque de casas de taipa sem qualquer sistema de drenagem, instalações sanitárias, ou sequer uma mísera calçada. Havia, contudo, outras ruas próximas, um pouco mais diferenciadas, pois pelo menos obedeciam ao traçado convencional de vias públicas e as construções eram de alvenaria. Mas todas integravam um conjunto convencionalmente chamado rua do Tamanduá, da qual não falarei mais nada. Do contrário, teria de escrever um livro mais volumoso do que a Bíblia. E talvez não ficasse muito distante de ser tão sagrado e consagrado quanto. A rua do Tamanduá, reconhecida nesse contexto lato sensu, era uma das principais da minha cidade. Saudade.

Morei também na rua da Palma, da qual igualmente guardo preciosas recordações. Era perpendicular à rua do Perdoe. Começava quase rente aos trilhos da estrada de ferro, subia para leste e, após se estender por cerca de quilômetro e meio, terminava na rua do Sangue. Devo dizer: nunca soube o porquê destas denominações. Quando era criança, a rua do Sangue, por exemplo, me infundia tanto medo a ponto de evitar passar por perto. A palavra sangue...

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Acrópole

Dados da imagem personagem: Raymundo Silveira<br>historia: Durante minha primeira visita à Grécia estive, durante uma manhã inteira,  na Acrópole, onde visitei o Parthenon, ruínas do Teatro Odeon e o Museu da Acrópole. Esta foto foi tirada por minha filha, Fillipa.<br>

Período:
Ano 2002

Local:
Grécia / Atenas

Imagem de:
Raymundo Silveira

História:
As ruas da minha aldeia

Tipo:
Fotografia

personagem: Raymundo Silveira
historia: Durante minha primeira visita à Grécia estive, durante uma manhã inteira, na Acrópole, onde visitei o Parthenon, ruínas do Teatro Odeon e o Museu da Acrópole. Esta foto foi tirada por minha filha, Fillipa.

Certidão de Nascimento Verbo ad Verbum

Dados da imagem legenda: Devido a erros de tabeliães, meu nome tem variado ao longo do tempo. Esta Certidão de Nascimento Verbo ad Verbum esclarece que fui registrado com o nome RAYMUNDO Nonato Albuquerque SILVEIRA<br>

Período:
Ano 2001

Local:
Brasil / Ceará / Massapê

Imagem de:
Raymundo Silveira

História:
As ruas da minha aldeia

Tipo:
Documento

legenda: Devido a erros de tabeliães, meu nome tem variado ao longo do tempo. Esta Certidão de Nascimento Verbo ad Verbum esclarece que fui registrado com o nome RAYMUNDO Nonato Albuquerque SILVEIRA

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