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Por: Museu da Pessoa, 4 de abril de 2016

O caminho de volta

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O caminho de volta

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Polignano pra mim é uma segunda pátria, não é nem uma cidade, é um país pra mim. Já fui lá algumas vezes, me sinto muito à vontade lá, é como se fosse a extensão da minha casa, conheci muitas pessoas ao longo do tempo São Vito é o padroeiro da cidade. Lá se festeja em 15 de junho, aqui também, e quando os imigrantes italianos vieram para São Paulo, se eu não me engano a primeira imagem de São Vito no Brasil quem trouxe foi o avô do Modesto de Luca, porque como tinha aqui a colônia polignanesa já era muito grande, eles trouxeram junto com eles seus hábitos. E São Vito foi um dos hábitos que eles trouxeram, fazia parte da proteção, da crendice deles, da fé, que se comemora dia 15 de junho. Se comemora até hoje.

Hoje como eu disse, no Brasil, em Polignano existem 17 mil e 500 polignaneses. No Brasil hoje, com a geração que teve os filhos, tiveram os netos, agora começam os bisnetos, São Paulo tem mais de 100 mil. São Paulo é a cidade que tem mais polignaneses do mundo. E tem muitas das crenças no Brasil, muitas das coisas que eles trouxeram, não só da igreja, da festa de São Vito, como de culinária também. Muitas vezes você lá aprende a simplicidade dos alimentos e a simplicidade da amizade. São casas pequenininhas, ruas pequenas, que ficam em cima de um penhasco porque existia a invasão dos piratas e aí sim você era protegido. E como é uma cidade que se come bem, os restaurantes, trattorias, pizzarias, sorveterias, sempre tem um movimento turístico, mesmo no fim de semana de inverno. Então você consegue ver um lado teu, um espelho teu lá, que você desconhecia.

Uma cidade que sempre me acolheu muito bem, muito. Tanto que eu aprendi a amá-la, é um lugar que eu ainda penso um dia em morar, construímos lá um lugar que dá pra dormir pra não dar trabalho pra ninguém porque hoje os tios começaram a ficar velhos, os primos crescem, casam, tem filhos, então pra ter mais um pouco a nossa individualidade...

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Dados de acervo

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P/1 – Obrigado pelo tempo e pela disposição.

R – Agradeço. Eu gosto dessas coisas.

P/1 – Fala pra mim o seu nome inteiro, local e data de nascimento?

R – Luiz William Labate Galluzzi, oito de maio de 65. São Paulo, capital.

P/1 – Você nasceu em hospital aqui e onde?

R – Nasci no Hospital Matarazzo, São Paulo, e vim morar no Brás quando era pequeno. Da maternidade vim para o Brás, na rua Américo Brasiliense, que hoje é Eurípedes Simões de Paula.

P/1 – Vamos voltar um pouquinho antes nessa história. Qual é o nome do seu pai, onde ele nasceu e quando?

R – Meu pai é Guglielmo Galluzzi, no Brasil se fala Gulhelmo Galluzzi. Nasceu em Polignano a Mare, na Itália, em 1929. Minha mãe nasceu no Brasil, em 34, Rosa Labate Galluzzi, de famílias que eram conhecidas de Polignano a Mare.

P/1 – O seu pai então nasceu na Itália. Por que ele veio pro Brasil?

R – O meu pai veio pro Brasil por causa da guerra. A guerra destruiu tudo, eles tinham trabalho, tinham família, o meu avô tinha uma indústria de óleo e óleo na época de guerra é alimento pro governo, é confiscado. Foram tomando tudo e no período pós-guerra pobreza, fome mesmo, a família até tinha alguns imóveis, propriedades, mas não se pagava com isso daí. Aí meu pai resolveu ver a sorte no Brasil. O meu avô veio antes com um irmão do meu pai, ficaram aqui dois anos, não se adaptaram, voltaram pra lá. Meu pai veio quando eles estavam aqui, quando chegou aqui no Brás porque o Brás foi o lugar que a maioria dos polignaneses fixaram residência na época. Meu pai com 27, 28 anos de idade conheceu minha mãe, aí nasceu uma história de amor que continua até hoje. É por isso que eu estou no Brás também. E meu pai disse à minha mãe na época: “Vou casar com você, eu gosto de você, mas a minha intenção é voltar pra Itália”. E ela ficou assim: “É, casa e vamos ver o que vamos fazer”. E a história está aqui, estou aqui até hoje. E eles...

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