Quando nasce uma igreja católica, é trabalho da comunidade escolher qual será o padroeiro, o Santo que será homenageado e receberá devotos. No caso da Paróquia Santos Apóstolos, o processo foi diferente.
Em 1966, o local era apenas um bairro pequeno, com terrenos prioritariamente da família Penteado. Uma senhora, membro desse conjunto de proprietários, doou o terreno onde hoje encontra-se a matiz católica. O motivo não se sabe ao certo, mas presume-se que ela pagou uma promessa nesse ato de entregar o local à comunidade para que fosse construída uma igreja católica, e talvez, por esse mesmo motivo, ela já determinou quem seriam os padroeiros: os Santos Apóstolos, então, quando a comunidade se pôs a construir a igreja, eles já tinham aquilo que caberia a eles decidir.
Apoiando os moradores desde o início, havia um grupo de irlandeses que os ajudaria a edificar a igreja, tanto fisicamente quanto espiritualmente. Esse grupo, chamado de São Patrício, veio da Irlanda, com a missão de levantar santuários católicos em regiões afastadas do centro. Eles auxiliaram a comunidade em toda a trajetória.
A primeira capela era feita de madeira, e infelizmente desabou com uma forte chuva, e todo o trabalho das pessoas foi literalmente por água abaixo. Então, por volta de 1970, com a ajuda dos irlandeses, a comunidade se reuniu novamente e levantou uma estrutura mais moderna e resistente, esqueleto do que conhecemos hoje, já com a casa paroquial (moradia do padre) e a secretaria.
Naquela época, a igreja era "invertida" por dentro, onde hoje vemos o altar, antigamente era a assembleia, a atual entrada da igreja, com lindos vitrais coloridos em forma de cruz, na década de 70 era lugar de acesso de uma pequena capela como a que se tem hoje na parte lateral em um dos nichos.
Para separar essa capela da assembleia e para mantê-la um pouco mais isolada para ser realmente um lugar de oração, era usado um muro, com um lindo painel. Essa capela era...
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Quando nasce uma igreja católica, é trabalho da comunidade escolher qual será o padroeiro, o Santo que será homenageado e receberá devotos. No caso da Paróquia Santos Apóstolos, o processo foi diferente.
Em 1966, o local era apenas um bairro pequeno, com terrenos prioritariamente da família Penteado. Uma senhora, membro desse conjunto de proprietários, doou o terreno onde hoje encontra-se a matiz católica. O motivo não se sabe ao certo, mas presume-se que ela pagou uma promessa nesse ato de entregar o local à comunidade para que fosse construída uma igreja católica, e talvez, por esse mesmo motivo, ela já determinou quem seriam os padroeiros: os Santos Apóstolos, então, quando a comunidade se pôs a construir a igreja, eles já tinham aquilo que caberia a eles decidir.
Apoiando os moradores desde o início, havia um grupo de irlandeses que os ajudaria a edificar a igreja, tanto fisicamente quanto espiritualmente. Esse grupo, chamado de São Patrício, veio da Irlanda, com a missão de levantar santuários católicos em regiões afastadas do centro. Eles auxiliaram a comunidade em toda a trajetória.
A primeira capela era feita de madeira, e infelizmente desabou com uma forte chuva, e todo o trabalho das pessoas foi literalmente por água abaixo. Então, por volta de 1970, com a ajuda dos irlandeses, a comunidade se reuniu novamente e levantou uma estrutura mais moderna e resistente, esqueleto do que conhecemos hoje, já com a casa paroquial (moradia do padre) e a secretaria.
Naquela época, a igreja era "invertida" por dentro, onde hoje vemos o altar, antigamente era a assembleia, a atual entrada da igreja, com lindos vitrais coloridos em forma de cruz, na década de 70 era lugar de acesso de uma pequena capela como a que se tem hoje na parte lateral em um dos nichos.
Para separar essa capela da assembleia e para mantê-la um pouco mais isolada para ser realmente um lugar de oração, era usado um muro, com um lindo painel. Essa capela era pouco usada, e por esse motivo, as pessoas não frequentadoras que passavam pelo local e que viam aquela porta sempre fechada, achavam que a igreja estava abandonada.
No início dos anos 80 iniciou-se a construção do chamado "Pavilhão Social", que seria o prédio com salas para aplicação de catequese e reuniões, o salão paroquial para festas realizadas pela igreja, e onde estará situada nossa Biblioteca Comunitária.
E em 1989, eles perderam o apoio e regência dos irmãos irlandeses do grupo São Patrício, pois estes achavam que já haviam cumprido sua missão ali e deveriam reiniciá-la em outra comunidade que estivesse carente de Deus. Eles entregaram a paróquia aos cuidados Arquidiocese de São Paulo e partiram, não se sabe ao certo para onde, mas provavelmente para o Mato Grosso do Sul.
O padre regente na época, porém, passou a ficar desgostoso com a aparência de sua igreja, com paredes de cor branca, uma estrutura que fazia com que a própria comunidade pensasse que o santuário estava desativado e que não haviam atividades religiosas e cristãs no local, e ele decidiu fazer uma reforma. Ela aconteceu no início dos anos 2000, quando a comunidade promoveu festas e rifas para arrecadar a verba necessária para transformar o local de oração. Com o dinheiro já em mãos, descobriram um problema: para refazer todo o interior da igreja, aquele muro com painel que existia para separar os ambientes teria de ser derrubado. Mas será que não era ele que sustentava a construção?
Tentando responder essa pergunta e mesmo sendo arquiteto, o padre contratou uma empresa construtora para decretar de vez se o muro seria posto abaixo. No fim, com muito pesar de destruir o painel (e tirando muitas fotos para guardar a lembrança de sua beleza), o muro foi demolido, e durante dois anos, a reforma aconteceu o que resultou na linda matriz que temos hoje na Av Itaberaba.
Com o novo visual da igreja, com pedras para decoração da parede, a amiga do Padre, dona Fátima, se propôs para pintar o painel que vemos no altar. Essa pintura expressa a passagem bíblica na qual Jesus, já ressuscitado, deixa a seus atuais 11 apóstolos (pois Judas Iscarotes já o havia traído e não tinha sido elegido ainda quem o substituiria) uma missão de colocar em prática seus ensinamentos e dar seguimento à sua missão. Uma coisa curiosa e muito bem pensada, é que nenhum dos apóstolos possui rosto pintado. Isso foi proposital, para que cada pessoa que estivesse dentro daquela igreja visse seu próprio rosto na pintura, e se sentisse responsável pelas mesmas coisas das quais os apóstolos eram. Para seguir um padrão, dona Fátima pintou também as capelas que são de responsabilidade da paróquia Santos Apóstolos: Santa Luzia; Senhor do Bonfim e Nossa Senhora da Conceição. Nessas capelas nenhum personagem pintado tem rosto (à exceção de Jesus como na matriz).
Em 25 de janeiro de 2016 a paróquia Santos Apóstolos, fará 50 anos e um desejo antigo tenta ser concretizado... o de presentear o bairro com uma biblioteca em uma sala que está desativada, será um local onde todos do bairro, independentemente de sua religião, possam adquirir e compartilhar conhecimentos, e por intermédio de um dos fiéis da igreja, que é professor em um curso técnico em biblioteconomia, em 2014 iniciou-se o desenvolvimento desta biblioteca comunitária, o processo está em andamento e os alunos pretendem entregar a sala pronta na data do cinquentenário da Igreja.
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